No começo da velha estrada do Pacotuba existe um fragmento que marca a religiosidade dos pioneiros portugueses e imigrantes poloneses, estabelecidos
pioneiramente na região que também ajudaram a escrever a história do povoamento
da cidade, é a Capelinha do Pacotuba, construída em 1929 por um grupo de
poloneses da Sociedade Tadeusz Kokszko. A qual, também serve como um marco, que
indica que ali era um pequeno cemitério, onde foram enterrados alguns filhos de
moradores pioneiros da região (os recém-nascidos Adão e José Kotovski e o João
Antônio Brzezinski). Fora outras crianças e pessoas não identificadas, cuja,
segundo informações, se colocava uma cruz azul na sepultura dos meninos, e uma
cruz rosa na sepultura das meninas.
Um fato
interessante que marcou a Capelinha foi à depredação que ela sofreu por
fanáticos religiosos, a qual se deu no furto e destruição de uma imagem de São
João, a qual seus pedaços foram jogados no terreno da senhora Doroti Dugonski.
Este ato de vandalismo foi motivado pelo fato desses fundamentalistas
repudiarem o culto a imagens. Depois de algum tempo, foi doada uma imagem de
São João Batista, que permaneceu intacta até a década passada, quando
provavelmente um grupo de vândalo, sem motivação alguma consumiram com a imagem.
É por este motivo que a Capelinha do Pacotuba, é denominada oficialmente como
Oratório São João Batista.
Colaboraram com
a construção da histórica capelinha: o Sr. Martin Bugalski, que dou o terreno.
Já os Senhores: Itaciano José Siqueira, Pedro Polanisnski, Martin Bugalski,
Francisco Postareck, Joaquim de Barros Teixeira, Bernardo Brzezinski e meu
bisavô paterno Damião Kotoviski, doaram recursos financeiros, o qual foi
utilizado pelo Senhor. Tomas Sopa, no desempenhar de seu trabalho em
construí-la e pintá-la originalmente de
amarelo.
A doação do
terreno feita pelo senhor Martin Bugalski, e ocorreu em necessidade de pessoas,
que por motivos religiosos, pela falta de cemitério ou por não conseguirem
pagar o atestado de óbito, lhe geravam o problema de não conseguir sepultar
seus entes queridos em um cemitério oficial. Sendo assim, estes eram enterrados
nas proximidades, já dentro do terreno de seu Martim, percebendo este fato o
generoso cidadão, resolveu ceder um pouco mais o terreno destinado para este
fim.
No ano inicial
do século XXI (2001), a capelinha foi mudada alguns metros de lugar e cuidada
pelo empresário Reinaldo de Mello até a presente data. No entanto, no ano de
2002, minha mãe, a Dra. Mestra Professora Josélia Aparecida Kotoviski,
desenvolveu um projeto de pesquisa com seus alunos do Colégio Estadual Jardim
Paraíso, onde um dos objetivos era dar fundamentação histórica notória, para o
tombamento histórico municipal do Oratório. O qual recebeu o apoio e
posteriormente foi pleiteado, junto á Câmara Municipal de Almirante Tamandaré,
pela então Vereadora Clarice Gulin (neta de Damião Kotoviski e uma das
primeiras mulheres eleitas para o cargo de vereador na história do município,
na gestão 2001 até 2004).
Porém, só em 25
de junho de 2005, no primeiro mandato do Prefeito Vilson Rogério Goinski, (que
a principio é descendente de poloneses), o Oratório São João Batista foi
reconhecidamente e merecidamente restaurado.
(Solenidade de Restauração da Capelinha do Pacotuba/o Sr. Estanislau Pupia, Dona Noêmia Kotoviski, nora do saudoso Damião Kotoviski que ajudou a construir a capelinha, ao fundo alunos da Professora Josélia Kotovski (nora de dona Noêmia), o Prefeito Vilson Goinski, e a ex-vereadora Clarice Gulin (filha de dona Noêmia)/Foto: Ari Dias, Junho 2005).
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