A existência de associações agrícolas no
Estado do Paraná remonta o início do século XX, muitas delas tiveram início em
sociedades formadas por imigrantes e nacionais com o objetivo de auxiliar seus
associados em enfrentar as dificuldades no que tangia a produção e o comércio
do que era produzido, além de abrangerem outras finalidades como a Educação.
Esta condição é possível ser observada na
edição de 24 de outubro de 1906 do jornal “A
República”, que informava que em 20 de outubro de 1906, foi criado
uma Sociedade Agrícola na Lamenha Pequena denominada “Kolko Rolnicze” (União
Agrícola), cujo objetivo previsto em seu artigo primeiro era o de comprar
direto dos fabricantes artigos necessários para a agricultura indispensável e
manter um negócio. Seu pioneiro presidente foi Sczepan (ilegível); vice-presidente
Wojciech (ilegível); secretário Izydoro Zgoda; diretor Ludicick Szczerbowski;
Michal (ilegível).
Segundo o jornal a “República, de 10 de outubro de 1905”, anteriormente a esta
associação, na Colônia Lamenha Grande, em 07 de outubro de 1905, foi criada uma
cooperativa agrícola denominada de “Circulo Rural”. No contexto da mesma
informação é citado que foi a primeira cooperativa criada por uma colônia na
província. Na solenidade de inauguração se fizeram presentes: Secretário de
Obras Públicas Gutierrez Beltrão; Vice-Presidente do Estado monsenhor Celso da
Cunha; Consul austríaco Ockeky.
Existem referências no periódico “A República, de 25 de julho de 1904”
sobre a existência da Sociedade Nossa Senhora da Lamenha Pequena, cujo
presidente era o Sr. Wlademiro Kuhn. Na Colônia Lamenha existia a Sociedade
Agrocultural Santo Izidoro, fundada em julho de 1902, segundo “A República, de 09 de agosto de 1904”. Porém, estas não eram cooperativas.
Com o tempo, estas sociedades foram
sendo substituídas por associações que abrangiam não só a agricultura, mas outros
setores da economia. Na década de 1980, o Estado incentivou a criação de
associações agrícolas com o objetivo das mesmas serem um canal de
comercialização para os pequenos produtores, independentemente se associado ou
não, bem como viabilizar a sobrevivência dos mesmos na atividade agrícola. Faziam
parte da iniciativa, além da organização econômica do setor, o propósito de que
as mesmas passassem a ser entendidas com caráter político, de representação dos
pequenos agricultores, independentes dos setores patronais e do domínio das
cooperativas. Neste contexto histórico, em 1985 é fundada a Associação dos
Produtores Rurais de Almirante Tamandaré (ASTRO).
Após a ela, segundo artigo do Técnico da
EMATER, Pedro Martin Kokuszka, publicado na Folha de Tamandaré, de 15 de junho de 1988, para atender os interesses
do trabalhador rural tamandareense, que para esclarecer dúvidas e pleitear
direitos tinha que recorrer ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Branco
do Sul, em 23 de abril de 1988, é fundado a partir de uma Assembleia Geral, que
contou com a presença de mais de 300 trabalhadores rurais reunidos no Salão
Paroquial da Igreja Matriz, o “Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Almirante
Tamandaré”. Neste dia foi aprovado o estatuto e eleita sua pioneira diretoria
que ficou assim definida: Presidente Felício Tabolka; Secretário Genésio
Galvan; Tesoureiro Osvaldo Stival; Conselheiros Fernando Dambrat, Conceição J.
dos Santos e Francisco do Carmo.
Neste histórico dia estavam presentes o Diretor
Presidente da ASTRO, Bernardo Gogola Maeski; Diretor Presidente da FEPAR,
Osvaldo Stival; Chefe Regional da EMATER, Cesar Amin Pasqualim; Gerente da
EMATER, Cirino Correa Junior; Vereadores Jerônimo Jareck e Zair José de Oliveira;
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Almirante Tamandaré, Frei
Emídio e o Sr. ex-Prefeito Roberto Perussi.
TEXTO EXTRAÍDO DA OBRA CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR que pode ser visualizado nos links:
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