sexta-feira, 15 de novembro de 2013

ATIVIDADES ECONÔMICAS GERAIS


Almirante Tamandaré desde seus primórdios tempos, sempre dependeu do comércio e da exploração de minérios. Porém, foram os minérios que atraíram as pessoas para aqui viverem e em consequência empreender algo que garantisse a sobrevivência. Alguns optaram pela agricultura, já outro por atividades do terceiro setor da economia. Já outros, tirando os exploradores da cal, optaram e desenvolver pequenas fábricas, de produtos básicos.
Um desses produtos básicos era o tijolo e a telha. Pois, eram produtos, que além de servirem a população local, poderia ser exportado para a capital. Neste contexto, existiu no Tanguá a olaria do Sr. Artur Wolf que remonta a década de 1940. Já na região da ponte do Taboão, existia a olaria Paulo C. Shimitz Cia Johnson, também remontando a década de 1940. A Sede do município, também contava com a olaria do Sr. Pedro Jorge, que remontava a década de 1940[1]. Em 1950 existia a Irmão Bini Ltda na Sede; Himério Lugarini no Passauna e Indústrias R. Fredolin Wolf na Lamenha Pequena[2]
Outra forma de captar recursos foram às serrarias, as quais forneciam tabuas, sarrafos, vigas,..., ou seja, produziam matéria prima para construções. As principais espécies vegetais exploradas foram à araucária, imbuia e canela, muito abundante nesta época as quais eram cortadas na base do machado e transportadas em carroças.
Como não existia energia elétrica em quantidade naquela época para alimentar motores, as serrarias funcionavam através de um sistema hidráulico (rodas da água), com serras vai e vem. Eram denominadas popularmente de engenho.
No século XIX, na região do Pacotuba é relatado a existência de uma serraria, movida a roda de água. Sendo que, no mesmo prédio, existia na parte superior (no sótão), um moinho. O dono deste moinho era um alemão, o Sr. Zeferino Zenf[3].   
Na década de 1940, existia no município na região do Boixininga, a serraria do Sr. Pedro Broto de Andrade, onde hoje fica contemporaneamente o Restaurante e Pesque-Pague do Broto. Já na região da Conceição, existia a serraria da família Wolf; no Marmeleiro existia a serraria da família dos Zem e na Tranqueira as serrarias pertenciam aos Stocchero; J. Domingos Chimelli (1928-1931) Tranqueira; Davi Manosso possuía um engenho de serra no Juruqui[4].      
Na região da ponte do Taboão já na década de 1920, existia uma ferraria, onde se fazia carroça, charrete, carrinho de mão, ferravam cavalo, faziam arado,..., ou seja, ferramentas agrícolas,..., sendo o proprietário o Sr. Teófilo Sczepanski sendo que mais tarde passou para o Sr. Paulo Macionki. Ainda existe esta ferraria, porém na forma de serralheria. Outra ferraria era Vacari Bevirato e Cia no Juruqui[5].  Em 1950 existia a Francisco Lovato e Irmão na Tranqueira, Pedro Cavichiolo (Lamenha Pequena e Atílio Stela (Passauna).               
Outra atividade que proporcionou recursos às famílias no município foram as fabricas de derivados de carnes (fábrica de banha, salame e linguiça). Que funcionaram no município desde a década de 1940, sendo uma delas localizada na Cachoeira, na Rua Mauricio Rosemann, que pertencia ao senhor Stanislau Borowski, que posteriormente foi comprada pelo João Fruhwert (João Peixeiro). Já a outra fabrica se localizava em Tranqueira, de propriedade do Sr. Istanislau Miclak[6]. As quais eram abastecidas por gado vindo do Assungui e da região. Em Campo Magro existia a fabrica de Angelim Pianaro; Himério Lugarini no Passauna e Antonio Alves na Sede[7].
Existiram no município, desde o século XVIII, os pequenos engenhos de farinha de milho ou biju. Uma herança indígena. Esta farinha era fabricada com milho umedecido, onde era socado por um sistema chamado de monjolo, até virar uma pasta, depois torravam em uma chapa. A maioria das casas possuía esta fabrica artesanal. Quem não possuía, utilizava o monjolo de quem tinha, pois era comunitário. Existiu em grande quantidade, na região do Córrego Fundo, Conceição, Marmeleiro, Barra de Santa Rita e Capivara. Na região da sede, não existia esta atividade. 



[1]              PREFEITURA MUNICIPAL DE TIMONEIRA. Livro de Lançamento do Imposto/Imposto de indústria, profissões de pesos e medidas. 1947-1961.
[2]              Arquivo de Requerimento apresentado a Prefeitura municipal de Tamandaré à contar de 11 de novembro a 30 de dezembro de 1931.
[3]              Relato de Estanislau Pupia, 1997.
[4]              PREFEITURA MUNICIPAL DE TIMONEIRA. Livro de Lançamento do Imposto/Imposto de indústria, profissões de pesos e medidas. 1947-1961
[5]              Idem.
[6]              Idem.
[7]              Arquivo de Requerimento apresentado a Prefeitura Municipal de Tamandaré à contar de 11 de novembro a 30 de dezembro de 1931.

Um comentário:

  1. Eu conheci o Sr. Angelim Pianaro proprietário da Fábrica de banha em Campo Magro, Homem empreendedor, o primeiro morador de Campo Magro que teve automóvel, saiu de casa com 18 anos sem ter um sapato para calçar e com 27 anos era empresário. Difícil encontrar Homem assim nos dias de hoje GRANDE ANGELIM PIANARO

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