sábado, 9 de novembro de 2013

O MOIMENTO DO CALCÁRIO

A produção de calcário se difere da cal, pelo fato do minério extraído da pedreira, ser diretamente moído, sem a necessidade de ser queimado primeiramente nos fornos.
O moimento do minério bruto era até o ano de 1971 feito pelos gigantescos moinhos de bola. Os quais consumiam muita energia, sendo pouca a produção. Este moinho era uma caixa de 4m x 4m, onde se encontravam bolas de aço, que giravam, batendo nas pedras ali depositadas, até elas virarem pó.
Porém, com o advento do Calcário Santa Terezinha de propriedade dos senhores Albino Milek e Antonio Ilson Kotoviski, localizado na Av. Emilio Johnson, onde hoje se encontra a Loja de Ferragens Colodel, ocorreu uma revolução. Pois, o senhor Antonio Kotoviski, inspirado em um moinho de moer grãos, desenvolveu o primeiro protótipo do Moinho de Martelo (britador). Sendo que este pioneiro projeto foi levado ao metalúrgico Constante Bonatto, cujo, o mesmo, depois de muita insistência por parte de seu Antonio, começou a montar o moinho com grelhas de aço 1045 temperado e os martelos em aço manganês. Tinha apenas um diâmetro de 70 cm por 50 de largura.
Apesar do tamanho em relação aos gigantescos moedores de bola, este protótipo conseguiu a façanha de moer 4 vezes mais por hora o minério de calcário, com 50% menos energia empregada.

Devido a sua versatilidade, a Metalúrgica Rama tomou conhecimento deste moinho e posteriormente o desenvolveu maior e a um padrão industrial, sendo consequentemente vendidos para as novas fabricas que em Tamandaré se instalaram, ocasionando uma histórica “Corrida pelo Calcário”. Pois, com o advento do moinho de martelo, o custo para se montar uma empresa diminuiu muito, já que só o moedor de bola, custava 10 vezes mais que o revolucionário britador. Neste período, o numero de empresa de exploração de cal e calcário, instalada só no município tamandareense chegou a 33.
BRITADOR

Nenhum comentário:

Postar um comentário