O centenário
bairro da Lamenha Grande surgiu do programa de assentamento e povoamento do
Paraná com imigrantes. Inicialmente foi criada com a denominação de Colônia
Lamenha cujo antropotopônimia se liga a homenagem prestada ao fundador da colônia em
1876 que foi o Presidente Lamenha Lins. Sua área atual é de 6,31 km².
A alteração
do nome para Lamenha Grande ocorreu devido à divisão da Colônia logo em
seguida. A nova parte que surgiu foi a Lamenha Pequena, a qual faz divisa com a região homônima de
Curitiba. Sendo que o Bairro Lamenha Pequena tamandareense possui 2,25 km², e
seu nome deriva da parte territorial inicial antes da separação[1].
Sua separação se deu em virtude de uma nova leva de colonos na região. Sendo
estes italianos e poloneses, que formaram inicialmente a Colônia Nova Romastak[2].
Cuja, a denominação não oficial da região surgiu de um fato curioso: os
primeiros italianos que se estalaram se referiam à localidade como “Nova Roma”
e reconheciam a localidade com esta versão. Porém, quando no processo da
distribuição de lotes para os eslavos, os funcionários do governo perguntavam
se eles queriam as terras que ficavam na região da Lamenha conhecida como Nova
Roma. Sendo que a resposta era: “tak” e repetiam “Roma tak” (Roma sim, em
polonês). E para não sair do costume, o povo mais simples, popularmente começou
a expressar involuntariamente de forma aportuguesada a palavra “Romastak”, por
causa da curiosa história e em um contexto cômico.
Ou seja, a
área da Lamenha teve que ser ampliada devido à chegada de novos imigrantes. Mas
oficialmente a região era definida como Lamenha Pequena, (uma analogia a filho
grande (mais velho) e filho pequeno (mais novo) no caso Lamenha “Pequena”. Que
por ser homologa a região de Curitiba na divisão, começou a ser redenominada
oficialmente a partir de como era popularmente conhecidas algumas partes de seu
território em Tamandaré (Tanguá, São Miguel, Romastak (que possui uma parte em
Curitiba).
Oratório Santo
Izidoro construído em 1899, localizado as margens da Av. Wadislau Bugalski na
Lamenha Grande/Foto: Antonio Ilson Kotoviski Filho, abril 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário