A produção de
calcário se difere da cal, pelo fato do minério extraído da pedreira, ser
diretamente moído, sem a necessidade de ser queimado primeiramente nos fornos.
O moimento do
minério bruto era até o ano de 1971 feito pelos gigantescos moinhos de bola.
Os quais consumiam muita energia, sendo pouca a produção. Este moinho era uma
caixa de 4m x 4m, onde se encontravam bolas de aço, que giravam, batendo nas
pedras ali depositadas, até elas virarem pó.
Porém, com o
advento do Calcário Santa Terezinha de propriedade dos senhores Albino Milek e
Antonio Ilson Kotoviski, localizado na Av. Emilio Johnson, onde hoje se encontra
a Loja de Ferragens Colodel, ocorreu uma revolução. Pois, o senhor Antonio
Kotoviski, inspirado em um moinho de moer grãos, desenvolveu o primeiro
protótipo do Moinho de Martelo (britador). Sendo que este pioneiro projeto foi
levado ao metalúrgico Constante Bonatto, cujo, o mesmo, depois de muita
insistência por parte de seu Antonio, começou a montar o moinho com grelhas de
aço 1045 temperado e os martelos em aço manganês. Tinha apenas um diâmetro de
70 cm por 50 de largura.
Apesar do
tamanho em relação aos gigantescos moedores de bola, este protótipo conseguiu a
façanha de moer 4 vezes mais por hora o minério de calcário, com 50% menos
energia empregada.
Devido a sua
versatilidade, a Metalúrgica Rama tomou conhecimento deste moinho e
posteriormente o desenvolveu maior e a um padrão industrial, sendo
consequentemente vendidos para as novas fabricas que em Tamandaré se
instalaram, ocasionando uma histórica “Corrida pelo Calcário”. Pois, com o
advento do moinho de martelo, o custo para se montar uma empresa diminuiu
muito, já que só o moedor de bola, custava 10 vezes mais que o revolucionário
britador. Neste período, o numero de empresa de exploração de cal e calcário,
instalada só no município tamandareense chegou a 33.
BRITADOR |
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