segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

VEGETAÇÃO TÍPICA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

Mata ciliar próximo à nascente do Rio Passaúna no Marmeleiro
Foto: Ari Dias, 2008.

Em termos gerais, a paisagem do município de Almirante Tamandaré apresenta ambientes naturais distintos e, ao mesmo tempo interligados: Os campos naturais, a floresta com araucária, as matas ciliares e os banhados. Esse domínio possui tal característica devido à variação climática e ao desnível altimétrico que ocorre em sua extensão territorial. Todos esses ambientes fazem parte do Domínio da Mata Atlântica, abrangendo originalmente quase todo o território do Paraná.
A partir desta característica geral apresentada, as formações encontradas em Almirante Tamandaré segundo o “Inventário turístico municipal de Almirante Tamandaré – Paraná” elaborado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo em 2005, p. 17, são as “Florestas Ombrófila Mista ou conhecida como Floresta de Araucária devido à ocorrência do Pinheiro-do-Paraná (Araucária angustifólia). Outra formação encontrada a noroeste do município é o Ecótono ou transição entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Ombrófila Densa ou Floresta Pluvial Tropical. Até o ano de 2005 existiam 46% de remanescentes florestais de Mata Atlântica em território tamandareense”.
Os Campos Naturais são formados por vegetação herbácea, principalmente gramíneas nativas que, apesar de aparente simplicidade, compõem uma elevada diversidade. Em meio aos campos, formam-se os capões, ambientes florestais dominados pelas araucárias.
A Floresta com Araucária é um ambiente típico do Sul do Brasil, também denominado como Floresta Ombrófila Mista. Começa na região de Curitiba, no Primeiro Planalto e estende-se pelo interior do Estado. Originalmente, a araucária estava associada à espécies como a imbuia, canela e erva-mate. Este ambiente de formação imponente caracteriza-se por dois estratos arbóreos e um arbustivo. No estrato superior domina a araucária, árvore frondosa que só ocorre a altitudes maiores de 600 metros. No outro estrato arbóreo, logo abaixo das araucárias, encontram-se outras espécies como a imbuia (Ocotea porosa), o sassafrás (Ocotea odorifera), o cedro-rosa (Cedrella fissilis), o pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii), o pessegueiro-bravo (Prunus brasiliensis) a bracatinga (Mimosa scabrella Bentham). No sub-bosque predominam a erva-mate (Ilex paraguariensis), Timoneira (Ilex Theezans martius), pitanga (Eugenia uniflora), araçá (Psidium cattleianum), aroeira (Schinus terebinthifolius), araçazeiro (Psidium cattleianum), gabiroveira (Campomanesia xanthocarpa), fumo-bravo (Solanum mauritianum), Ipê Amarelo (Tabebuia chrysotricha) e o xaxim (Dicksonia sellowiana).
Nas margens de rios estão as florestas ou Matas Ciliares. Neste ambiente, onde a presença da araucária é mais rara, predominam espécies melhores adaptadas aos terrenos úmidos, como o branquilho (Sebastiana commersoniana), os cambuís (Eugenia sp.), e o jerivá (Syaagrus romanzoffiana), e existe a formação dos campos de várzeas (áreas baixas junto às margens dos rios sujeitas a alagamentos naturais), que da mesma forma que os campos naturais possuem espécies de plantas características deste ambiente.

TEXTO EXTRAÍDO DA OBRA CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR que pode ser visualizado nos links:



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