sábado, 16 de novembro de 2013

CONSIDERAÇÕES SOBRE O PRÉDIO QUE ABRIGA O CEEBJA AYRTON SENNA.

Grupo Escolar Almirante Tamandaré/Fonte: Acervo Família Kotoviski - década de 1960 

Escrever e pesquisar sobre o município não é uma tarefa fácil. Pois, não raro é correr o risco de cometer erros, simplesmente por não perceber nomes e lugares homônimos.
No contexto de colheita e analise das fontes históricas que fundamentaram minha pesquisa, me deparei com ocasiões supracitadas. Pois, um exemplo desta infeliz situação diz respeito ao mais tradicional prédio escolar do nosso município onde se localiza a Escola Municipal Rosilda Aparecida Kowalski e o CEEBJA Ayrton Senna. Eis, que segundo o professor Ronel Corsi, cujo qual, expôs de forma publica em seu Blog estabelecido no endereço: http://ronelcorsi.blogspot.com/2009/10/revelando-memoria-na-medida-e-na_27.html visitado na data de 29 de janeiro de 2011, que o prédio estadual que abriga estas duas instituições foi construído em 1911 (“fotos da fachada da Escola Estadual Cebeja Ayrton Senna, em Almirante Tamandaré, Edificação de 1911, o espaço desta escola é dividido com a Escola Municipal Rosilda Kowalski - Ensino Infantil e Fundamental”). Ou seja, se isto correspondesse com a veracidade das informações, estaríamos este ano comemorando o centenário e até entrando com processo de tombamento desta obra arquitetônica.
Porém, por que não se está?
Simplesmente porque o referido prédio possui 61 anos. Ou seja, segundo os relatórios “A concretização do plano de obras do Governador Moyzés Lupion 1947-1950”. O prédio foi construído e entregue em 1950, com o nome de “Grupo Escolar”. Porém, este não é o único fato que comprova a idade do prédio, já que na observação de fotos panorâmicas da década de 1920 e 1940, a citada obra não se faz presente no local onde esta estabelecido contemporaneamente. Da mesma forma, que nesta foto já se encontra a prefeitura velha que data de 1916. Ou seja, se ele fosse de 1911 deveria estar compartilhando um espaço na imagem com a velha sede.
Mas então, porque ocorreu o erro?
Primeiramente é que já existia um Grupo Escolar na “Sede”, porém localizado junto a Rua Coronel João Candido de Oliveira (onde fica a Eletrônica Tosin). Que a principio foi erguido de madeira em 1911. Ou seja, o erro ocorre supostamente dentro de um contexto homônimo. Como também de conhecimento geográfico, pois apesar de próximas os prédios nunca estiveram no mesmo local. Mesmo na época não existindo a Avenida Emilio Johnson (ou rua um). Ou seja, as escolas sempre se localizaram em lugares diferentes, apesar de próximas.
Porém, a gênese da Educação na Sede do município começou pelo prédio de 1911 e se estendeu para o prédio de alvenaria de 1950. Talvez esta foi a armadilha que incitou o erro na pesquisa do professor supracitado.
Neste contexto em caráter de curiosidade, a primeira diretora estabelecida no novo prédio foi: Noeli Buzato Ayub. No ano de 1960, neste mesmo prédio onde se localizava o Grupo Escolar Almirante Tamandaré, teve inicio a Escola Norma Regional Alvarenga Peixoto que habilitava professoras a lecionar no antigo primário. A diretora responsável inicialmente pela escola foi Álda Dóris Siqueira. O patronato da escola foi uma homenagem ao advogado, poeta e inconfidente (Inconfidência Mineira) Inácio José de Alvarenga Peixoto.
Em 1972 a Escola Normal Regional Alvarenga Peixoto, passou a denominar-se de Ginásio Estadual Alvarenga Peixoto. Porém, em 1972, a instituição de ensino mudou novamente de nome, sendo que desta vez recebeu o nome do ex-deputado estadual e prefeito Ambrósio Bini. Neste contexto, a professora Rosa Bini de Oliveira, se tornava a primeira Diretora do Colégio Estadual Ambrósio Bini. O qual em 1980 implantou o ensino de 2º Grau com o Curso Profissionalizante Básico em Comércio. Em 1991 o Colégio passa a gerir sobre a luz da Educação Geral. No ano de 1998 o Colégio Estadual Ambrósio Bini muda de endereço. Sendo que em seu lugar é criada a Escola Municipal Rosilda Aparecida Kowalski que compartilha o espaço com o Colégio estadual Ayrton Senna que em 2000 se tornaria CEEBJA Ayrton Senna.

Meu pioneiro artigo “Considerações sobre o prédio que abriga o Ceebja Ayrton Senna” publicado na p. 13 da edição 681 da quinzena de 1º a 15 de maio de 2011.

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