Na década de
1970 foi perfurado o primeiro poço artesiano para abastecimento da pequena
população local, pela Sanepar onde hoje fica o escritório de atendimento ao
público da estatal no município. Já na década de 1980, na gestão do então
Prefeito Municipal Ariel Adalberto Buzzato (1984-1988), a Sanepar, para sanear
o crescente abastecimento de água no município, perfurou mais três poços
artesianos com vazão de 680 metros cúbicos por hora[1],
no centro da cidade. Porém os problemas que assolam a cidade tiveram inicio em
1992. Ano em que Sanepar, buscou
tentar sanar o abastecimento de água da Região Metropolitana de Curitiba,
explorando a água do subsolo[2].
No entanto lá
pelo começo da década de noventa até o inicio do novo século, o centro de
Almirante Tamandaré começou a sofrer um pequeno afundamento, mas com graves
consequências, justamente causado por uma maior demanda de extração de água do
subsolo iniciada timidamente na década de 1970 pela Sanepar. O qual foi
marcado, pela interdição[3] em
2003 do prédio recém-construído do Colégio Estadual Ambrósio Bini. Que a
propósito, havia sido alertado para a sua engenheira responsável pelo laudo de
liberação do terreno onde seria executada a obra, ainda antes do seu período de
construção. Que a região destinada a aquele fim, que ficava praticamente
vizinho de onde se localizava a extração de água do subsolo feita pela Sanepar.
Poderia corromper a estrutura da edificação. E por este motivo não se deveria
construir lá.
Mas a
engenheira, com ar de arrogância proporcionado pelo status de carregar um
diploma. Mandou o diretor de obras municipal da época Antonio Ilson Kotovski
(que não possuía competência legal para interditar a obra, já que se tratava de
uma construção estadual, como também não era o Secretário de Obras), estudar
engenharia. Para depois palpitar em assuntos técnicos. Resumindo, atualmente o
tradicional Colégio Estadual Ambrósio Bini, se estabelece em dois prédios
provisórios, para atender seus alunos. Aguardando a morosidade burocrática e
uma decisão resolutiva política estadual
e municipal, para resolver o problema gerado pela falta de humildade de uma
engenheira em admitir um possível erro de escolha de local da obra, que resultou
na condenação estrutural de um prédio público, a ponto de inviabilizá-lo.
Ruínas do Colégio Estadual Ambrósio Bini interditado em 2003, contemporânea construção símbolo dos efeitos de construções feitas sobre áreas sensíveis do aquífero. Foto: Antonio Ilson Kotoviski Filho, abril de 2011.
[1]
REVISTA PARANAENSE DOS MUNICÍPIOS. Especial
Almirante Tamandaré. Curitiba: Ed. Revista Paranaense dos Municípios Ltda,
Fevereiro de 1986, ano XVIII, p. 11.
[2] ARAÚJO. Maria Luiza
Malucelli. A influência do Aquífero Carste em Almirante Tamandaré. COMEC, 2006, p. 17.
[3]
Revista Brasileira de Geofísica. Aplicação
dos métodos gravimétrico e eletroresistivimétrico-IP em área de risco geotécnico
do sistema aqüífero cárstico em Almirante Tamandaré-PR. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010261X2006000300009&script=sci_arttext>
Acesso em: 25 nov. 2010
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