domingo, 30 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ nº 740, 24 a 31/08/2012, p.15.

Autoridade máxima estadual nascido na Vila de Tamandaré

É costume entre a população leiga, considerar o líder do poder executivo (prefeito, governador e presidente) como detentor da mais alta hierarquia. Porém, a Constituição Federal informa diferente, já que o Art. 2º cita: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Sendo que por efeito esta regra é valida também para os Estados que formam a República Federativa do Brasil.
Diante disso o Governador do Estado, o Presidente da Câmara Legislativa e o Presidente do Tribunal de Justiça do Paraná possuem o mesmo status hierárquico, porém, cada um exercendo sua respectiva competência de função.        
No que tange o Poder Judiciário, se destaca a nível Estadual um filho de Tamandaré que alcançou o cargo de Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Paraná e a Presidência do Tribunal Regional Eleitoral. Eis, que cito o Senhor Isidoro João Brzezinski, nascido em Tamandaré, em 17 de agosto de 1903, filho de imigrantes poloneses que inicialmente se instalaram na Colônia Lamenha:  Pedro Brzezinski e Paulina Brzezinski.
Em referência as informações prestada pelo TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL através da “Assessoria de Comunicação/ouvidoria” que informou o texto da “Placa Fundamental e Homenagem presente no Fórum Eleitoral Desembargador Isidoro Brzezinski em Toledo-PR”  datado 12 de dezembro de 2004, temos que Isidoro João Brzezinski iniciou sua vida profissional em 1925 como auxiliar de cartório no Registro Civil da 2ª Vara Criminal, passando ser escrevente juramentado e escrivão interino. Em 1927, tornou-se Promotor interino em Paranaguá e no ano seguinte atuou em Clevelândia. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná em 1929 e no mesmo ano atuou como advogado em Curitiba. Tornou-se em 1931 Juiz Municipal de Piraí do Sul, passando depois por Reserva, Mallet e Ipiranga. Aprovado em concurso público em 1938, atuou como Juiz de Direito nas comarcas de Castro, Tibagi, Mallet, União da Vitória, Foz do Iguaçu, Ribeirão Claro, Wenceslau Braz, Ponta Grossa e Curitiba. Nomeado Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná em 1962. Tornou-se Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná em 1964 e Vice-Presidente do Tribunal de Justiça no biênio 1967/1968. Faleceu em 05 de julho de 1990.
Como homenagem aos serviços prestados a Justiça do Estado, o artigo 5º da Resolução nº 458/2004 concedeu o patronato do prédio do Fórum Eleitoral de Toledo-PR, inaugurado em 04 de dezembro de 2004.
 Desembargador Isidoro João Brzezinski/Foto: Galeria dos Presidentes do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, s/d

Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador, poeta e colunista da Tribuna da Barreirinha e Tribuna do Centro. 

sábado, 29 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ nº 734, de 09 a 15/07/2012.

LEI COMPLEMENTAR Nº 14 DE 08 DE JULHO DE 1973.

O seguinte texto foi extraído do Capítulo Inicial “Localização Territorial”, presente na futura obra: Considerações Históricas e Geográficas sobre Almirante Tamandaré, iniciada em outubro 2011 e com perspectiva de lançamento em 2013, já que aguarda a realização de alguns eventos importantes relativo à política (eleição) e ao judiciário (inauguração do Fórum).
A localização geográfica do município brasileiro de Almirante Tamandaré se estabelece junto às coordenadas 25° 18' de latitude Sul e 49° 18' de longitude Oeste em relação ao Meridiano de Greenwich. Sendo a Sede municipal o marco referencial.
A partir desta informação o território tamandareense que possui contemporaneamente 191,11 Km² se dispõe sobre o Primeiro Planalto Paranaense, limitado ao Sul pelo território da capital paranaense Curitiba; a Leste pelo território do município de Colombo; ao Norte pela cidade de Rio Branco do Sul; a Noroeste pelo município de Itaperuçu e por fim a Oeste pela cidade de Campo Magro.
Devido a essa localização o município sofreu e sofre efeitos da proximidade com a capital. Porém, esta condição não foi exclusiva dele e da região, já que este era um efeito dos muitos relacionados com o processo de urbanização das grandes cidades e capitais que se desencadeou de forma notória na década de 1970. Em decorrência dessa nova configuração espacial do território nacional, ocorreu o advento da Lei Complementar nº 14 de 8 de julho de 1973 sancionada pelo Presidente da Republica Emílio Garrastazu Medici que expressava o estabelecimento das Regiões Metropolitanas das grandes cidades brasileiras. No que tange esta lei, o parágrafo 6º expressava que o município de Almirante Tamandaré faz parte integrante da Região Metropolitana de Curitiba. Contemporaneamente a partir de informações colhidas junto a COMEC o município se encontra com um grau muito elevado de integração com a Capital do Estado do Paraná.


Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador, poeta e colunista da Tribuna da Barreirinha e Tribuna do Centro. 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ nº 732, 22 a 30/06/2012

ZYS-25 - RÁDIO CULTURA DO PARANÁ - TIMONEIRA


Um fato comum no cotidiano tamandareense nas décadas anteriores a 1971 era a visita de fim de tarde nas casas dos conhecidos que possuíam rádio para escutar a Voz do Brasil e músicas, transmitida legalmente pela rádio emissora ZYS-25. Na época denominada de Rádio Cultura do Paraná, sob responsabilidade do Sr. Gabriel Cubis, que poderia ser ouvida em 500 quilos-ciclos. A qual se localizava na antiga Estrada da Cachoeira (hoje Rua Antonio Johnson nº 3761 (aproximadamente), terreno onde atualmente se encontra uma loja de autopeças). E era abastecida pela energia produzida por um gerador movido por um motor a combustão interna.
Esta rádio era filiada a Rede de Paranaense de Emissoras S/A (antiga Rádio Clube Ponta Grossense S/A). A qual foi solicitada a estabelecer sem direito de exclusividade na cidade paranaense de Timoneira a Radio Cultura do Paraná, sob a luz do Decreto nº 35.655 de 14 de junho de 1954, assinado pelo então Presidente da Republica, o Sr. Getúlio Vargas.
Nesta época seu Antonio Rodrigues Dias (fundador da Folha de Tamandaré) apresentava um programa que tocava música, o qual para descobrir a preferência dos ouvintes, ia de casa em casa verificando que músicas elas gostariam de escutar. Pois, era uma época em que não havia telefone para pedir música como se faz atualmente.   

Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador, poeta e colunista da Tribuna da Barreirinha e Tribuna do Centro.


quinta-feira, 27 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ, nº 706, 16-31/12/2011, p.08

A Câmara Municipal

A primeira administração governamental da Cidade de Tamandaré foi a Legislativa, estabelecida oficialmente em 25 de janeiro de 1890 junto com a instalação oficial e de fato da autonomia da nova localidade sob o status de município.
Nesta época as Câmaras Municipais exerciam um número bem maior de funções do que atualmente, exercendo de fato as funções da administração pública executiva, legislativa e judiciária. Neste contexto não existia a figura do contemporâneo “cargo de prefeito” que exerce exclusivamente funções do Poder Executivo separadas do Poder Legislativo. Diante deste fato, o que existia era o status de Presidente da Câmara que era o Camarista mais votado pela população entre os Camaristas e que possuía funções específicas de liderança.
Em virtude do município estar iniciando como território autônomo, a primeira Câmara Municipal de Tamandaré, foi nomeada pelo Decreto Estadual nº. 16 de 09 de Janeiro de 1890 assinado pelo Governador José Marques Guimarães que estabeleceu como Presidente o Senhor João Alberto Munhoz auxiliado por Vidal José de Siqueira (Vice-Presidente) e os Camaristas: Antônio Cândido de Siqueira, Antônio Ennes Bandeira, Antônio Vieira Bittencourt, Eloy Artigas de Christo e João Cândido de Oliveira, nos períodos de 1890/1892.

O primeiro Presidente de Tamandaré João Alberto Munhoz casado com Maria Eulalia Moreira Munhoz, presidiu o município tamandareense de 25 de janeiro de 1890 a 19 de junho 1892. Gozava de fato e de direito o posto de Tenente Coronel do Exército. Era maçom fundador e participante da Loja Apostolo da Caridade jurisdicionada ao Grande Oriente e Supremo conselho do Paraná (1902-1920). Foi  Diretor da Secretaria do Interior do Governo do Estado do Paraná em 1894. 
(João Alberto Munhoz, primeiro Presidente da Vila Tamandaré /Foto: Galeria dos Prefeitos)

Para conhecer mais sobre a história de Almirante Tamandaré visite o livro: “Relatos de um tamandareense” no endereço eletrônico:  http://issuu.com/exceuni/docs/relatosdeumtamandareense

Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História do Colégio Estadual Jardim Paraíso, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador e poeta.

POR QUE CONTO HISTÓRIA?

Hoje, não irei contar mais um fato sobre a história da cidade de Almirante Tamandaré, mas sim tentar explicar de forma simples e objetiva porque é importante propagar este conhecimento, mesmo que delimitado e específico a região e História do Paraná.

Pois, quando se desbrava a história local, por efeito se conhece uma história mais ampla relacionada a outros fatos históricos de outras regiões e acontecimentos gerais.  

“Conta a Mitologia Grega  que o Céu (Urano) e a terra (Gaia) governavam o Universo. Juntos tiveram vários filhos. Um deles, Cronos, destronou o pai e casou-se com a deusa Reia. Para que nenhum filho seu viesse a tomar-lhe o trono dos deuses, Cronos devorava-os assim que nasciam. Porém, Reia conseguiu salvar um de seus filhos, Zeus, e escondeu-o na ilha de Creta. Quando Zeus cresceu, destronou Cronos e tornou-se o deus supremo, obrigando o pai a vomitar os filhos devorados”.

Nesta breve introdução, Cronos é o tempo. Um devorador de personagens e fatos independente do seu grau de importância. E Zeus representa a luta pela preservação da memória.

Diante disso, é notória a ação do tempo na história da humanidade, mas especificamente na história local. Por este motivo, para que a memória dos fatos e pessoas não sejam devorados pelo tempo (sejam esquecidos), é que existe a ciência História. Independente se critica ou descritiva, ela é uma das matrizes que colaboram com a consciência da humanidade.

Pois, por que repetir o que já deu errado várias vezes no passado? A História mostra acontecimentos bons e ruins e por efeito as consequências dos mesmos. Ela apresenta alternativas, que servem de norteamentos para as futuras gerações.   


Mas a História não é só isso. Ela é cultura e propagação do conhecimento acumulado por milênios. É a preservação da essência de um povo. Nostálgica ou não ela é um dos pilares do conhecimento humano.   

quarta-feira, 26 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ nº 725 de 1º - 15/05/2012

17 DE MAIO DE 1992

A vinte anos passados, em uma noite de Domingo datada de 17 de maio de 1992, o município de Almirante Tamandaré foi ferido gravemente, virando noticia nacional e internacional. Pois, um tornado da classe EF3 (com ventos superiores a 118 km/h), atingiu uma área de 80 km², arrasando 7,5 Km². Que em apenas pouco mais de 2 minutos deixou uma notória destruição e mortes: sendo que 480 casas foram totalmente destruídas; 105 pessoas foram gravemente feridas; 6 pessoas foram encontradas mortas; mais de 1700 pessoas desabrigadas aproximadamente; além de carros tombados, casas destelhadas, plantações destruídas, árvores arrancadas, poste de energia elétrica arrancados,..., em seu ápice no trajeto Lamenha Grande, Lamenha Pequena, Jardim Bela Vista, Jardim Taiza, Planta Urucape, Cachoeira e Tanguá.
Em 18 de maio de 1992, pela primeira vez na história do município, era oficialmente decretado pelo prefeito Roberto Perussi o Estado de Calamidade Publica. Porém, já na noite do dia 17 de maio, 500 desabrigados foram alojados no Colégio João Candido de Oliveira e receberam cuidados e alimentos da Prefeitura Municipal e Defesa Civil coordenado pelo Coronel Wantuil Borges.
A situação vivida naquele momento pelas pessoas das regiões atingidas gerou comoção nacional. A principal ajuda teve origem no Ministério da Ação Social que destinou para a cidade Cr$ 320.000.000,00 (trezentos e vinte milhões de cruzeiro); a Associação das Senhoras dos Deputados Estaduais doou a Prefeitura Municipal Cr$ 7.000.000,00 (sete milhões de cruzeiros), entregue pela Senhora Niva Sabóia Khury (esposa do Deputado Anibal Khury) acompanhada do Deputado Algaci Túlio. Outra captação de recurso foi a abertura de uma conta no Banestado para o deposito de auxilio aos flagelados (agência 201-X, C/C 5676-5).

O alvorecer de 18 de maio de 1992/Foto: Folha de Tamandaré, nº141, de 18/05/1992.

Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História da Escola Estadual Jardim Paraíso, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador, poeta e colunista da Tribuna da Barreirinha e Tribuna do Centro.

terça-feira, 25 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ nº 723, 16 a 30/04/2012

OS NATIVOS DA TERRA TAMANDAREENSE

Os primeiros seres humanos a povoarem a região tamandareense foram os Tinguis, que significa em nossa língua “nariz afilado”. Os quais se espalhavam por toda a região dos Campos de Coritiba que hoje corresponde a Curitiba e uma parte da Região Metropolitana.
Por ser um povo da floresta, se diferenciava um pouco do povo nativo encontrado no litoral, mas que possuíam a mesma origem Tupi-Guarani. Apesar, deles possuírem a mesma gênese, o povo da floresta (Tinguis), ainda se comportava dentro de um contexto característico seminômade. Ou seja, caçavam, pescavam, coletavam alimentos da mata e conheciam a agricultura, mas a utilizavam apenas como atividade secundaria de sobrevivência e não como a principal. Por este motivo que eram seminômades. Se organizavam em grupos que se abrigavam nas tindiqueras (buraco de tingui) que na verdade eram covas abertas no chão.
Graças, a observação feita dos hábitos alimentares dos tinguis, foi possível identificar vegetais e animais exóticos (já que certas espécies vegetais e animais eram desconhecidos para os portugueses), e a partir deste fato, o colono conseguiu classificar o que era comestível ou não. Um exemplo, é o habito que a população da nossa região possui de se alimentar com o pinhão, fruto da Araucária, árvore símbolo do Paraná. Neste contexto, também se observou a correta utilização da mandioca e sua posterior utilização pelo colono como alimento.      
Em documentos oficiais da época da colonização da Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais (Curitiba), os Tinguis foram descritos como um povo pacífico, que apesar de andarem nus, não carregavam a malicia do europeu “civilizado”. Eram simpáticos e acessíveis. Tão acessível, que acabaram virando serviçais do colonizador da região.
Em decorrência da exploração de seu trabalho que sofreram no contexto da exploração do ouro e de outras atividades econômicas; do constante contato que tinham com os colonizadores dos povoamentos que iam se formando, devido a sua simpatia, docilidade e inocência, eles aos poucos foram se condicionando civilizado aos moldes dos colonizadores; outros que vagavam foram transformados em escravos pelos bandeirantes; já outros se misturaram a outros grupos indígenas ou até mesmo aos colonizadores, já que eram seminômades; alguns grupos foram catequizados por jesuítas, já que existem marcas da passagem desses sacerdotes no município (Recanto Marista ou Parque Santa Maria) e por fim, a doença trazida pelo europeu trouxe a morte aos grupos mais retirados. Ou seja, os tinguis foram supostamente absorvidos e não exterminados, pela nova realidade que raiva na região.
Neste contexto, o que sobrou dos tinguis foi seu legado genético que muitos moradores da região carregam em seu sangue e a expressam em características físicas e até em costumes e comportamentos herdados deles. Como também é possível perceber de forma notória, o que sobrou de sua língua, nas expressões que denominam coisas, comidas e lugares. Um exemplo é a denominação que recebem alguns bairros tamandareenses: Botiatuba, Pacotuba, Boixininga, Tanguá, Juruqui, Humaitá, Barigui,... No entanto, infelizmente, não existe mais uma cultura pura que represente o Povo Tingui.

Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História da Escola Estadual Jardim Paraíso, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador, poeta e colunista da Tribuna da Barreirinha e Tribuna do Centro.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ, nº 721, 1º a 15/04/2012, p. 11.

NOVENTA E SEIS ANOS DE HISTÓRIA

A construção municipal mais importante, que inclusive é um patrimônio histórico e artístico do Estado do Paraná, desde 25 de março 1994, sob o processo nº 001/93. Inscrição nº 119, Livro do Tombo Histórico, é a Prefeitura Velha. A qual foi construída na gestão do Intendente João Candido de Oliveira em um terreno doado por ele ao município. A inauguração ocorrida na mesma gestão contou em seu ato solene em 26 de março de 1916, com a presença do Presidente do Estado do Paraná, Affonso Alves de Camargo e do Senador da Republica Generoso Marques dos Santos.
Porém, após sua desativação em 1986, na gestão do então Prefeito Ariel Adalberto Buzzato, o prédio da Prefeitura Velha, abrigou a Biblioteca Municipal Santos Dumont, a qual foi remanejada para o bairro da Cachoeira, ocupando o prédio da antiga estação ferroviária. Em seu lugar, foi inaugurada no dia 27 de abril de 2006, com um acervo inicial de 1711 livros a Biblioteca Municipal Dr. Harley Clóvis Stocchero. A qual foi assim denominada, como justa homenagem, ao cidadão filho nato da terra de Tamandaré, que carregou sua origem, no contexto honroso de fazer parte da Academia Paranaense de Letras, na qual foi o 5º ocupante da Cadeira Nº 6.

Coincidência ou não, o poeta, escritor, advogado e funcionário público, seu Harley, faleceu no mesmo dia e mês (26/03/2005) que se inaugurou o prédio em que hoje se localiza a biblioteca que leva seu nome.
Prefeitura Velha década de 1920 /Foto: ESTADO DO PARANÁ. Estado do Paraná, 1923. São Paulo: Capri & Olivero, Empreza Editora Brasil, 1923.


Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História da Escola Estadual Jardim Paraíso, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador, poeta e colunista da Tribuna da Barreirinha.

domingo, 23 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ nº 715, 1 a 15/03/2012, p. 02.

O ÚLTIMO AGENTE ADMINISTRATIVO DO DISTRITO DE TIMONEIRA

O Decreto Lei de nº 199 de 30 de dezembro de 1943, além de redenominar a extinta Sede territorial tamandareense com o nome de Timoneira, a fazia integrar ao território do município de Colombo, o qual foi administrado pelo Agente Administrativo Silvio de Lara no período de 1943 até outubro de 1947, quando a localidade de Timoneira, voltou a ser autônoma.
O Agente Administrativo Silvio de Lara nasceu na data de 16 de fevereiro de 1921,  no Sitio Campina, em Tamandaré, era filho do Sr. João Antunes de Lara com Annanias de Cristo Lara. Irmão do Senhor Hermenegildo de Lara. Estudou no Grupo Escolar. Casou-se com Glacir Rosi Berno com quem teve a filha Vera Lúcia de Lara, casada com Carlos Roberto Porto, os quais têm três netos: João Carlos, Carlos Alexandre e Vanessa. Atualmente (2012) mora com a filha em Cornélio Procópio-PR. Foi funcionário público a serviço de Colombo, onde assumiu com 22 anos o posto de Agente Administrativo do Distrito de Timoneira por quatro anos. Além de atuar na Secretaria da Agricultura no Departamento de Produção Vegetal de 1947 a 1966, onde se aposentou.
Agente Administrativo Silvio de Lara/Foto: Família de Silvio de Lara, 2011.


Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História da Escola Estadual Jardim Paraíso, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador, poeta e colunista da Tribuna da Barreirinha. 

sábado, 22 de junho de 2013

FOI NOTÍCIA NA FOLHA DE TAMANDARÉ nº 694 de 1-15/09/2011, p.25.

Sou um pesquisador da história do município de Almirante Tamandaré. Diante disso, uma das principais fonte de informação disponível é o jornal local. Nesse sentido, muitos acontecimentos que são relatados no presente, posteriormente se tornam fatos históricos, já que se tornam únicos. Neste contexto, merece destaque a seguinte notícia:    

CAMPO MAGRO TERÁ GUIA DE RUA E CEPS.

Antonio Kotovski (pai do escritor Antonio K. Filho) elabora Guia de Ruas e Ceps (região urbana) para o Município de Campo Magro. O qual será em alguns dias disponibilizado para a população campo magrense e visitantes.

O objetivo desse guia é facilitar a localização de ruas da cidade. Sendo que o mesmo já esta a disposição no endereço eletrônico:  http://issuu.com/exceuni/docs/mapasdecampomagro
Antonio Kotovski, segurando o “Guia de ruas e ceps 2012. Campo Magro-PR”/ Foto: Antonio K. Filho setembro 2011.


Posteriormente este guia de rua foi lançado em Campo Magro  na data de 20 de setembro como expressa a manchete da Folha de Tamandaré, nº 696  de 16 a 30/09/2011:

 LANÇAMENTO OFICIAL DO GUIA DE RUAS E CEPS 2012 CAMPO MAGRO/PR

No dia 20 de setembro de 2011 foi lançado o Guia de Ruas e Ceps 2012 de Campo Magro, com a presença de alguns patrocinadores do mesmo.
O Prefeito Municipal de Campo Magro José Pase fez a entrega do Guia em uma solenidade simples. Nesta oportunidade enalteceu a importância do guia para o município além de ter comentado que promoverá a denominação de algumas ruas e também desenvolverá um projeto de conscientização para que os moradores enumerem suas casas em conformidade com o endereço do IPTU. Com isto a cidade se apresentará mais organizada.
O elaborador do guia o Sr. Antonio Kotoviski, agradeceu o apoio logístico da Prefeitura e aos patrocinadores, expressando que só foi possível a concretização desse Guia, graças a eles. Sendo assim, ele acha muito importante que o povo campo magrense prestigie as empresas que patrocinaram o guia e também os jornais que circulam na região. Pois, é graças a eles que os mesmos se tornam gratuitos para a população.      
O Guia pode ser encontrado junto aos estabelecimentos dos patrocinadores, no setor de protocolo da prefeitura e pelo endereço eletrônico: http://issuu.com/exceuni/docs/mapasdecampomagro

Prefeito José Pase junto com os patrocinadores do Guia de Ruas e Ceps/Foto: Antonio Kotoviski, setembro de 2011.   

sexta-feira, 21 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ, nº 714 de 16 a 26/02/2012, p.23.

BAIRRO COLÔNIA SANTA GABRIELA

Na data de 07 de fevereiro de 1886, 180 imigrantes (sendo maioria italianos e poloneses) foram assentados legalmente no antigo Sitio Ressaca às margens do Rio Barigui, para fundarem a Colônia Santa Gabriela, que possuía inicialmente 40 lotes com tamanhos que variava de 7 a 8 (ha)  distribuídos em uma área de 216,00 (ha). O engenheiro responsável pelo projeto foi o Sr. Manoel Francisco T. Correia. Já a denominação da localidade se vincula a uma homenagem a Senhora Gabriela d´Escrangnolle Taunay, mãe do Presidente da Província do Paraná Alfredo Taunay. A qual se anexou a expressão Santa para enfatizar o aspecto religioso.

Neste bairro, junto a Estrada das Laranjeiras esta localizado o primeiro Patrimônio Histórico Cultural do Paraná tombado em Almirante Tamandaré de acordo com o Processo nº 071/79, Inscrição nº 70, Livro do Tombo Histórico. Data: 13/03/1979.
Oratório São Carlos Boromeu localizado no Bairro Colônia Santa Gabriela/Foto: Antonio Ilson Kotoviski Filho, abril 2011.

Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História da Escola Estadual Jardim Paraíso, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador, poeta e colunista da Tribuna da Barreirinha.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ nº 711, 1-15/02/2012, p.02.

O SAIBRO TAMANDAREENSE

Quem chega pela primeira vez na cidade, e observa a imagem do topo do morro central que notoriamente existe na Sede, já percebe que a aqui é uma terra onde se explora minério. Talvez pela fama da cidade, muitos devam pensar que aquela alteração naquele morro seja fruto da exploração do calcário. Porém, o morro só ficou daquela forma devido à exploração do saibro ocorrido no início da década de 1980, para atender exclusivamente as necessidades de construção de uma base solida que sustentasse a pista de pouso do Cindacta II (Base Aérea do Bacacheri em Curitiba).  

Talvez, depois do forninho continuo da cal, o símbolo que melhor represente a história econômica de Almirante Tamandaré, esteja na imagem daquele morro. 
(Morro da Saibreira / Foto – Antonio Kotoviski, janeiro de 2011)

Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História da Escola Estadual Jardim Paraíso, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador, poeta e colunista da Tribuna da Barreirinha. 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ, nº 709, 16 a 31/01/2012, p. 06.

As mulheres no poder.


Em janeiro de 1995 Jane Gonçalves entra para a história do município e da Câmara Municipal de Almirante Tamandaré ao tomar posse como a primeira vereadora do município, oficializada pelo Presidente da Câmara o Vereador Tadeu Edison Boza. Ela exerceu a vereança em substituição ao Vereador João Carlos Bugalski que na data de 26 de janeiro assumia a Secretaria de Obras Públicas e Urbanismo da cidade.
Já no final do século XX, a cabeleireira Sra. Matilde Leite Czorne com o fato de assumir através da suplência o cargo de vereadora se tornou a segunda mulher na história do município a realizar tal façanha.
Porém, o pleito de 01 de outubro de 2000, trazia novidades em seu resultado final. Pois, de forma direta foram pioneiramente eleitas para assumir o cargo de vereadoras três mulheres: Maria Bernadete Afornali Pavoni (candidata mais votada no referido pleito para vereadores); Matilde Leite Czorne e Clarice Gulin.
Já o pleito eleitoral de 03 de outubro de 2004 para o executivo foi marcado pelo fato de pela primeira vez na história do município, uma mulher ter atingido o cargo de vice-prefeito. A detentora desta marca é a Sra. Maria Bernadete Afornali Pavoni.

Para conhecer mais sobre a história de Almirante Tamandaré visite o livro: “Relatos de um tamandareense” no endereço eletrônico:  http://issuu.com/kotovski/docs/livrokotovisk


Jane Gonçalves/Foto: Formandos do Ginásio Estadual Alvarenga Peixoto – Turma Professora Roza Bini de Oliveira 1975.



Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História da Escola Estadual Jardim Paraíso, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador, poeta e colunista da Tribuna da Barreirinha. 

terça-feira, 18 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ nº 707, 01-15/01/2012, p.25.

MAIS UMA HISTÓRIA SE APAGANDO

Os prédios e construções antigos, muitas vezes expressam melhor a história do que propriamente se esta estivesse escrita. Aguçam a curiosidade e podem ser explorada pelo turismo local. Um exemplo é o velho barracão de mais de 70 anos existente na Sede Campestre dos Comerciários de Curitiba, localizado no Boixininga.
Aquela construção expressa que na cidade a população do inicio do século XX não sobrevivia exclusivamente só da agricultura e do comércio. Mas, que também praticavam outras atividades econômicas como foi o caso do imigrante italiano Angelo Brotto assentado na região, fabricante já antes da década de 1940 de vinho, graspa e cachaça sob a marca Brotto (escrito em rotulo amarelo com as letras pretas), para vender na capital e na cidade, concorrendo com a Pinga Batalhosa do seu Jaime Teixeira Alves.
Este mesmo barracão, já sob posse do SINDICOM foi adaptado no final da década de 1970 como restaurante, o qual serviu como cenário de grandes festas de casamentos, confraternizações e eventos para muitos filhos desta terra. Em seu ápice como restaurante, na época do saudoso e pioneiro encarregado da Sede Campestre, o  Sr. Sebastião Tavares (década de 1980), era parte da decoração rústica do restaurante os gigantes tonéis de vinho, graspa e cachaça. Além de um mini museu com os instrumentos de fabricação dessas bebidas, sendo que o alambique funcionava nessa época, apenas de forma artesanal.
São lembranças e histórias que provavelmente só poderão ser aguçadas nas páginas de livros ou através de fotos. Pois,  segundo informações, este barracão será demolido para dar lugar a uma construção com “arquitetura moderna”.    

Para conhecer mais sobre a história de Almirante Tamandaré visite o livro: “Relatos de um tamandareense” no endereço eletrônico:  http://issuu.com/exceuni/docs/relatosdeumtamandareense
Salão rústico do inicio do século XX, que abrigou um restaurante, outrora barracão utilizado para produção e armazenamento de vinho e derivados/Foto:Antonio Ilson Kotoviski Filho, 2011.

Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História do Colégio Estadual Jardim Paraíso, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador, Colunista da Tribuna da Barreirinha e poeta. 

domingo, 16 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ Nº 704, 1a 15/12/2011, p.31.

O último desmembramento do território tamandareense.

Habitada desde o século XVII a região que compreendia o Distrito de Campo Magro do município de Almirante Tamandaré ganhou autonomia na data de 28 de dezembro de 1995, quando o então Presidente da Assembléia Legislativa, o Deputado Aníbal Khury promulgou a Lei nº. 11.221 com a seguinte súmula: “cria o Município de Campo Magro, desmembrado do Município de Almirante Tamandaré”. Ocorria assim a diminuição de 273 km² do território tamandareense, até então de 523,105 km² . Inicialmente Campo Magro contou com uma população de 16.392 (IBGE).
No dia 03 de outubro de 1996 o município viveu sua primeira eleição como território autônomo. Participaram 7.856 eleitores que escolheram com 3.222 votos a dupla do PDT formada pelo candidato a prefeito Louvanir Joãozinho Menegusso e seu vice Tadeu Boza os primeiros governantes da cidade. Seu concorrente foi o ex-prefeito de Almirante Tamandaré o Sr. Roberto Luiz Perussi do PFL que captou 2.977 votos. 
Formaram a primeira Câmara Municipal de acordo com os dados do (TER) os senhores: Edivaldo Boza do PDT com 424 votos, Lufrido Menegusso do PFL com 424 votos, Rilton Boza do PSDB com 378 votos, Odair de Paula Cordeiro do PDT com 261 votos, Adão Joaquim de Cristo do PPB com 201 votos, Miguel Bueno de Lara do PFL com 196 votos, Amarildo Pase do PSDB com 195 votos, Sergio Luiz Campestrini do PDT com 191 votos e José Santos Raganhan do PPB com 190 votos.
Nesta particular e histórica eleição, o candidato a prefeito derrotado Roberto Luiz Perussi, recorreu do resultado devido a pequena diferença de votos o que resultou em uma nova contagem dos votos. Pois, nessa época ainda se usava cédula de papel para votar.  

Para conhecer mais sobre a história de Almirante Tamandaré visite o livro: “Relatos de um tamandareense” no endereço eletrônico:  http://issuu.com/exceuni/docs/relatosdeumtamandareense

(Primeiros administradores do Município de Campo Magro: Da esquerda para a direita: Vereadores: Miguel de Lara, Edil Boza, Vice-Prefeito Tadeu Boza, Prefeito Louvanir Menegusso, vereadores: Sergio Campestrine, Amarildo Pase, Rilton Boza, Lufrido Menegusso/ Fonte: Gazeta Ancorado, 07/01/1997).

Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História do Colégio Estadual Jardim Paraíso, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador e poeta.


sábado, 15 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ Nº 701 de 16 a 30/11/2011, p. 03.

A ÚLTIMA LEMBRANÇA DO COLÉGIO DAS FREIRAS DO BOTIATUBA.

No ano de 1939, é fundado pela Igreja Católica uma escola e internato denominado de  Colégio Nossa Senhora das Graças das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Botiatuba, que se localizava na atual Avenida Wadislau Bugalski, onde se encontra a atual Igreja Redonda do Botiatuba (Capela do Divino Espírito Santo). O qual esteve sob a administração das Irmãs até o ano de 1966, quando o colégio foi fechado.
(Colégio Nossa Senhora das Graças das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Botiatuba, 1939/Fonte: BONAMIGO, Euclides. Histórico da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Almirante Tamandaré. 1998)


Em 1967 o Colégio Nossa Senhora das Graças é desmontado, sendo construída uma escola municipal com a mesma denominação, porém sem “das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Botiatuba”, no terreno ao lado onde mora a professora Ledi Rizolette Straioto (que lecionou no colégio das freiras antes de ser desmontado). Esta escola só contava com uma sala de aula, e dentro deste mesmo espaço, se encontravam alunos, de 1ª a 4ª séries. Esta era a realidade que a professora Rizolete teve que conviver e administrar por muitos anos. Pois, foi à primeira professora lotada no município a dar aula no Botiatuba. Esta casa, assim como a escola não existe mais. Porém, a professora ainda mora no mesmo local.
No ano de 1987 foi construída em alvenaria e inaugurada a Escola Rural Nossa Senhora das Graças, a qual atendia 42 alunos em 2007 de 1ª a  4ª séries. Em 2009 estes alunos foram remanejados para a Escola Municipal Ignácio Lipski, no terreno vizinho. Ocorrendo desta forma o fechamento da “Escolinha da Rizolete”, como era carinhosamente e popularmente conhecida. 
Na sexta-feira do dia 11/11/11, no período da manhã o pequeno prédio da escolinha Nossa Senhora das Graças foi demolido e com ele as ultimas lembranças do Colégio das Freiras e da Escolinha da Rizolette se foram. O que fica são as fotos e as histórias dos muitos alunos que por lá passaram.    

Para conhecer mais sobre a história de Almirante Tamandaré visite o livro: “Relatos de um tamandareense” no endereço eletrônico:  http://issuu.com/exceuni/docs/relatosdeumtamandareense

(Demolição do prédio da Escola Rural Nossa Senhora das Graças/Foto: Antonio Ilson Kotoviski Filho 11/11/11)

Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História do Colégio Estadual Jardim Paraíso, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador e poeta. 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ nº 700, 1 a 15/11/2011, p. 04.

O ÚLTIMO PREFEITO INTERVENTOR

Em 01 de março de 1938 era designado pelo Interventor/Governador do Estado do Paraná Manoel Ribas o jovem Pedro Moacyr de Gracia Gasparello para assumir o posto de autoridade máxima do Município de Tamandaré. Sendo que sua gestão durou até 30 de dezembro de 1938 já que em virtude do Decreto Lei nº. 7573, de 20 de dezembro de 1938, o municí7573, de 20 de dezembro de 1938, extinguia o municipio mandardivisnha, encontraram ouro na regipio era extinto e seu território foi integrado ao Município de Curitiba.
Apesar desta efêmera passagem pelo município, o saudoso filho do Funcionário Público Pedro Gasparello e Mercedes de Gracia Gasparello, deixou uma particularidade histórica interessante e que pela legislação contemporânea não pode ser repetida.
Pois, o nobre Interventor nascido no Distrito do Portão em Curitiba na data de 04 de Abril de 1914. Formou-se Engenheiro Agrônomo em 15 de novembro de 1937 pela antiga Escola Agronômica do Paraná. Sendo posteriormente indicado ao cargo de interventor da cidade de Tamandaré em  01 de março 1938 permanecendo no cargo até 30 de dezembro de 1938. Ou seja, foi o administrador mais novo que a cidade contemplou, já que possuía apenas 23 anos e 11 meses quando assumiu a intervenção.
Talvez pela sua efêmera passagem e pelo fato de não ter laços de parentescos com filhos de Almirante Tamandaré, sua imagem era desconhecida como pode ser percebida na Galeria dos Prefeitos exposta no Prédio da Prefeitura onde o quadro do nobre Interventor aparece vazio.  
(Interventor Pedro Moacyr de Gracia Gasparello/Foto: Arquivo da Coordenação de Agronomia da UFPR).


Para conhecer mais sobre a história de Almirante Tamandaré visite o livro: “Relatos de um tamandareense” no endereço eletrônico:  

Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História do Colégio Estadual Jardim Paraíso, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador e poeta. 

PALESTRA NO CÍRCULO DE ESTUDOS BANDEIRANTES

No último dia 13 de junho de 2013 o historiador Antonio Ilson Kotoviski Filho teve a honra de palestrar no Círculo de Estudos Bandeirantes (tradicional instituição vinculada a Pontifícia Universidade Católica do Paraná, que possui como objetivo divulgar e promover estudos paranistas e brasileiros).

O assunto abordado na oportunidade foi a apresentação do livro “Relatos de um Tamandareense. A História do Município de Almirante Tamandaré”
Posaram para a histórica foto feita no auditório Euro Brandão os senhores: Rafael Lala (representando o Instituto Histórico e Geográfico do Paraná), Antonio Celso Mendes (Acadêmico ocupante da 34ª Cadeira da Academia Paranaense de Letras), Antonio Ilson Kotoviski Filho e o Engenheiro Lívio D'Mio/Foto: Família Kotoviski, 2013.    

quinta-feira, 13 de junho de 2013

PUBLICADO NA FOLHA DE TAMANDARÉ Nº 699 (Quinzena de 16 a 31 de outubro), p. 02.

CENTO E VINTE E DOIS ANOS DE HISTÓRIA!

Em 28 de outubro do ano de 1889 o Sr. Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá presidente conselheiro da Assembléia Legislativa Provincial do Paraná sancionava a Lei Provincial n° 957 que elevava o status administrativo do pequeno Distrito de Conceição do Cercado a categoria de Villa. Ou seja, a região ganhou autonomia administrativa.
Porém, as crises econômicas e políticas que se desdobravam internacionalmente geravam consequências para o Brasil, o qual estes efeitos se expressaram em partes na década de 1930 no que tange o status autônomo de muitas cidades dispostas em território nacional.
Neste contexto, a Cidade de Tamandaré levou um susto em decorrência do texto legal expressado pelo Decreto Estadual nº. 1702 de 14 de julho de 1932, sancionada pelo Interventor/Governador Manoel Ribas onde a Vila de Tamandaré era suprimida. Porém,  o mesmo interventor restaurava a autonomia da cidade com o advento do Decreto nº 931, 03 de abril de 1933.
Apesar da restauração da autonomia esta ação parecia avisar que o destino da cidade não era promissor, já que a crise interna política brasileira se radicalizava.  Sendo que o desfrute da autonomia durou pouco, pois em virtude da divisão administrativa de 31 de dezembro de 1936 e sua complementar disposição da divisão administrativa expressada um mês depois (31 de janeiro de 1937), fez Tamandaré pertencer ao Termo e Comarca de Curitiba.  Sendo que a situação do município se definiu quando o Governador do Estado do Paraná Manoel Ribas através do Decreto Lei nº. 7573, de 20 de dezembro de 1938 extinguiu de vez o municí7573, de 20 de dezembro de 1938, extinguia o municipio mandardivisnha, encontraram ouro na regipio de 49 anos de história, passando a sua região a fazer parte do território de Curitiba.
Parecia que a região não mais seria autônoma, pois o distrito de Timoneiro já estava quase completando uma década quando no dia 11 de outubro de 1947, a Lei Estadual n° 02, inciso XXI, sancionada pelo Governador Legal Moyzés Wille Lupion de Tróia em conformidade com a nova Constituição de 1946, restaura a autonomia municipal. Surgia assim nos mapas paranaenses a Cidade de Timoneira.
Em referencia a este importante fato histórico, até o ano de 1988 se comemorou o aniversário da emancipação política do município em 11 de outubro, sendo que até a este momento se considerava que Almirante Tamandaré só tinha 41 anos de existência.
Independente de quem foi que percebeu a injustiça, por sorte em 1989 o Vereador Gerônimo Jarek, teve êxito em sua proposição legislativa e corrigiu uma injustiça histórica com o advento da Lei nº 31/89, sancionada pelo prefeito Roberto Perussi em 05 de outubro de 1989. A partir deste dia a comemoração oficial da data festiva, se daria no dia 28 de outubro. E o ano de emancipação política, se contaria a partir de 1889.
Mas esta correção só foi possível, graças a preservação da história municipal em relatos escritos do Sr. Bortolo Stocchero, Harley Clóvis Stocchero, Hermenegildo de Lara,  Didio Santos, além da oralidade de moradores antigos que relatavam em conversas informais o que os documentos oficiais expressavam. Pois, independente se o município iniciou sua história com o nome de Conceição do Cercado, Tamandaré, Timoneira e por fim Almirante Tamandaré e teve suas fronteiras alteradas em cada momento histórico, o mesmo possui uma essência que lhe deu identidade. Ou seja, possui uma história.

Para conhecer mais sobre a história de Almirante Tamandaré visite o livro: “Relatos de um tamandareense” no endereço eletrônico:  http://issuu.com/kotovski/docs/livrokotovisk


Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História do Colégio Estadual Jardim Paraíso, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador e poeta.