Nas informações fornecidas pelo “Arquivo de Requerimento apresentado à Prefeitura
municipal de Tamandaré a contar de 11 de novembro a 30 de dezembro de 1931”,
no ano de 1931, em protocolo de nº 36,
o Dentista João Gualberto Pereira, tece pedido de revisão da tributação recaída
a sua atividade caracterizada de Gabinete Dentário Ambulante. Ele argumenta que
a licença de sua permanência no município, que era de 90 dias, possui um valor exagerado
em comparação com outros municípios da região.
Esta manifestação observada em um
simples protocolo demonstra em seu contexto como era desenvolvido o atendimento
dentário no município e região nesta época. O deslocamento até a capital era
complicado. Este serviço era prestado por dentistas particulares que se
deslocavam até as cidades da região e permaneciam por um tempo. Voltando após no
ano seguinte.
Para ilustrar esta situação que ainda
era comum na década de 1960, é relatado que no Botiatuba atendia o Dr. Luiz por
um período semanal, de quatro a seis vezes ao ano. Seu “consultório” se
localizava em uma sala junto ao Armazém de Pedro Jorge Kotoviski como citam os
relatos colhidos junto às Sras. Leonice Kotoviski Milek e Noêmia Kotoviski em
maio de 2012: “(...) o Dr. Luiz vinha do
interior do município, da Barra de Santa Rita (...) Ele ficava hospedado em
casa, atendendo inicialmente na sala. Depois, com o tempo, o Pedro fez umas
salinhas ao lado do depósito. E lá o dentista atendia o povo que vinha do
Juruqui, Sede, São Miguel, Lamenha, Ressaca; depois de uma semana ele ia para
outro lugar atender o povo, daí depois de alguns meses voltava.”
TEXTO EXTRAÍDO DA OBRA CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR que pode ser visualizado nos links:
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