sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR (Pedro Moacyr de Gracia Gasparello)

O ÚLTIMO PREFEITO INTERVENTOR

Em 01 de março de 1938 era designado pelo Interventor/Governador do Estado do Paraná Manoel Ribas o jovem Pedro Moacyr de Gracia Gasparello para assumir o posto de autoridade máxima do Município de Tamandaré. Sendo que sua gestão durou até 30 de dezembro de 1938 já que em virtude do Decreto Lei nº. 7573, de 20 de dezembro de 1938, o município era extinto e seu território foi integrado ao Município de Curitiba.
Apesar desta efêmera passagem pelo município, o saudoso filho do Funcionário Público Pedro Gasparello e Mercedes de Gracia Gasparello, deixou uma particularidade histórica interessante e que pela legislação contemporânea não pode ser repetida.
Pois, o nobre Interventor nascido no Distrito do Portão em Curitiba na data de 04 de Abril de 1914. Formou-se Engenheiro Agrônomo em 15 de novembro de 1937 pela antiga Escola Agronômica do Paraná. Sendo posteriormente indicado ao cargo de interventor da cidade de Tamandaré em  01 de março 1938 permanecendo no cargo até 30 de dezembro de 1938. Ou seja, foi o administrador mais novo que a cidade contemplou, já que possuía apenas 23 anos e 11 meses quando assumiu a intervenção.
Talvez pela sua efêmera passagem e pelo fato de não ter laços de parentescos com filhos de Almirante Tamandaré, sua imagem era desconhecida como pode ser percebida na Galeria dos Prefeitos exposta no Prédio da Prefeitura onde o quadro do nobre Interventor aparece vazio.  
(Interventor Pedro Moacyr de Gracia Gasparello/Foto: Arquivo da Coordenação de Agronomia da UFPR).


Para conhecer mais sobre a história de Almirante Tamandaré visite o livro: "Considerações históricas e geográficas sobre o município de Almirante Tamandaré-PR" no endereço eletrônico:  

http://issuu.com/kotovski/docs/considera__oeshistoricasdetamandare(PARTE 1)

http://issuu.com/kotovski/docs/consideracoeshistoricasdetamandarer(PARTE 2)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

CONTEXTO DOS SÍMBOLOS OFICIAIS DE TAMANDARÉ.


As fontes históricas que permeiam uma análise e a posterior criação de um documento técnico, não necessariamente se prendem a fontes orais ou bibliográficas. Mas tange muitas vezes o contexto de imagens, símbolos e manifestações culturais existente no seio do objeto pesquisado.
Não diferente ocorreu no processo de construção de minha obra histórica sobre o município de Almirante Tamandaré. Pois, muitas das linhas tecidas, foram construídas a partir de norteamentos gerados por marcos contextualizados em símbolos oficiais, que para muitos não passam apenas de desenhos e rimas. 
Foi neste contexto que fui inspirado a criar um capitulo especial para contemplar os símbolos oficiais do município, os quais foram inicialmente definidos pelo artigo 6º da Lei Orgânica Municipal, de 03 de Abril de 1990. Os quais até o ano de 2010 eram três: a Bandeira, o Brasão e o Hino. Sendo que estes ainda deveriam possuir em sua expressão uma mensagem em latu sensu. Ou seja, expressar a cultura, economia,  história  e a autonomia municipal.  Porém, em 28 de setembro de 2010 é instituído pela Lei Ordinária Municipal nº 1538 a Timoneira (Ilex theezans martius) como árvore símbolo da cidade.
Porém, o símbolo que ganha mais destaque por seu corpo metafórico possuir uma extrema capacidade de resumir os três elementos tipificados no 6º artigo  da Lei Orgânica, em latu sensu (sentido amplo). Sem perder a qualidade formal é o Hino de Almirante Tamandaré, estabelecido  junto à comemoração ao centésimo quarto aniversário do município em 28 de outubro de 1993, pela Lei Ordinária nº 246 de 1993.
Sendo que a letra deste hino foi elaborada pelo filho nato desta terra, pertencente a família pioneira que desbravou a cidade. Cito o escritor, historiador, advogado e artista plástico diplomado pela Escola de Musica e Belas Artes Santa Cecília, o Senhor Harley Clóvis Stocchero, que era membro da Academia Sul-Brasileira de Letras, da Academia Paranaense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.   Já a melodia foi composta por outro filho desta terra, também de berço de família desbravadora desta localidade. Cito: o senhor Paulo Rodrigo Tosin, músico diplomado pelo Conservatório de Música e Belas Artes do Paraná que se inspirou na obra Bodas de Fígaro de Wolfgang Amadeus Mozart, para compor a melodia.
Diante desta condição, percebesse que os criadores do hino tamandareense possuíam competência e conhecimentos necessários para elaborar o hino da cidade. Ou seja, bem diferente de algumas cidades que por politicagem recorreram a um concurso cultural escolar, no qual se avalia a literalidade e palavras bonitas. Que se quer atingem a verdadeira função que o hino deve possuir.
Neste contexto, para o leigo ou para as pessoas que migraram para a terra tamandareense e que não possuem o conhecimento sobre a história da cidade o hino possui uma versificação que não é entendida, e por isto muitos criticam. Porém, o hino possui um significado metafórico em contexto latu sensu, o qual irei explicar resumidamente para elucidar a lógica que ele contempla.
Por exemplo: no contexto geográfico e geológico, a versificação inicial, apresenta um ponto de referencia de localização da cidade no planeta, mesmo de forma ampla. Pois quando se refere à constelação do Cruzeiro do Sul, expressa que a cidade se localiza no hemisfério sul do mundo. Ou seja, para quem não sabe esta constelação só é visível em céu austral, ou seja, para os países ao sul da linha do Equador. Nesta mesma versificação se apresentam traços gerais geológicos ao se referir de morros e restingas, além de características gerais da formação vegetal. Sendo que é referenciada ainda duas atividades econômicas inter-ligadas, ou seja, a extração de madeira para a queima que alimenta os fornos da cal, que foi a principal base de sustentação dos filhos dessa terra no passado não muito distante.
Já o estribilho tem uma particularidade metafórica genial. A qual conta a gênese de Tamandaré e a relaciona com o principal elemento forjador da cultura e valores locais que é o cristianismo. Pois, se engana quem superficialmente considera que “Nossa Mãe, Virgem da Conceição”, uma referencia exclusiva a Nossa Senhora. Por quê?
Nossa Mãe se refere à terra original que nasceu a cidade, por este motivo Virgem, ou seja, terra não desbravada, de uma concessão de Mateus Martins Leme. Cuja, expressão Conceição era a utilizada para se referir à concessão. Ou seja, uma doação de terra, a qual era visto como uma dádiva na Colônia, devido a sua extrema qualidade e benefícios. E pelo fato desta terra ter sido perlustrada por portugueses e espanhóis que eram cristãos católicos, a referencia ganhou conotação religiosa. E ficou como Conceição. Que a propósito foi a terceira denominação do município dada pela Lei nº 957 de 28 de outubro de 1889, quando a localidade foi elevada à categoria de Villa. Ou seja, Conceição do Cercado. Que anteriormente  se chamava Nossa Senhora da Conceição, dada pela Lei da Província do Paraná de nº. 924 de 06 de setembro de 1888.
Porém, este verso não carrega só isto em seu contexto, pois, demonstra a presença cristã no município desde tempos que transcendem sua fundação. Pois, para quem não sabe, os missionários da Ordem de Jesus (jesuítas), passaram por estas terras e deixaram suas marcas na região da Varova e de Tranqueira. Da mesma forma que foi graças a influência da igreja Católica e a mão da maçonaria no contexto político que se deu a autonomia da região. Por efeito de curiosidade o Senhor Alberto Munhoz, Vidal Baptista de Siqueira e os outros membros da pioneira Câmara Municipal foram maçom.
Neste sentido, o Hino de Tamandaré é extremamente laico. Mesmo não repassando isto para o leigo e o desconhecedor da história do município. E também se não fosse que diferença iria fazer na ordem do dia. Pois, querendo ou não moramos em um país que possui leis que pregam uma suposta noção laica, sob a luz de uma Constituição Federal que já em seu preâmbulo esboça um contexto contraditório ao que prega e não observa a fé islâmica, xintoísta, bramanista, budista,..., além de possuir impresso em uns de seus símbolos nacionais (a moeda corrente), a expressão “Deus seja Louvado”. Ou seja, em um país predominante  de valores cristãos (que possuem doutrinas que consideram Jesus Cristo). É muito estranho existir pessoas no raiar de um pleito eleitoral preocupadas com o Primeiro Mandamento, enquanto nosso município encontra-se com dificuldades de achar meios para enfrentar as ações proibidas pelo 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º e 10º mandamentos.     
E por fim, existe uma consideração hilária que se faz da versificação do “repolho, o tomate e a cenoura”,... No entanto se faz por desconhecimento, pois estes produtos agrícolas com exceção ao tomate foram diversificados em terras tamandareenses por imigrantes eslavos. Ou seja, no contexto deste verso se expressa à presença do imigrante. Já que estes produtos até podiam, existir aqui antes da chegada deles. Mas deixaram de ser exótico a partir da chegada do imigrante.
Bem, expus minhas considerações, formuladas a partir de técnicas que permeiam as interpretações de fontes históricas abstratas e complexas dentro de um contexto de comparação e vinculação contextualizada. É um processo que deveria ser complexo, mas como tive a oportunidade em minha adolescência de acompanhar indiretamente o processo de concretização do hino, esta analise foi facilitada. Porém, no que tange meu futuro livro, infelizmente o capítulo não contemplará uma explicitação tão detalhada.  


A OBRA CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR pode ser visualizado nos links:


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

CONSIDERAÇÕES SOBRE O PRÉDIO QUE ABRIGA O CEEBJA AYRTON SENNA.


Escrever e pesquisar sobre o município não é uma tarefa fácil. Pois, não raro é correr o risco de cometer erros, simplesmente por não perceber nomes e lugares homônimos.
No contexto de colheita e analise das fontes históricas que fundamentaram minha pesquisa, me deparei com ocasiões supracitadas. Pois, um exemplo desta infeliz situação diz respeito ao mais tradicional prédio escolar do nosso município onde se localiza a Escola Municipal Rosilda Aparecida Kowalski e o CEEBJA Ayrton Senna. Eis, que segundo o professor Ronel Corsi, cujo qual, expôs de forma publica em seu Blog estabelecido no endereço: http://ronelcorsi.blogspot.com/2009/10/revelando-memoria-na-medida-e-na_27.html visitado na data de 29 de janeiro de 2011, que o prédio estadual que abriga estas duas instituições foi construído em 1911 (“fotos da fachada da Escola Estadual Cebeja Ayrton Senna, em Almirante Tamandaré, Edificação de 1911, o espaço desta escola é dividido com a Escola Municipal Rosilda Kowalski - Ensino Infantil e Fundamental”). Ou seja, se isto correspondesse com a veracidade das informações, estaríamos este ano comemorando o centenário e até entrando com processo de tombamento desta obra arquitetônica.
Porém, por que não se está?
Simplesmente porque o referido prédio possui 61 anos. Ou seja, segundo os relatórios “A concretização do plano de obras do Governador Moyzés Lupion 1947-1950”. O prédio foi construído e entregue em 1950, com o nome de “Grupo Escolar”. Porém, este não é o único fato que comprova a idade do prédio, já que na observação de fotos panorâmicas da década de 1920 e 1940, a citada obra não se faz presente no local onde esta estabelecido contemporaneamente. Da mesma forma, que nesta foto já se encontra a prefeitura velha que data de 1916. Ou seja, se ele fosse de 1911 deveria estar compartilhando um espaço na imagem com a velha sede.
Mas então, porque ocorreu o erro?
Primeiramente é que já existia um Grupo Escolar na “Sede”, porém localizado junto a Rua Coronel João Candido de Oliveira (onde fica a Eletrônica Tosin). Que a principio foi erguido de madeira em 1911. Ou seja, o erro ocorre supostamente dentro de um contexto homônimo. Como também de conhecimento geográfico, pois apesar de próximas os prédios nunca estiveram no mesmo local. Mesmo na época não existindo a Avenida Emilio Johnson (ou rua um). Ou seja, as escolas sempre se localizaram em lugares diferentes, apesar de próximas.
Porém, a gênese da Educação na Sede do município começou pelo prédio de 1911 e se estendeu para o prédio de alvenaria de 1950. Talvez esta foi a armadilha que incitou o erro na pesquisa do professor supracitado.
Neste contexto em caráter de curiosidade, a primeira diretora estabelecida no novo prédio foi: Noeli Buzato Ayub. No ano de 1960, neste mesmo prédio onde se localizava o Grupo Escolar Almirante Tamandaré, teve inicio a Escola Norma Regional Alvarenga Peixoto que habilitava professoras a lecionar no antigo primário. A diretora responsável inicialmente pela escola foi Álda Dóris Siqueira. O patronato da escola foi uma homenagem ao advogado, poeta e inconfidente (Inconfidência Mineira) Inácio José de Alvarenga Peixoto.


Em 1972 a Escola Normal Regional Alvarenga Peixoto, passou a denominar-se de Ginásio Estadual Alvarenga Peixoto. Porém, em 1972, a instituição de ensino mudou novamente de nome, sendo que desta vez recebeu o nome do ex-deputado estadual e prefeito Ambrósio Bini. Neste contexto, a professora Rosa Bini de Oliveira, se tornava a primeira Diretora do Colégio Estadual Ambrósio Bini. O qual em 1980 implantou o ensino de 2º Grau com o Curso Profissionalizante Básico em Comércio. Em 1991 o Colégio passa a gerir sobre a luz da Educação Geral. No ano de 1998 o Colégio Estadual Ambrósio Bini muda de endereço. Sendo que em seu lugar é criada a Escola Municipal Rosilda Aparecida Kowalski que compartilha o espaço com o Colégio estadual Ayrton Senna que em 2000 se tornaria CEEBJA Ayrton Senna.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

DOAÇÃO DO LIVRO CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ PARA AS ESCOLAS TAMANDAREENSES

No dia 28 de janeiro de 2014, o Historiador Antonio Ilson Kotoviski Filho promoveu a doação de 2 exemplares da obra   "CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR" para as escolas municipais tamandareenses. 
Professor Antonio apresentando brevemente a obra "CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR"



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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ (Olarias)

Olarias

A técnica de produção de blocos de argila (tijolo) para construção de casas e telhas para a cobertura das mesmas chegou com os colonos portugueses na região de Tamandaré. Com o tempo, esta atividade se tornou muito importante para a economia local. Principalmente pela abundância de matéria-prima existente nos rios que cortam a região.
Porém, uma técnica que ficou marcada na cultura local, apesar das novas gerações desconhecerem foi a telha “feita nas coxas”. Ou seja, o molde da telha era a própria coxa de quem a fabricava. Esta atividade estava ligada a um dos muitos serviços feitos por escravos. Porém, após a escravidão, esta técnica continuou sendo empregada por pessoas que não tinham condição de comprar telhas padronizadas.
Apesar de ser uma alternativa barata, a telha feita nas coxas apresentava problemas de encaixe pelo fato de que o serviço não era realizado por uma única pessoa, mas por várias, ocorrendo desta forma a despadronização no tamanho e largura, posto que tinham por base coxas diferentes. O resultado geralmente eram muitas goteiras em dias chuvosos.
No ano de 1900, o município contava com uma olaria segundo informa o “Almanach Paranaense 1900”, p. 135.
No contexto das informações presentes na página 3352 do “Almanak Laemmert, 1919-1920 – República dos Estados Unidos do Brasil - Capítulo Paraná”, eram donos de olarias no final da década de 1910 os Srs. João Melanski e Wadislau Bregenski.
Segundo a obra “Estado do Paraná, 1923 em seu capítulo Tamandaré”, existe referência que em 1923, o Sr. Carlos Macedo estava montando uma fábrica de telhas e tijolos no terreno de sua propriedade no Sumidouro. Eram produtos que, além de servirem a população local, poderiam ser exportados para a capital. Neste contexto, é possível observar na página 572 do “Almanak Laemmer, 1930 – 4º Volume – Estados do Sul”, a existência de uma olaria no final da década de 1920 pertencente a Fredolin Wolf. Na região da ponte do Taboão, existia a olaria Paulo C. Shimitz Cia Johnson, remontando a década de 1940.
Segundo o “Livro de Lançamento do Imposto/Imposto de indústria, profissões de pesos e medidas. 1947-1961 da Prefeitura Municipal de Timoneira”, é identificada existência na sede do município da olaria do Sr. Pedro Jorge, que remontava a década de 1940. O “Arquivo de Requerimento apresentado à Prefeitura municipal de Tamandaré a contar de 11 de novembro a 30 de dezembro de 1931”, faz referência que em 1950 existia a Irmãos Bini Ltda na Sede; Himério Lugarini no Passaúna e Indústrias R. Fredolin Wolf na Lamenha Pequena.

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domingo, 26 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ (Cento e vinte e quatro anos de fundação!)

Fundação da Vila de Tamandaré

PUBLICAÇÃO NO JORNAL "A REPUBLICA" DE 28/01/1890, p.02, referente a solenidade de fundação da cidade de Tamandaré  (Vila Tamandaré) realizada em 25 de janeiro de 1890.

sábado, 25 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

A barreira fiscal

Outra forma de se cobrar tributos foi a barreira fiscal, a qual consistia em colocar uma porteira nas estradas principais do Estado, com o intuito de tributar e cobrar no ato a passagem do gado ou outra mercadoria transportada como madeira, minério e produtos agrícolas.
Em 1883, segundo o “Relatório apresentado pelo Presidente da Província Luiz Alves Leite de Oliveira Bello”, se cogitou a criação de uma Barreira Fiscal na região do Taboão, a qual se concretizou em virtude da Lei nº 710, de 31 de outubro de 1884, que fixou a taxa sobre veículo que passar pela Barreira da Estrada da Capital, a Vila do Assungui.
Segundo a publicação oficial presente no jornal “A República, de 17 abril de 1902”, é criada por Decreto uma barreira fiscal estadual na Estrada do Assunguy na localidade de Sumidouro. O “Decreto de 18 de abril de 1902” nomeou o cidadão João Pereira da Fonseca para exercer a função de agente na mesma.
Em várias reportagem da mesma época é referenciada a Barreira de Tranqueira, a qual cobrava pedágio.
No jornal “A República de 22 de dezembro de 1906”, o administrador da barreira do Sumidouro, ao se defender das acusações feitas pelo correspondente do jornal “Diário da Tarde” expõe a difícil tarefa que é cuidar da barreira, pois segundo o mesmo, não raro é ele pedir reforço de praças para impedir que tocadores de gado passassem a força pela cancela; outros incitados por comerciantes a não pagar voltavam com suas tropas, outros resolvem passar à força de armas, os menos radicais apenas rasgam com raiva o recibo do tributo cobrado.
Existiu também uma barreira fiscal em Campo Magro criada por Ato governamental estadual, de 21 dezembro de 1885, publicado na Gazeta Paranaense, de 23 de dezembro de 1885. Seu pioneiro administrador foi o Sr. Joaquim Carneiro do Amaral Junior, por Ato de 26 de dezembro de 1885.
Segundo notícia publicada pela Gazeta Paranaense, de 30 de dezembro de 1885, a criação desta barreira causou naturais críticas dos jornais do Partido Liberal que era oposição naquele momento, cujo principal argumento foi que a barreira pouco rendimento dava à província chegando até a dar prejuízo. Porém, a Tesouraria Provincial rebateu com a seguinte justificativa: “O objetivo da barreira não era tanto o de cobrança de tributos, mas sim um meio de impedir o desvio de tropas e boiadas da barreira de Timbituva, o que tem provocado queixas e reclamações do fisco”.

Todas as barreiras que existiram no município eram de competência estadual. 

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

O surto de malária em 1898

Segundo o “Relatório apresentado ao Sr. Dr. José Pereira de Andrade Governador do Paraná pelo Bacharel Antônio Augusto Chaves Secretário dos Negócios do Interior, Justiça e Instrução Pública em 31 de dezembro de 1898”, ocorreu um número elevado de mortes no Paraná causado pela malária nas específicas cidades: Antonina 11 vítimas, Curitiba 99, Guaratuba 54, Morretes 21, Ipiranga 1, Ponta Grossa 2, Porto de Cima 23, Rio Negro 8, São José dos Pinhais 11, São José da Boa Vista 7, Tibagi 7, Tomazina 7, Cerro Azul 5 e Votuverava (Rio Branco do Sul) 3 vitimas.

A cidade de Tamandaré entrou para esta estatística com 20 vítimas, sendo 9 homens e 11 mulheres segundo o “quadro demonstrativo” presente na página 64 do supracitado relatório. Infelizmente não foi encontrada uma explicação para tal ocorrência. 

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

Estradas do Marmeleiro

Portal da Estrada do Marmeleiro, infelizmente depredado por vândalos que furtaram a placa de bronze inaugural/Foto: Antonio Ilson Kotoviski Filho, dezembro de 2011.



Com traçado sinuoso, subidas com grande grau de inclinação e acompanhando serras e rios, a Estrada do Marmeleiro por mais de três séculos serviu de caminho para muitos emigrantes e pioneiros colonos portugueses que buscaram a sorte de encontrar riquezas minerais ou simplesmente ter uma vida tranquila nas concessões que lhes eram doadas.
A princípio, o começo dela era na Conceição, ainda no século XVII. Não surgiu como estrada, mas sim como carreiros que saíam das terras tomadas posse. E conforme iam se formado sítios ao longo desses carreiros, um caminho natural começava a se formar. Principalmente, porque se ligava a outros caminhos que se encontravam com ela.
Por ser uma estrada disposta a partir de carreiros, com o tempo começou a não mais atender as necessidades da população, necessitando ser melhorada, como é possível observar no pedido de 04 de julho de 1862 presente na página 66 do “Relatório do Presidente Gomes Nogueira da Província do Paraná, na data de 15 de fevereiro de 1863”, quando os habitantes do Quarteirão do Marmeleiro “pediram a necessária permissão para proceder aos desvios e melhoramentos nesta estrada, no intuito de encurtar a distância que há a percorrer”, os quais foram atendidos.
Em virtude deste tímido caminho, muitas terras foram distribuídas as suas margens e região, e os principais beneficiados foram os imigrantes italianos, poloneses e alemães. A própria localidade da Conceição da Meia Lua, por onde passa a Estrada foi um primitivo local de assentamento, assim como a região de Santa Rita e Marmeleiro.

No início do século XIX, a Estrada do Marmeleiro se ligava com a Estrada do Assunguy. Atualmente, a Estrada do Marmeleiro é oficialmente conhecida como Antonio Eduardo Trevisan (trecho asfaltado entre 1996-1997), Rodovia dos Minérios até a divisa do Bairro Marmeleiro com o Bairro Alto São Sebastião (estrada de saibro) onde a estrada é denominada de Arlindo de França, seguindo até a divisa do município (Rio da Barra de Santa Rita) com Campo Magro. 

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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

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Festivais de futebol

Pioneiramente, as competições futebolísticas começaram a ser organizadas na cidade nas décadas de 1960 e 1970, as quais eram denominadas de Festivais de Futebol, que na verdade eram torneios realizados sempre em um domingo de cada mês, em localidades diferentes. Além do futebol, contavam em algumas edições com apresentações de dança ao ar livre. A princípio, os organizadores mandavam um convite (ofício) para os líderes de time de cada localidade de Almirante Tamandaré.
“Segundo relatos de moradores antigos, um desses torneios seria realizado no campo do São Miguel (onde hoje é a garagem da TABA, junto à atual Rua Pedro Jorge Kotoviski). E por indisciplina de sua torcida e jogadores, a localidade do Botiatuba não foi convidada. Torcedores do time da localidade revoltados com tal atitude dos organizadores resolveram se vingar. Eis que, na madrugada de sábado para domingo, eles araram o campo.
No domingo de manhã, quando os organizadores chegaram e viram aquilo, ficaram loucos. Porém, com um pequeno mutirão conseguiram arrumar o campo. No entanto, já passava das duas horas, segundo um dos relatores que era morador da localidade e era piá na época, o qual foi solicitado para ver como estava o clima. Chegando lá, viu todos bravos, mas sequer desconfiavam de quem havia feito tal sacanagem. Voltou até a Igreja do Botiatuba e informou que o festival ia começar e que ninguém desconfiava do autor daquela sacanagem. Diante disso, se reuniram os jovens do Botiatuba e foram ver o festival.

Chegando lá, perceberam que apesar do pessoal não saber quem foi, desconfiavam deles. No tocante desse clima hostil, a turminha do Botiatuba subiu no caminhão e estava indo embora. Foi neste instante que, por destino a bola (a única) passou em frente ao caminhão. Resultado: O motorista ao invés de desviar, passou por cima e fugiu, para evitar confusão. Neste contexto todo, o Festival do São Miguel não teve um campeão naquele dia.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

Pleito de 03 de outubro de 1955 (Timoneira)

Na eleição de 03 de outubro de 1955 ocorreu o último pleito eleitoral da cidade com o nome de Timoneira. Elegeu-se pela segunda vez o Prefeito o João Wolf do Partido Social Democrata com 1.105 votos. As 9 vagas na Câmara Municipal ficaram assim divididas: 4 vagas para o Partido Social Democrático (991 votos), 2 vagas para o Partido Trabalhista Nacional (577 votos) e 3 vagas para o Partido Democrata Cristão (615 votos); Hemetério Torres com 214 votos; Mario Wolf com 150 votos; Agostinho Túlio com 107 votos e João Batista de Santa com 91 votos, representaram o Partido Social Democrático. As 3 vagas do Partido Democrata Cristão ficaram com Domingos Natal Stocchero com 177 votos; Wadislau Bugalski com 78 votos e José Jarecki com 63 votos. O Partido Trabalhista Nacional teve como seu representante: Atílio Bini com 153 votos e Orlando Bonifácio Colodel com 110 votos.
Foram presidentes da Câmara os vereadores: 1956 e 1959 Hemetério Torres, 1957 - Atílio Bini e em 1958 - Domingos Natal Stocchero. Camilo Perussi Neto do PSD, que pegou 90 votos, assumiu o cargo de vereador, uma vez que estava na suplência.
No que tange as pontuais e históricas informações da “Folha de Tamandaré. Eleição em Almirante Tamandaré. Ano II, 29 de outubro de 1988, p. 2”, nesta eleição ocorreu um fato interessante, a diferença entre João Wolf e seu adversário Frederico Manfrom foi de apenas 17 votos na apuração realizada em Colombo. Devido a pouca diferença, o candidato derrotado pediu a recontagem dos votos, o que resultou na sua vitória. Frente a contradição de resultados, a questão foi parar na Capital da República (Rio de Janeiro) onde a vitória foi dada a João Wolf. 

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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

VEGETAÇÃO TÍPICA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

Mata ciliar próximo à nascente do Rio Passaúna no Marmeleiro
Foto: Ari Dias, 2008.

Em termos gerais, a paisagem do município de Almirante Tamandaré apresenta ambientes naturais distintos e, ao mesmo tempo interligados: Os campos naturais, a floresta com araucária, as matas ciliares e os banhados. Esse domínio possui tal característica devido à variação climática e ao desnível altimétrico que ocorre em sua extensão territorial. Todos esses ambientes fazem parte do Domínio da Mata Atlântica, abrangendo originalmente quase todo o território do Paraná.
A partir desta característica geral apresentada, as formações encontradas em Almirante Tamandaré segundo o “Inventário turístico municipal de Almirante Tamandaré – Paraná” elaborado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo em 2005, p. 17, são as “Florestas Ombrófila Mista ou conhecida como Floresta de Araucária devido à ocorrência do Pinheiro-do-Paraná (Araucária angustifólia). Outra formação encontrada a noroeste do município é o Ecótono ou transição entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Ombrófila Densa ou Floresta Pluvial Tropical. Até o ano de 2005 existiam 46% de remanescentes florestais de Mata Atlântica em território tamandareense”.
Os Campos Naturais são formados por vegetação herbácea, principalmente gramíneas nativas que, apesar de aparente simplicidade, compõem uma elevada diversidade. Em meio aos campos, formam-se os capões, ambientes florestais dominados pelas araucárias.
A Floresta com Araucária é um ambiente típico do Sul do Brasil, também denominado como Floresta Ombrófila Mista. Começa na região de Curitiba, no Primeiro Planalto e estende-se pelo interior do Estado. Originalmente, a araucária estava associada à espécies como a imbuia, canela e erva-mate. Este ambiente de formação imponente caracteriza-se por dois estratos arbóreos e um arbustivo. No estrato superior domina a araucária, árvore frondosa que só ocorre a altitudes maiores de 600 metros. No outro estrato arbóreo, logo abaixo das araucárias, encontram-se outras espécies como a imbuia (Ocotea porosa), o sassafrás (Ocotea odorifera), o cedro-rosa (Cedrella fissilis), o pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii), o pessegueiro-bravo (Prunus brasiliensis) a bracatinga (Mimosa scabrella Bentham). No sub-bosque predominam a erva-mate (Ilex paraguariensis), Timoneira (Ilex Theezans martius), pitanga (Eugenia uniflora), araçá (Psidium cattleianum), aroeira (Schinus terebinthifolius), araçazeiro (Psidium cattleianum), gabiroveira (Campomanesia xanthocarpa), fumo-bravo (Solanum mauritianum), Ipê Amarelo (Tabebuia chrysotricha) e o xaxim (Dicksonia sellowiana).
Nas margens de rios estão as florestas ou Matas Ciliares. Neste ambiente, onde a presença da araucária é mais rara, predominam espécies melhores adaptadas aos terrenos úmidos, como o branquilho (Sebastiana commersoniana), os cambuís (Eugenia sp.), e o jerivá (Syaagrus romanzoffiana), e existe a formação dos campos de várzeas (áreas baixas junto às margens dos rios sujeitas a alagamentos naturais), que da mesma forma que os campos naturais possuem espécies de plantas características deste ambiente.

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domingo, 19 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

INAUGURAÇÃO DA COLONIA ANTÔNIO PRADO 

Igreja de Santo Antônio
Foto: Antonio Ilson Kotoviski Filho, abril de 2011.
Em virtude do bom andamento do projeto, foi marcado para o dia 15 de agosto de 1886 a solenidade de inauguração, a qual foi descrita da seguinte forma pela Gazeta Paranaense, de 19 de agosto de 1886: “No dia 15 do corrente inaugura-se o novo núcleo de imigrantes – “Antônio Prado”.
 Situado em ubérrimos terrenos, comprados pelo Exmo Sr. Dr. Faria Sobrinho ao Sr. Lunkmoss, na Cachoeira, distrito desta cidade, o novo núcleo promete e tem todos os elementos para prosperar, porquanto as terras são de excelente qualidade e os imigrantes ali localizados estão muitíssimo satisfeitos, segundo o que deles mesmo ouvimos.
O novo núcleo está dividido em 59 lotes, e destes estão ocupados 37 por 170 indivíduos que constituem 36 famílias.
Estes imigrantes são italianos e polacos, povos que mais se têm dedicado, entre nós, à agricultura, exclusivamente.
O novo núcleo ocupa uma área de 4.349.000 m² de terreno bastante ondulado, porém, todo ele de excelente qualidade.
Cada lote tem área média 74.000 m² ou 3 ½ alqueires mais ou menos.
A posição geográfica desse núcleo é a seguinte: ao norte limita-se com terras do Sr. José de Christo. Ao sul divisa-se com o núcleo provincial São Venâncio. A este com terrenos do Sr. José Francisco Guimarães e núcleo Alfredo Chaves. A oeste limita-se com terras do Sr. José de Christo e com o núcleo São Venâncio.
As condições do solo e a qualidade dos terrenos de reconhecimento uberdade asseguram aos imigrantes ali localizados um futuro próspero, que também lhes é garantido pelo devotamento ao trabalho da agricultura, que tanto tem distinguido e recomendado a imigração polaca e italiana entre nós...
À chegada, foi S. Exa. Sr. Dr. Vice-Presidente recebido pelo inteligente engenheiro da província, Dr. Ferreira de Abreu, pelo infatigável agente oficial de colonização, o Sr. Candido Rodrigues Soares Meirelles, e por muitos imigrantes e suas famílias, que ansiosos esperavam a primeira autoridade da província.
À entrada de um espaçoso largo, em frente a uma casa de imigrante e um pouco aquém da capela, elevava-se um arco de folhagem, do qual pendia uma bandeira com a seguinte inscrição: Núcleo Antônio Prado.
No centro, um outro arco igualmente de folhagem continha esta inscrição: Povoar e libertar, eis a divisa; e um outro arco no caminho da capela lia-se Hosanos ao Dr. Faria Sobrinho.
Chegados a este ponto, dirigiram-se todos para a capela, onde o revmo. Padre José Tedeschi celebrou o santo sacrifício da missa que foi ouvida por S. Exa. Sr. Vice-Presidente da Província; da porta da capela, dirigindo a palavra aos imigrantes os aconselhou ao trabalho e, declarando inaugurado o núcleo “Antônio Prado”, disse:
“Esta denominação significa não só um preito de reconhecimento, como também uma justa homenagem, que, em nome da Província, julguei dever render ao emérito cidadão assim chamado; porque, a bem dos relevantes serviços se têm recomendado ao País, há favorecido ao Paraná com os recursos precisos para o estabelecimento de imigrantes, concorrendo, portanto, na importante pasta que ocupa, para que esta Província possa auferir as incontestáveis vantagens da imigração”.
Em seguida foi servido um lauto almoço a S. Exa. e a toda comitiva, durante o qual foi o Exmo Sr. Dr. Faria Sobrinho saudado muitas e repetidas vezes (...)”


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sábado, 18 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

TERMINAL DA CACHOEIRA 

Em 1986, na gestão do Prefeito Ariel Adalberto Buzzato, ocorreu a construção do Terminal da Cachoeira, na atual Rua Francisco Kruger, esquina com a Rua Professor Antonio Rodrigues Dias. O Terminal só recebeu um nome oficial em decorrência do Projeto de Lei Estadual nº 197/2007, proposto pelo Deputado Estadual Edson Strapasson, aprovado em Lei nº 15.566, de 05/07/2007, publicada no Diário Oficial nº 7.518, de 20/07/2007, cujo em seu Art. 1º expressava o seguinte: “Fica denominado de VEREADOR DIRCEU PAVONI, o terminal de transporte coletivo da Cachoeira, situado na Av. Francisco Krüger, s/n, Bairro Cachoeira, sob a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba – COMEC, no Município de Almirante Tamandaré”.
A justificativa parlamentar para a denominação utilizada foi a seguinte: “Através deste projeto de lei venho prestar a justa homenagem ao Vereador Dirceu Pavoni, um grande líder comunitário buscando sempre o bem de sua comunidade.
Dirceu Pavoni, nasceu em 09 de setembro de 1952, de tradicional família do grande Bairro da Cachoeira, foi casado com Dete Pavoni com quem teve dois filhos, Rodrigo e Rita. Desde a juventude sempre esteve envolvido com a comunidade, tentando resolver seus problemas e amenizar o sofrimento dos mais carentes. Como Vereador, por dois mandatos, trabalhou arduamente em prol dos direitos e necessidades de todos os munícipes. Sempre preocupado com o próximo, Dirceu Pavoni vivia para o povo e com o povo, sendo exemplo de simplicidade e humildade incomparáveis, esposo e pai exemplar, um cristão dedicado ao amor do próximo.

Sendo uma pessoa muito alegre, querida e conhecida por todos do município, esse grande homem e líder inesperadamente faleceu em 13 de junho de 2003, deixando muita saudade, muitos amigos e marcas profundas em toda a comunidade, principalmente no Bairro Cachoeira, onde viveu sua vida inteira. Sendo portanto, muito justo o préstimo desta homenagem in memoriam”.

Terminal da Cachoeira recém-construído/Foto: Revista Paranaense dos Municípios, p. 11.



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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ


Centro de Convenção Edson Dalke

Em 20 de dezembro de 2004, foi criado um local específico para o desenvolvimento cultural do município pelo então Prefeito Cezar Manfron, que entregou à população tamandareense o Centro de Convenção Edson Dalke. O prédio está localizado na Rua João Antonio Zem esquina com a Rua Raquel Candido de Siqueira. O edifício possui um palco e espaço destinado às apresentações teatrais, palestras, exposições, oficinas. Este Centro foi assim denominado em decorrência da proposição parlamentar do Vereador Zair José de Oliveira, que resultou na Lei nº 1.062, de 10 de dezembro 2004.
Em referência ao patrono do centro, o pontagrossense Edson Ricardo Dalke, nascido em 29 de março de 1949, colheu a justa homenagem em virtude de sua vida participativa junto à comunidade local desde 1975, no contexto de seus serviços prestados como Juiz de Paz, Juiz Classista e soldado do Exército Brasileiro. Destacou-se na liderança de instituições como o Rotary Club e como membro fundador do Jeep Club de Curitiba. Mas, seu maior legado foi a empreitada para a instalação do primeiro telefone público (orelhão) na cidade, em 1981. Era filho do também saudoso Francisco Dalke (Chico Loco). Foi casado com a Sra. Aurora Helena (Lola) com quem teve dois filhos: Leandro e Priscilla. 

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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

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Pioneiro Templo da Assembléia de Deus, no Bairro/Foto: (indeterminado).

BAIRRO CAMPINA DO ARRUDA

O Bairro da Campina do Arruda aparentemente possui uma denominação fitotôponima. Porém, sua denominação não se liga ao vegetal arruda, mas sim ao Rio Arruda, que banha a região e que é tributário do Rio Atuba. Neste sentido, a denominação que se estende a região é um hidrotopônimo ligado às características físicas da região, que é uma campina. É um bairro que possui uma área de 2,21 km². Provavelmente pela proximidade com o rio Atuba, seu território era habitado ou conhecido desde antes do século XVIII.
Segundo consta na p. 142 do “Diccionario Histórico e Geographico do Paraná” elaborado por Agostinho Ermelino de Leão, o atual bairro era inicialmente um Quarteirão do município de Colombo, onde foi fundada a Colônia Antônio Prado.
A mesma fonte cita que existiam registros de vários terrenos legítimos, sendo um com área de 1.674.500 m² pertencente a José Francisco Guimarães, datado de 1º de maio de 1902; outro com área de 58 hectares pertencentes a Mathias Antônio da Silva.
Porém, o “Livro de Registro de Terras da Parochia de Curityba de 1856” revela que a região era amplamente habitada para a época como pode ser observado nos parágrafos infracitados:
“Registro nº 1.087, de 13 de maio de 1856”: “Joaquim Rosa do Carmo e outros declaram que possuem em comum com seus irmãos Manoel Lourenço, José Lourenço, Francisco Lourenço e Balbina Maria uma sorte de terras lavradias na passagem denominada Arruda, que obtiveram de seus pais que se divide de um lado com João Francisco Guimarães, de outro com Antônio da Roça Grande, pelo rio abaixo por outro lado com os herdeiros dos Luz, de cujas terras vêm fazer declaração para ser registrada na forma da Lei....”
O “Registro nº 128, de 22 de fevereiro de 1856” dispõe o seguinte:
“João Francisco Guimarães declara que possui uma sorte de terras lavradias na paragem denominada Arruda, possuidor por compra, com seiscentas braças de frente e setecentas de fundo, mais ou menos, as divisas são as seguintes: do lado do Nascente com a família de Antônio Lourenço e com a família de Lisboa; principia no rio Atuba por um córrego acima findado, segue a quebrada até a Cachoeira; dali a rumo do Norte e encontra-se com a Cachoeira de uma barraca que se acha no sito rumo; tem uma vertente em um pinheral; no fundo divide com Joaquim Bandeira, Manoel Bueno e Antônio dos Santos...”
Augustinho Ermilino de Leão na obra supracitada informa, na p. 142 que em 1916 a população do bairro era de 405 habitantes. O censo escolar de 1920 demonstrava a existência de 81 crianças em idade escolar.
Atualmente, o bairro se encontra altamente conurbado com a Capital do Estado e a cidade de Colombo.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

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Capelinha do Humaitá (não existe mais), provavelmente de 1882.
Foto: Correio de Notícias, 1979. 

CAPELA DO HUMAITÁ

Na data de 16 de outubro de 1979, o Correio de Notícias publicou uma curiosa matéria: “Almirante Tamandaré na trilha do ouro”, o qual no seu contexto informava que a Capela do Monte Santo estava sendo destruída por “caçadores de tesouros”. Segundo consta, existiu no passado a prática de se colocar dinheiro, ouro e joias em panelas de ferro e enterrá-las para proteger do confisco forçado na época das Revoluções. Porém, algumas panelas foram esquecidas. Diante deste fato, muitas histórias e estórias se criaram sobre as ditas cujas “panelas de ouro”, a ponto de pessoas da cidade e da capital perderem o seu tempo na busca por elas.
Por destino, existia uma lenda que debaixo da Igrejinha do Humaitá existia uma panela de ouro. Em abril de 1979, ela foi fechada pela Cúria Metropolitana, o que resultou no seu abandono resultando maiores facilidades para a sua derradeira destruição. Só para constar, os “caçadores de tesouros”, antes de seu fechamento, chegaram a arrombar, quebraram o assoalho e fizeram um buraco dentro da mesma!
Com o fim da capelinha, a comunidade do Jardim Monte Santo só conseguiu construir outra em 12 de outubro de 2005 quando foi inaugurada a Capela Nossa Senhora Aparecida construída em terreno comprado com esforços da comunidade junto a Rua São Bartolomeu, com missa realizada pelo frei Darci Roberto Catafesta. Realizou-se, então, neste dia um antigo sonho da comunidade católica, a qual se expressava desde o ano de 1985. Antes da construção da capela, as missas eram realizadas nas casas de moradores. 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

HISTÓRIA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

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Casa Escolar no Marmeleiro, construída em 1948. Patrimônio Cultural. Onde funcionava a extinta Escola Rural Municipal Vereador Osvaldo Avelino Trevisan/Foto: Antonio Ilson Kotovski Filho, março de 2011.


Escolas que foram fechadas

Dentro de um contexto natural relacionado diretamente com o crescimento populacional e distribuição demográfica da população tamandareense, ocorreu que na história do município muitas escolas deixaram de existir. Recentemente algumas escolas deixaram de funcionar na Gestão do Prefeito Vilson Goinski (2005-2012). Porém, a atitude tomada de extinção de algumas instituições de ensino se deu segundo o Secretário Municipal da Educação Romildo de Brito publicado no livro “Raízes Históricas de Almirante Tamandaré”, p. 108, que “elaborou-se uma política pública para oportunizar uma proposta pedagógica para atender as especificidades do meio rural. Baseado nessas questões, e para que a escola do campo pudesse ter sua identidade reconhecida, foi fundamental reestruturar o currículo e a formação dos professores. Para mudar a visão de “escolinha rural” e superar a dicotomia entre educação do campo e educação urbana, escreveu-se o projeto para a criação de “escola polo” no município. Como objetivo, procurou oportunizar melhorias de estrutura organizacional nas escolas do campo, prevendo a centralização de pequenos polos e o remanejamento de alunos do campo para as escolas urbanas. O novo modelo permitiu redimensionar a organização das turmas multisseriadas para atender a especificidade de cada série”.
Porém, o fechamento de escolas não foi um fato exclusivo desta gestão. Pois, na gestão do Prefeito Cezar Manfrom foi fechada a centenária Escola Municipal Rural Santa Gabriela na Colônia Santa Gabriela.
As escolas municipais extintas foram:
  • Escola Rural Municipal José Perussi Gasparin, que ficava na Estrada Principal do Marmeleirinho, Marmeleirinho; 
  • Escola Rural Municipal Antonio Prado, que ficava na Rua Alberto Piekas s/n, Colônia Prado;
  • Escola Rural Municipal Barra de Santa Rita, ficava na Estrada Principal da Barra de Santa Rita; 
  • Escola Rural Municipal José Air Colodel, se localizava na Estrada Principal da Campina, Campina de Santa Rita;
  • Escola Rural Municipal Cercadinho, localizava-se na Estrada Principal do Sindicato dos Comerciários, Cercadinho; 
  • Escola Rural Municipal Nossa Senhora das Graças localizava-se na Av. Wadislau Bugalski, 1600, Botiatuba; 
  • Escola Rural Municipal Sant’Ana, localizava-se na Estrada da Venda Velha, Tranqueira; 
  • Escola Rural Municipal São Miguel, localizava-se na Estrada do Botiatuba a São Miguel, São Miguel; 
  • Escola Rural Municipal Thereza Cavassim Manfron, Estrada Principal de Campo Grande, Campo Grande; 
  • Escola Rural Municipal Vereador Osvaldo Avelino Trevisan, localizava-se na estrada do Pacotuba ao Marmeleirinho.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Galeria dos ex-Prefeitos de Almirante Tamandaré-PR

O Jornal do Estado de 29 de novembro de 2004 anunciava em sua página 9, a solenidade de inauguração da Galeria dos ex-Prefeitos da cidade de Almirante Tamandaré, criada pelo Decreto nº 090/2004, ocorrida em 27 de novembro de 2004, a qual foi mais uma iniciativa de fato do poder público local, de resgatar e preservar uma pequena parte da história política municipal. Infelizmente, as imagens dos Srs. Vidal José de Siqueira, Antônio Candido de Siqueira, Manoel Francisco Dias, Frederico Augusto de Souza Vasconcellos, João Evangelista dos Santos Ribas, Manoel Miguel Ribeiro, Pedro Moacyr de Gracia Gasparello e Joaquim Age, não estavam presentes em seus respectivos quadros, devido ao não êxito da pioneira pesquisa de encontrá-las.

Em decorrência das novas pesquisas foram detectados que o Sr. Vidal José de Siqueira não foi Prefeito. Da mesma forma, está faltando a justa menção ao segundo Prefeito de Tamandaré, Antonio Ennes Bandeira (1890-1892); João de Barros Teixeira (1920-1924); Miguel Pupia (1928); João Baptista de Siqueira (1928-1930) e Natal Colodel (1981). 

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