Textos publicados no Jornal Folha de Tamandaré referentes a fatos históricos da cidade de Almirante Tamandaré - Paraná.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
CONSIDERAÇÕES SOBRE LUGARES HOMÔNIMOS
É muito importante para qualquer historiador ou pesquisador possuir necessariamente conhecimentos geográficos regionais muito amplos e por efeito visitar os locais que esta pesquisando,...
Pois, caso contrário pode recair em armadilhas, as quais resultam em erros
graves. Um exemplo: a localidade Botiatuba. Eis que em muitos livros e
documentos ela se apresenta como um arraial próximo à mina de ouro[1] e
por coincidência vizinha ao Passaúna. Já em outros sem uma exposição geográfica
se apresenta: “como terra doada
em 1686, pelo Capitão-Mor governador Thomaz Fernandes de Oliveira ou Sr. Manoel
Soares que era dono da região do atual Butiatuba vizinhas com a sesmaria de seu
sogro D. Rodrigo e o Rio Passaúna”[2].
Ou seja, dentro de uma lógica parece que esta se tecendo sobre o Botiatuba
tamandareense, já que este fica próximo a nascente do Rio Passaúna. E por este
motivo se recai no erro de se tecer estas informações verídicas como se
pertencentes à localidade. No entanto, esta informação esta equivocada.
Por que? Porque o Botiatuba que se esta
se referindo é o que está localizado em Campo Largo (Botiatuva), ao lado das
minas de Itambé. Porém, naquela época se escrevia Botiatuva que é o mesmo que
Botiatuba, Butiatuva e Butiatuba. O qual era vizinho do Passaúna. Que fica
próximo do Botiatuvinha. Ou seja, não basta verificar a veracidade da
informação, se deve também verificar a posição geográfica e se não existe uma
localidade homônima.
Mas hipoteticamente, a área atual do
Botiatuba tamandareense, poderia ter pertencido a essa sesmarias, a qual foi
dividida com o tempo entre herdeiros de Baltazar Carrasco dos Reis e os
herdeiros destes,... Pois, no século XVII as sesmarias eram de grandes
extensões territoriais. E as divisas naquele tempo, eram demarcadas por marcos
naturais (rio, colinas, campos,...). Este marco era o Rio Passaúna, o qual
possivelmente foi estudado e investigado para ver se não existia ouro de
aluvião no caminho feito por ele. Tanto
em a sua foz, quanto em direção de sua nascente. Como não seria surpresa, que a
região do Botiatuba, derivou da área maior, a sesmaria de Butiatuba (atual
Botiatuva em Campo Largo), que é separada pela área do Butiatuvinha (não muito
longe um do outro, também derivada deste)[3]. Talvez seja este motivo que a região do
Marmeleiro e Botiatuba já aparecem com povoamentos em meados do século XVIII e
antes disto pelo número de pessoas existentes dentro de um contexto de “quarteirão” curitibano. por efeito nesta época existia Botiatuva na Vila do Principie (Araucária) e Campo Largo.
Ou seja, só expus uma observação de
considerações finais, sem ter conseguido uma prova concreta para tal fato,
mesmo eu tendo tido o contato com fragmentos de escrituras e instrumentos de
transferências e testamentos desta época. Pois, o problema aparecia pela falta
de mapas precisos e no contexto homônimo de localidades, além do fato
desses documentos estarem dispersos
entre os cartórios da Comarca de Campo Largo, Curitiba, Paranaguá, Arquivo
Público e museus restritos, fora os que se perderam com o tempo por indevida
conservação. Ou seja, como expressei inicialmente, estes fatos eram tão comuns,
que ninguém se dava conta que um dia seria histórico, por isto ninguém cuidou
adequadamente. A mentalidade de preservação de acontecimento cotidiano é um
fato tímido, indireto, recente e restrito a certas pessoas. Não é uma
mentalidade geral e difundida. Por este motivo que esta observação não aparece
nos capítulos iniciais. E não deve ser considerada como verídica ou plausível.
No entanto o Botiatuba tamandareense foi uma área de sesmaria (mas de
quem inicialmente?) e seu nome tem origem na língua tingui. Isto é fato.
[1]
WACHOWICZ, Ruy Christovam. História
do Paraná. 9. ed. Curitiba: Imprensa Oficial do
Paraná, 2001,
p. 62-63.
[2] STANCZYK FILHO, Milton.
Alianças Matrimoniais e Estratégias de Bem Viver no Espaço Social da Vila de
Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba (1690 – 1790). Universida Federal do Paraná, trabalho
apresentado no XIII Encontro da Associação Brasileira de Estudos Populacionais,
realizado em Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil de 4 a 8 de novembro de 2002, p.
10-11.
[3]
NEGRÃO. Francisco. Boletim do Archivo Municipal de Curytiba/Documentos
para a história do Paraná/Fundação da Villa de Curytiba 1668-1745. Vol.VII,
Curytiba, Livraria Mundial, 1924, p. 07-09.
Local: Almirante Tamandaré/PR, Brasil
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quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Professora Rosa Frederica Johnson
A Professora Rosa Frederica Johnson é patronesse da contemporânea
escola estadual que carrega seu nome, localizada na Rua João Antunes de Lara,
333, Cachoeira. A professora Rosa, nasceu em 15 de julho de 1930, onde já jovem
entrou para o magistério, tendo como característica o idealismo e a vocação
para o ensino. Lecionou em tempos que o transporte público não existia, e sua
locomoção até as escolas que lecionava era feita a pé. Pelo seu exemplo de
determinação e força para enfrentar estes desafios e nunca esmorecer, no ano de
1980 como homenagem, foi fundada e inaugurada à instituição estadual que a
imortalizou como patronesse da escola que lecionou por muitos anos. Faleceu
ainda jovem, com 49 anos no dia 1º de abril de 1979[1].
(Professora Rosa Frederica Johson, aluna das
professoras Maria Luiza Johson, Norma M. Kruger, Alda Doris de Siqueira, Mair
Taborda Ribas, Noeli Zuleika Busato e os professores Francisco Tiago da Costa e
João Roque Tosin, Diretora Rita S. Siqueira/Foto publicada BRASINHA,
novembro de 2003).
[1]
BRASINHA (Informativo da Paróquia Nossa Senhora da Conceição). Professora Rosa Frederica Johnson/Elly
Furquim Stocchero. Ano IV, novembro
de 2003.
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terça-feira, 29 de outubro de 2013
Igreja Adventista do Sétimo Dia Movimento de Reforma
Entre as
doutrinas protestantes na cidade, se destaca a Igreja Adventista do Sétimo Dia
Movimento de Reforma, fundada em 1914, porém, que se estabeleceu
permanentemente no município a partir de 1986, quando na região do Botiatuba
foi construído um templo para atender as necessidades religiosas da crescente
comunidade adventista presente na localidade. Este templo teve como cerimônia inicial
o casamento do senhor Nelson Devai com a senhora Patrícia Thomé filha do
pioneiro casal fundador e propagador da doutrina Adventista na região, o Senhor
e Pastor Antonio Thomé e a Senhora Halina Jadwiga Grus Thomé[1]. Antes da construção desta, os cultos eram
realizados na sua Sede em Curitiba junto a Rua Davi Carneiro.
No entanto,
este destaque não se reverte exclusivamente ao fato da fundação de mais uma
doutrina cristã que prega a paz, harmonia e a preservação dos bons costumes.
Mas sim, pelo fato desta comunidade ter desenvolvido na região ações que vão
além de palavras. Pois, inicialmente antes do surgimento do templo, o
visionário Antonio Thomé resolveu criar um hospital naturalista e terapias
alternativas a partir de experiências colhidas na Argentina. Sendo assim em
1974 ocorreu a compra do terreno onde contemporaneamente se encontra o Hospital
Naturalista Oasis Paranaense. Porém, a construção do mesmo só se iniciou em
1976 sendo concluído em outubro de 1980 e iniciado seu funcionamento em
setembro de 1981. Os recursos para o desenvolvimento da obra foram obtidos
através de contribuições espontâneas, através de um carne de sócio fundadores e
recursos mais vultuosos de seus idealizadores: Antonio Thomé, Elias de Souza,
Aderval P. da Cruz, Antonio Xavier, Jorge Grus, Manoel Schwab, Halina J. Grus
Thomé. Sendo o primeiro médico responsável o senhor Edivaldo P. Baracho.
Com o advento e
consolidação do Hospital foi criada na mesma região a Escola Missionária
Ebenezer, sendo que em 1994 para atender a comunidade foi criada uma Escola de
Ensino Fundamental, a qual abriu suas portas a pessoas de fora da comunidade.
Surgi a partir deste fato a Escola Isaac Newton que conta atualmente com 400
alunos, a qual possui matriz com a mesma ideologia e nome em São Paulo[2].
Igreja Adventista fundada em 1986/Foto: Antonio Ilson
Kotoviski Filho, março 2011.
|
[1]
Relatos da senhora Halina Thomé, Dr. Elias de Souza e placa comemorativa de
fundação do hospital em 02 de março de 2011.
[2]
Idem.
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segunda-feira, 28 de outubro de 2013
PARABÉNS CIDADE DE ALMIRANTE TAMANDARÉ
Cento e vinte e quatro
anos de história. Uma história de muitos capítulos que se contradizem até nas
datas festivas. Pois, oficialmente pela
Lei Municipal nº 31/1989 ficou definida que a data comemorativa de
emancipação municipal seria 28 de outubro de 1889 que simbolizava a data de
criação do município instituída pela Lei Provincial n° 957 de 28 de outubro de
1889.
A citada lei municipal
ocorreu em virtude das comemorações do Centenário do Município em 1989. Porém,
antes do advento da lei municipal, a data festiva era 11 de outubro,
correspondente ao episódio em que a cidade voltou a ser autônoma em decorrência
da Lei Estadual n° 02, inciso XXI de 11 de outubro de 1947.
Independente se a
cidade de Almirante Tamandaré é “libriana ou escorpiana”, o importante é que ela
tem muita história para contar.
Parabéns minha amada
terra.
Portal (trevo que liga a Av. Emilio Johnson com a
Rodovia dos Minérios) inaugurado em 1999
Foto: Antonio Ilson Kotoviski Filho, março de 2002.
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domingo, 27 de outubro de 2013
MOEDA INFORMAL
Na década de
1950 existiam na cidade 62 estabelecimentos comerciais (armazéns, mercearias
e bares)[1].
Nesta época (e anterior a ela) o sistema de cobrança de imposto tinha uma
particularidade, pois, o comerciante registrava as vendas em um livro, onde
posteriormente era calculado o imposto, o qual deveria ser pago com a compra de
selos na coletoria, que eram colados nestes livros e carimbados. Estes selos
até eram coloridos sendo que cada cor representava um valor. Com o advento da
autonomia da cidade com a denominação de Timoneira, o selo possui como gravura
em cor única o brasão da atual da cidade. Ou seja, o atual Brasão, pelas
características nele impressas, e pela restauração dos símbolos municipais e
estaduais com o fim do período Vargas, tudo leva a possibilidade que o Brasão
Municipal tenha sido criado já no final da década de 1940. Já os selos
anteriores, carregavam o antigo Brasão do Estado do Paraná.
Curiosamente estes selos tarifários comprados na
Coletoria também funcionavam informalmente como moeda corrente.
O primeiro selo foi utilizado a partir 1948, observem
o detalhe do brasão. Já o segundo e o
terceiro eram os selos utilizados na década de 1930, porém estes eram
confeccionados pelo Estado.
|
[1]
ENCICLOPÉDIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS. Almirante
Tamandaré. IBGE, Vol. XXXI
Paraná, Rio de Janeiro, 1959, p. 26.
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sábado, 26 de outubro de 2013
Igreja Nossa Senhora do Rocio
Uma realidade
que fazia parte das comunidades tamandareenses até meados da década de 1960 era
a falta de capelas. Sendo que a celebração de Eucaristia geralmente era feita
na casa de algum morador da comunidade local. Uma dessas localidades que
conviveu com esta situação foi o Juruqui. No entanto, toda vez que as
celebrações terminavam corria a ideia de se construir uma capela. Porém, foi no
meio de um jogo de cartas, que começou a se discutir um projeto para
concretizar aquele sonho da localidade. Neste contexto, um grupo de moradores
foi falar com o pároco que na época era o tamandareense Frei Vital Basso[1].
Tal ideia
repercutiu bem, sendo que de imediato os Senhores Francisco Meguer e José Júlio
Meguer, doaram o terreno para a construção. Posteriormente a este fato, foi
realizado no local na data de 22 de setembro de 1962 a 1ª Missa e a bênção
solene da pedra fundamental. Sendo que a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi
doada pelo Senhor Atílio Bini que saiu em procissão da Sede até o Juruqui[2].
Foram os
pioneiros idealizares e fundadores da Igreja Nossa Senhora do Rocio no Juruqui:
Presidente, Francisco Sandri; Vice-Presidente, Francisco Meguer; Tesoureiro,
Francisco Manfron; Conselheiros: Antonio Bernardo, Antonio Straiotto, Antonio
Sandri, Abílio de Moraes, Lício de Moraes e outros[3].
A Igreja Nossa
Senhora do Rocio ficou pronta em 1965.
Contemporânea Igreja Nossa Senhora do Rocio no Bairro do Juruqui /Foto: Antonio Ilson Kotoviski Filho, de abril 2011.
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sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Alimentação dos pioneiros.
Até a segunda
metade do século XIX, que os habitantes da futura cidade de Tamandaré,
localizado no primeiro Planalto Paranaense, se alimentavam especificamente de
milho, feijão, arroz e mandioca. Que eram considerados produtos típicos de
primeira necessidade, além do mate e naturalmente da carne e derivados (suína, bovina, caprina e de aves)[1].
Porém, isto não era uma alimentação exclusiva dos moradores da região do atual
Tamandaré, mas sim, de todos os moradores da região da província paranaense que
já possuíam estes hábitos alimentares desde os tempos da formação da colônia.
Mas isto só mudou com a chegada do imigrante camponês europeu, que introduziu
novas culturas e técnicas agrícolas[2],
como também o próprio crescimento da população, que obrigou a produção em
grande escala. Foi neste contexto, que Tamandaré em seus primórdios como Vila
autônoma, se sustentou economicamente e posteriormente até a década de 1990,
como cidade tipicamente de economia agrária.
Farinha de milho (Biju), ingrediente de muitos pratos típicos, como o pichê. |
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quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Colégio Estadual João Paulo I
No ano de 1978
tem início uma das maiores escola do município. A Escola João Paulo I que foi
erguido na gestão do Governador Jaime Canet e inaugurado nas festividades de
comemoração do aniversario de emancipação política da cidade em 11 de outubro de 1978 [1]. O
qual recebeu esta denominação devido a comoção mundial pela morte do Cardeal
Albino Luciani (Papa João Paulo I), ocorrida em 28 de setembro de 1978 às 23:00
local. Em 1983 foi reconhecida pela resolução 3440/82 de 14 de janeiro de 1983 [2].
Sendo que neste mesmo ano a escola que já possuía a maior estrutura do
município e teve que receber mais 4 salas na Gestão do Prefeito Ariel Buzato em
resposta ao extremo aumento de demanda de matriculas originado pela desenfreada
crescente população. Até o ano de 2004 a instituição estadual compartilhava o
espaço com a Escola Municipal São Jorge. Quando esta última ganhou prédio
próprio no mês de junho deste ano, junto a Rua São José (a 300 metros
aproximadamente do pioneiro estabelecimento). No ano de 1999 é reconhecido o
Ensino Médio. Sendo que contemporaneamente o Colégio João Paulo I em 2008
contava com 1050 alunos matriculados nos cursos de 5ª a 8ª séries e no Ensino
Médio, distribuídas em 15 salas de aula, num total de 33 turmas que funcionam
organizadas em três períodos. Já a Escola Municipal São Jorge recebe alunos de
1ª a 4ª séries, como também atende o EJA.
Local: Almirante Tamandaré/PR, Brasil
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quarta-feira, 23 de outubro de 2013
JORNAIS TAMANDAREENSES
Um dos maiores
colaboradores, ou o maior colaborador, para que a história e a cultura do
município não se percam no tempo e consequentemente não morra, mesmo não
escrevendo livro. Mas sim sendo responsável por um tradicional periódico que
reproduz a realidade cotidiana do município tamandareense é o lendário
jornalista, esportista, radialista e filho nato da terra Leônidas Antonio
Rodrigues Dias. Nascido em 11 de agosto de 1944. Dono do tabloide quinzenal
Folha de Tamandaré, intitulado como a verdade sem retoque, desde a sua fundação
proporcionada pelo seu pai, o professor e jornalista, Antonio Rodrigues Dias,
em 31 de março de 1985.
Porém a
consagração da credibilidade deste jornal ocorreu no advento da Lei 25 de 05 de
outubro de 1989, sancionada pelo prefeito Roberto Luiz Perussi, que tornava a
Folha de Tamandaré um órgão oficial do município. Longe de demagogia, mas
dentro de uma analogia, este fato representa que a Folha de Tamandaré, possui
um status no município, equivalente ao que o Diário Oficial do Paraná possui
para o Estado ou que o Diário da República possui para a União. Ou seja, a
publicação dos atos oficiais da administração pública, independente de Poder no
jornal, o qual muita gente acha chato e nem dá atenção, (assim como a Voz do
Brasil no Rádio), atende ao Principio Constitucional da Publicidade, expressado
no Caput do Artigo 37 da Magna Carta Nacional de 1988. Ou seja, a Folha de
Tamandaré cumpre com este papel no município, ao divulgar os atos do Poder
Executivo e Legislativo. Atualmente o tradicional jornal cobre oficialmente os
municípios de Bocaiúva do Sul, Tunas do Paraná e Campo Magro.
Não se pode
deixar de destacar, o saudoso jornalista José de Souza Mattos que em 27 de
outubro 1967 fundou a Tribuna dos Minérios, que serviu como principal meio de
informação da região dos minérios e da cidade de Almirante Tamandaré até o
advento da Folha de Tamandaré. Neste período também prestava o serviço de
divulgação dos atos oficiais do município. Atualmente a Tribuna dos Minérios
cobre especificamente notícias de Rio Branco do Sul, Itaperuçu e Cerro Azul com
algum destaque esporádico de algum fato notório e de repercussão mais
abrangente sobre Almirante Tamandaré. A Tribuna dos Minérios também presta o
serviço de divulgação dos atos oficiais de Rio Branco do Sul, Itaperuçu e Cerro
Azul.
Outro cidadão tamandareense, que colaborou com a
preservação e divulgação dos acontecimentos marcantes do município, mesmo que
efemeramente foi o senhor Nelson Becker, o qual no ano de 1994 fundou o jornal
Gazeta Ancorado, que prosperou até o final da década de 1990.
Primeira
edição da Folha de Tamandaré, 31/03/1985.
Fonte:
Biblioteca Pública do Paraná – Divisão de documentação paranaense.
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Local: Almirante Tamandaré/PR, Brasil
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terça-feira, 22 de outubro de 2013
POSSÍVEL GÊNESE E DESENVOLVIMENTO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ
A
GÊNESE E DESENVOLVIMENTO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ
Como professor,
é meu dever manter meus conhecimentos sempre atualizados. Principalmente se
levar em conta, que os assuntos da ciência que leciono estão sempre passando
por um processo de metamorfose. Já que a Ciência História evolui na mesma
velocidade, que se renova e despertam as racionalizações humanas.
Diante desta
condição, resolvi conhecer um pouco mais da história do município que eu moro.
Pelo pouco que consegui observar, as informações prestadas pelos autores
alienígenas sobre a região se caracterizam resumidas e superficiais. Mas isto,
não é culpa dessas bem aventuradas pessoas. Mas sim de nós historiadores e
cidadãos filhos da terra, que pouco se interessamos para desvendar e enriquecer
com mais informações, a trajetória do município que nos acolhe. No entanto,
para não ser injusto, existem pessoas que estão fazendo isto no município. Os
quais se destacam o escritor e professor Pedro Martim Kokuszka com suas obras sobre
os imigrantes poloneses na cidade; e um importante legado não terminado sobre o
Município, iniciado pelo seu Harley Clóvis Stocchero; a professora Mestra
Josélia Aparecida Kotoviski, a qual iniciou em 2000 um trabalho de coleta de
lendas e histórias cotidianas do município. Além de outras pessoas, que dedicam
uma parte de seu tempo, em resgatar o que o tempo tentou apagar, mas que por
falta de divulgação e de informações de seus trabalhos até este momento,
infelizmente não puderam ser lembradas.
É lógico
também, que existe um pessoal que atrapalha. Pois, colhem informações, tenta
comercializá-la, além de se promoverem com isto. O que acaba fechando a porta
para as pesquisas sérias.
Buscando novas
informações, percebi que muitos autores e pesquisadores paranaenses, iniciam
seus breves comentários sobre o município tamandareense, com a expressão, “que
a história de Almirante Tamandaré, se perde no tempo e no espaço”. Tal
expressão, na minha humilde e interpretação ainda pouco sábia, está equivocada.
Isto se dá ao fato que a gênese da cidade, não começou em um lugar que não
existe e tão pouco do nada.
Mas a grande
questão é: onde e quando tudo começou?
Tudo índica,
baseado pela atual posição geográfica aonde o município se encontra, (25° 18’
de latitude sul, 49° 18’ de longitude Oeste), que o território antes se chamava
de Campos de Coritiba. Pois este fazia parte da abrangente região que
compreende a região Metropolitana Norte. Cruzadas e deslumbradas tanto por
expedições espanholas comandadas por Álvaro Nuñez Cabeza de Vaca, que vieram do
oeste entre 1541 a 1542[1].
Quanto pela pioneira bandeira comandada pelo português Aleixo Garcia em 1524 e
mais tarde (1531) pelas entradas portuguesas de Pero Lôbo e Francisco Chaves.
As quais, ao desbravarem a Floresta Tropical Atlântica e contornar as serras,
vindas do leste, transcenderam os limites imaginários do então Tratado de
Tordesilhas, cujas coordenadas plausíveis, segundo RIBEIRO, em 1519 eram de 49°
45' w de Greenwich[2].
Eis que,
independente de qual reino Ibérico era o dono do território. Pelo tratado, a
região do Primeiro Planalto Paranaense, nos quais se localizava os Campos de
Coritiba, (Curitiba, Almirante Tamandaré, Rio Branco, Colombo, Bocaiúva do Sul,
Campina Grande do Sul,...), pertenciam tudo ao Reino da Espanha. Pois, pelo
tratado, todo território a oeste do meridiano imaginário de Tordesilhas,
pertenciam à Espanha, porém isto não foi muito observado pelos espanhóis e tão
pouco respeitado pelos portugueses, já que a partir de 1580, ocorreu o episodio
histórico da União Ibérica, que durou até 1640. Ou seja, o dono do território,
foi quem chegou e tomou posse dele. No caso, foram os portugueses.
Diante destes
fatos, porém com certas restrições de períodos, o começo da história do
município tamandareense, se vincula com a própria história da capital
paranaense, porém, a de ressaltar, que existem certas particularidades, que
criaram um divisor bem claro em suas origens como cidades.
Estas
particularidades se referem ao fato, que quando o então capitão povoador
Gabriel de Lara chegou aos Campos de Coritiba, já encontrou portugueses
habitando a região e proximidades. Pois, muitos arraiais já existiam.
Provavelmente formadas por Bandeiras (expedições não oficiais, mas sim
particulares, com o objetivo de prear nativos e buscar metais e pedras
preciosas). Ou seja, aqui no primeiro Planalto Paranaense, já existiam pessoas
“civilizadas”, compartilhando a região com os nativos tinguis.
Texto extraído da obra Relatos de um tamandareense. A história de Almirante Tamandaré disponível gratuitamente no endereço: http://issuu.com/exceuni/docs/relatosdeumtamandareense
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segunda-feira, 21 de outubro de 2013
COMUNICAÇÃO A DISTÂNCIA
A comunicação
tradicional a longa distancia sempre se fez por carta. Esta forma de
comunicação transcende as origens do descobrimento, sendo assim, a comunicação
por carta sempre esteve presente na história de Tamandaré, sendo que
inicialmente esta comunicação era feita por particulares e pessoas comuns, que
quando iam para a capital, levavam as cartas aos endereçados, e
consequentemente traziam a resposta destes. Com o advento do trem, estas
respostas ficaram mais rápidas, já que toda semana o trem passava pela cidade
para abastecer, ser carregado e pegar o malote de carta que tinha origem na
caixa postal existente no início do século XX nas estações de trens (Cachoeira,
Sede e Tranqueira). Para poder utilizar este serviço, era necessário que as
cartas fossem seladas.
Em 1931 é
criado o Departamento de Correios e Telégrafos, o qual melhora um pouco o
serviço postal na cidade. Porém, continuou vinculado a Rede Ferroviária, no entanto,
neste período se destacou seu Domingos Scucato, pois, por trinta anos foi o
principal prestador de serviço e agente do Departamento de Correios e
Telégrafos em Almirante Tamandaré[1].
No ano de 1934, já constava em Tranqueira uma Casa de Correios sob a
responsabilidade Senhora Almerinda Kruger.
No ano de 1967 foi criado o Ministério
das Comunicações que, a partir de 1968, recebe em sua estrutura o já existente
Departamento de Correios e Telégrafos - DCT. Sendo que em 20 de março de 1969
o Departamento de Correios e Telégrafos, por meio do Decreto-Lei nº 509 é
transformado na empresa pública Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos -
ECT[2]. O
qual teve como principal agente o Sr. João Scucato, Rosa Scucato Ziolcowski
(década de 1940) e posteriormente dona Zélia Viana. Sendo que o trem foi
utilizado como meio de transporte de malotes de carta até o advento da Estrada
Estratégica. Já pela Estrada Estratégica o ônibus da viação Expresso Rio Branco, foi um meio que
facilitou o transporte dos malotes do correio.
Porém, a de
ressaltar que além da carta, no contexto de emergência, se utilizava o
telégrafo, disponível na cidade, desde a chegada da linha férrea na década de
1900.
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domingo, 20 de outubro de 2013
FOLHA DE TAMANDARÉ nº 795/9-15 de outubro de 2013.
O PRIMEIRO FORNO CONTÍNUO
DE QUEIMA DA CAL DO BRASIL
Segundo os relatos do Senhor. Generoso
Cândido de Oliveira, o primeiro forno continuo construído na cidade, foi obra
do italiano de Eduardo Canziani. O qual construiu este forno fundamentado em
uma planta feita por engenheiros na Itália trazida pelo seu filho Zizi
Canziani. Ou seja, este fato já remonta o ano de 1912 e também é confirmado nos
relatórios históricos de Hermenegildo de Lara[1].
No dia 12 de setembro de 1912 o Padre
Martinho Maiztequi fez a benção do importante empreendimento. Inicialmente trabalharam
dois foguistas e sua produção era de 200 a 250 toneladas mensais. Sendo a
matéria prima retirada da pedreira dos Buzatos. Sendo a produção escoada
através do trem até Santa Catarina e Rio Grande do Sul[2].
Este forno era quadrado, e se
localizava, onde fica a contemporânea Empresa Cal Hidra, na Rua Antonio
Bini. O qual foi comprado por Carlos Macedo. Anos depois foi vendido para o seu
Antonio Bini em sociedade com Domingos Scucato, Angelo Buzato e Bernardo
Grarachenski[3]. Sendo posteriormente a parte do senhor
Angelo Buzato e do senhor Grarachenski sendo vendida a seu Domingos e seu
Antonio Bini. Diante deste fato, a Firma Scucato & Companhia, possuía uns
dos primeiros ou o primeiro forno de Cal continuo construído no Brasil[4] como também foi dono deste forno a Produtora de
Cal Tamandaré Ltda (sócio-gerente Ambrósio Bini, filho de Antonio Bini e seu
Atílio Bini)[5].
Em sua história este saudoso forno
quase foi tombado como patrimônio cultural do Paraná. O problema do seu não
tombamento se deu pelo fato do Estado querer realizar isto sem proceder com a
devida indenização para com os donos do terreno e do forno. Ou seja, o local
seria simplesmente desapropriado de graça[6].
[1]
LARA. Hermenegildo de. Dados Biográficos do inesquecível Senhor
Ambrosio Bini. Curitiba: 18 de abril de 1985.
[2] Primeiro
forno de Cal de Almirante Tamandaré. Pesquisa realizada pelas professoras:
Valdirene do Rocio Buzato (Escola Alvarenga Peixoto), Carmem L. Cavassim
Nascimento (Escola Municipal Alexandre Perussi, Simone Lovato (escola Municipal
de Tranqueira). Sendo entrevistados os senhores Pedro Bini (filho de Antonio
Bini), Antoninha Gulin, Harley Clovis Stocchero e Ersilha Stocchero. Documento
da década de 1980.
[3]
Relato de seu Generoso Cândido de Oliveira, 2002 /Relato de João Antonio Bini,
abril de 2011.
[4]
TRIBUNA DOS MINÉRIOS. Centenário de Domingos Scucato/por Verginia
Siqueira Neta. Ano XII, nº 273, 23 de setembro de 1979.
[5]
LARA. Hermenegildo de. Dados Biográficos do inesquecível Senhor
Ambrosio Bini. Curitiba: 18 de abril de 1985.
[6]
Relato de João Antonio Bini, abril de 2011.
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Almirante Tamandaré - PR, República Federativa do Brasil
sábado, 19 de outubro de 2013
ROTARY E O JANTAR DANÇANTE DA QUIRERA
No ano de
2000, iniciava-se o tradicional Jantar Dançante da Quirera, organizado pelo
Rotaract, com objetivos filantrópicos. Sempre realizado no Segundo semestre do
ano[1].
Porém, se deve destacar que o Rotary Club de Almirante Tamandaré já realizava
este tradicional Jantar Dançante sob o nome de Baile da Quirera já
transcendente a sete de abril de 1989. O cardápio do jantar é a tradicional
quirera com suam acompanhada pela salada de chicória ou agrião.
A origem deste
típico prato gastronômico da cidade transcende a época da colonização. Porém,
só no final do século XIX os imigrantes poloneses aperfeiçoaram este prato na
região, como resposta a dura sobrevivência em tempos de desbravação em seus
assentamentos. Pois, observaram no milho uma cultura que poderia ser bem
aproveitada e naturalmente já difundida, aliada a carne de porco que era
facilmente obtida em qualquer chácara na época. Ou seja, era um alimento
nutritivo e barato que foi também difundido pelos tropeiros, já que era fácil
seu preparo[2].
Em 02 de setembro de 1985, o pioneiro Rotary Clube de
Almirante Tamandaré sob a presidência do Sr. João Siqueira Neto, inaugura na
Rua Didio Santos, nº 43, Centro, à Casa da Amizade. Que representava a primeira
fase de um projeto de Construção de um Salão Social de 240 m², para festas,
bailes, reuniões e atividades culturas, tanto do próprio clube, quanto para a
comunidade tamandareense. Infelizmente a Casa da Amizade não evoluiu para a
segunda fase. Porém, apesar deste fato, nunca os rotaractianos deixaram de
prestar auxilio e ajuda as manifestações festivas culturais religiosas no
município, como também a desenvolver projetos sociais. Esta instituição segundo
informações documentais já faz presença na cidade desde maio de 1978[3].
[1]
ROTARY INTERNATIONAL. 700 pessoas
prestigiam o Jantar Dançante da Quirera. Disponível em: <
http://www.rotary4730.org.br/jml1515/index.php?option=com_content&view=article&id=841:700-pessoas-prestigiam-o-jantar-dancante-da-quirera&catid=1:notas&Itemid=19>Acesso
em: 31 dez. 2010.
[2]
INVENTARIO DA OFERTA TURÍSTICA. Município de Almirante Tamandaré/Secretaria
Municipal da Cultura e Lazer, 1994, p.15.
[3]
FOLHA DE TAMANDARÉ. Wilson no Rotary.
Ano I, nº 09, julho de 1985.
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sexta-feira, 18 de outubro de 2013
BAIRRO RESTINGA SECA
A Região da
Restinga Seca é um bairro com 2,30 Km². Área já conhecida no século XVIII, e
provavelmente timidamente povoada nesta mesma época em virtude de sua
proximidade com o Pacotuba. Seu nome expressa a característica natural da
região, ou seja, uma região física depressiva (um buraco em meio aos morros).
“seca”, porque não estava preenchida com água. Esta região se parecia com uma
restinga costeira, por isto da denominação analógica dos primeiros aventureiros
que passaram pela região. No entanto, a partir de meados da década de 1970
sofreu um intensivo povoamento provocado pela exploração imobiliária.
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013
PRESENÇA HUMANA, DESDE QUANDO?
A cidade de Almirante Tamandaré já foi muito rica em vestígios de nativos Tinguis como é apontado nos estudos de Romário Martins, como também é possível interpretar em documentos imobiliários do inicio do século XIX referências a presença nativa em algumas regiões da cidade. Outro ponto que chama atenção são algumas lendas, sendo a mais curiosa que em uma determinada região da Sede existia um suposto cemitério indígena. No entanto, existiram boatos que em determinadas grutas calcareas que não existem mais, haviam traços de arte rupestre.
Se isto é real ou não, só uma pesquisa cientifica especializada poderá trazer respostas, não mero levantamento bibliográfico e a oralidade pura e simplesmente. Pois, a História é uma ciência. Diante disso eu seria irresponsável em repassar uma informação em livro sem a devida pericia, pois querendo ou não, um livro para o leigo é portador de credibilidade. Neste contexto, apenas apresentarei um fato real, porém, distorcido pela oralidade.
"Recordo de um
fato, que escutei ainda criança nas conversas dos adultos, na agência do
extinto banco Banestado (primeira agência bancaria na cidade, aberta em 16 de
maio de 1977), onde hoje é o atual Banco Itaú. Sendo que o contexto da
conversa, poderia ser uma pista para ajudar a elucidar o mistério da origem do
homem americano e porque não detalhar melhor o povoamento primórdio da região
de Almirante Tamandaré. Pelo menos foi o que me ascendeu na consciência,
naquele momento.
Por quê?
Eis, que dentro
de uma normalidade, sempre faltando dez minutos para as quinze horas, eu sempre
era solicitado a levar o dinheiro arrecadado pela venda de mercadorias na loja
de minha avó, para ser depositado no banco. Ao chegar lá, presenciava a rotina
de sempre (banco lotado, pessoas importantes da cidade resolvendo seus
problemas, gente reclamando, com pressa,...), ou seja, movimento típico de uma
cidade que só contava com dois bancos na época (Banestado e o Banco do
Brasil).
Porém, como o
banco estava lotado, o fim da fila estava já próximo ao pessoal que aguardava falar
com o gerente. Foi neste momento, que escutei um grupo de pessoas a comentar
algo, sobre um ilustre político tamandareense. O qual, havia se metido em uma
enorme confusão. Pelo fato de seus funcionários que desempenhavam a sua função
de explorar calcário, terem dinamitado uma pedreira na região da Ermida, onde
se localizava uma gruta calcária, cujo em suas paredes, estavam dispostos raros
exemplares de desenhos rupestres, feitos em tempos ainda não datados.
Para ser
sincero, não sei o motivo porque este fato ficou gravado, já que mal prestei
atenção. Mas, imagino que a grande chave para isto ter ocorrido, foi porque
dias mais tarde, escutei outras pessoas, também comentando algo sobre o
assunto, inclusive até falando sobre um processo judicial, movido pelo
Ministério Público motivado pela denuncia de um grupo de pessoas, que
pesquisavam aqueles desenhos. E posteriormente, porque na escola, a professora
explicou sobre a arte rupestre.
Mas só hoje,
que fui “me ligar” da gravidade daquela ação cometida contra aquele patrimônio
histórico/geológico, e posteriormente relacionar a importância daqueles
desenhos e manifestações pré-históricas, para a melhor compreensão da história
de minha cidade, do meu Paraná, de meu Brasil e porque não do meu Planeta.
Depois, de ter
refletido sobre tudo isto, em questão de tão pouco tempo, voltei à realidade, e
lá estava o professor de História, que aprendia mais um pouco com sua própria
experiência histórica. E como sempre acontecia, o sinal tocou, para o recreio,
o qual me possibilitou ir para a sala de computação, pesquisar algo na internet
que falasse sobre aquele respectivo fato. Como era algo anterior a
informatização dos jornais e da justiça, não obtive resultados mais apurados,
para me satisfazer a curiosidade do momento. Porém, descobri que na região dos
minérios, existem vários processos, movidos por ONGs e pelo próprio Ministério
Público[1],
contra firmas exploradoras de calcário, motivadas pela destruição de grutas,
cavernas e formações geológicas raras. Independente de terem em seu interior,
sinais da arte rupestre ou não. Pois, é através de uma gruta, caverna, que se
apreende de forma mais objetiva e concreta, sobre a história geológica da
região e consequentemente da Terra[2]".
Grutas fotografadas em 1953/provavelmente não existam mais/local e fotografo desconhecido. |
[1]
REDE LATINO AMERICANA DO MINISTÉRIO PUBLICO AMBIENTAL. Ação Civil Pública.
Disponível
em:<http://www.mpambiental.org/index.php?acao=pecas-pop&cod=95>
Acesso em: 27 nov. 2010.
[2] MPPR
- MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ. O que restou das Cavernas. Disponível
em:<http://www.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=893>
Acesso em: 27 nov. 2010.
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013
OS DINOSSAUROS DE FERRO
No ano de 2006 começava a chamar a atenção no
pátio da ORPEC Engenharia, Indústria e Comércio Ltda, junto a Avenida Wadislau
Bugalski enormes dinossauros em tamanho natural (Um Diplodoco de 27 metros
comprimento por 10 de altura (erguido na década de 1990), um Tiranossauro Rex
de 8 metros de altura e um Pterodonte). Porém construídos com sucata produzida
pela atividade da industrial da empresa. Ou seja, o lixo foi transformado em
arte através do projeto idealizado artista e Diretor Industrial da ORPEC
Engenharia, Fabio Ceci Szezesniak e mais 15 amigos. A escultura chamou tanto a
atenção que a própria prefeitura municipal de Almirante Tamandaré quis colocar
as esculturas em um local publico e integrar os dinossauros no circuito
turístico da cidade. Porém, tal possibilidade não foi possível em virtude que
não existe forma de transportar a estrutura sem a desmontá-la.
Tiranossauro Rex de 8 metros e o Pteranodonte em frente a ORPEC/Foto: Antonio Ilson Kotoviski Filho, março de 2011. |
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terça-feira, 15 de outubro de 2013
ESCOLA MUNICIPAL VEREADOR VICENTE KOCHANY
Na década
de 1970 o candidato a vereador Vicente Kochany doa o terreno onde foi
construída a Escola Lamenha Grande, porém só em 1989 a escola foi denominada
com o seu nome. Mas era para se chamar Serzedello de Siqueira. Pois, segundo o
senhor João Antonio Bini vereador que viveu este episódio, a proposição do nome
foi feita pelo vereador Reimundo Siqueira (seu Neninho). No entanto, conhecedor
do contexto da história da doação do terreno, seu João Antonio Bini alertou o
fato para não se cometer uma injustiça, o qual logrou êxito[1]. De suas salas começa a trajetória do Colégio Estadual Tancredo Neves que iniciou
suas atividades no ano de 1986, devido ao fato de não existir na região uma
escola que atendesse os alunos que concluíam a 4ª série. Apenas em 1990 ocorreu
o reconhecimento do curso de 1º Grau, sendo que no ano de 1995 foi entregue o
prédio exclusivo ao colégio. Neste mesmo ano deu-se inicio ao funcionamento do
curso de 2º Grau Técnico em Administração. Seu patrono foi é um político
mineiro de reconhecimento nacional que foi um símbolo da luta pela
redemocratização do Brasil.
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Sobrenomes diferentes mas mesma família.
Um fato
curioso é que muitos sobrenomes são escrito de várias maneiras, mesmo
pertencendo à mesma família. Exemplos: Kotovski – Kotoviski – Kotowski –
Kotowiski; Busato – Busatto – Buzato – Buzzato – Buzatto,...; Cândido de –
Candido de; Lipinski – Lipski;..., Romero – Romeiro; afinal qual é o certo, se
nos documentos oficiais como o do TRE-PR, expressa: em 2008 Luiz ROMEIRO Piva,
em 2004 ROMERO; no relatório de 1982, Ariel Adalberto Buzzato, já em 1976 Ariel
Adalberto Busato, Lourenço Alberto Buzato em 2000; Antonio Kotowski em 1972,
Josélia Kotovski em 2004,... Isto sem contar a Rua Bertolina Kendrick de
Oliveira – Rua Bertolina Candido de Oliveira – Rua Bertolina Kenidy de
Oliveira(?); Mileck (TER-PR) – Milek. Independente de qual esta certo ou
errado, fica um aviso. Atualmente, como a as famílias do município são
conhecidas, este irrelevante fato hoje, não faz diferença nenhuma, porém, daqui
200 anos? É lógico, que em um livro de história como o meu, que é também
baseado em documentos oficiais, pode ocorrer estas variações. No entanto são
estas variações que influenciam outras, que pode ter efeitos em fatos de
interpretação futura. Neste contexto em uma entrevista realizada com seu Valter
Johson Bomfin, ele observou um erro que é cometido no contexto do sobrenome
Bomfin. Pois, o certo segundo ele é “Bomfin” e não “Bonfim ou Bonfin”[1].
Outro exemplo,
na minha carteira de motorista, aparece KotoVISki, já na de meu irmão
KotoVSki. Isto sem contar que nasci em 10 de outubro. Mas meu CPF diz
que eu nasci em 11 de outubro. Estas interpretações já fazem efeito. Pois, na
busca por cidadania o pedido esbarra nesta variação de sobrenomes. Um exemplo
que surpreende é que nenhum dos Kotovski citado é o sobrenome carregado pelo
ancestral da família. Pois, observando a assinatura do meu bisavô Damião,
percebe-se que o sobrenome é “Kotovcz”. Neste mesmo documento em que ele assina
seu nome, que é a Carteira de Identidade para estrangeiro. Aparece seu
sobrenome “Kotowski”, no contexto de preenchimento pelo funcionário responsável.
Carteira de identidade de estrangeiro expedida apenas
em 16/10/1942/Acervo Família Kotoviski).
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