EXTRAÍDO DO LIVRO RELATOS DE UM TAMANDAREENSE,...
O telefone em
Almirante Tamandaré foi uma consequência do próprio desenvolvimento desta
tecnologia no Brasil, pois é muito recente, já que se confunde com a própria
história da Telepar em 27 de novembro de 1963,
Neste período
eram 4,5 milhões de paranaenses dividiam 21 mil telefones. Constituída por
capital público e privado, a Empresa iniciou a execução de um plano básico de
telecomunicações. Multiplicaram-se as instalações e a TELEPAR passou a fornecer
serviços locais e interurbanos de telefonia, até então operados precariamente
por pequenas companhias, algumas delas somente com serviço local.
Ou seja, desde
1887, já existia telefone em Curitiba. Implementado pelo próprio inventor do
telefone, Alexander Graham Bell que ligava o Palácio da Presidência do Estado
(esquina da Rua Barão do Cerro Azul e Carlos Cavalcanti) com a Secretaria de
Polícia, o Quartel do 3º Regimento de Artilharia e a Estação da Estrada de
Ferro. Sendo que em 1895 já existiam 50 linhas de telefones particulares
estados e telefones públicos. Em 1907, Ponta Grossa recebe a primeira Companhia
Telefônica do Paraná. Em 1927 é Criada a Companhia Telefônica Paranaense
vendida em 1935.[1] Mas com
o advento da Telepar processo de modernização foi rápido.
Pelo fato de
Almirante Tamandaré estar próximo a capital, já em 1966 foi beneficiado com o
telefone, pois neste ano, ocorreu uma reunião entre os moradores da Sede, a
qual a Telepar fez a seguinte proposta: “era necessário à localidade adquirir
no mínimo 50 telefones, para que fosse implantada a telefonia na cidade”. Neste
contexto, a proposta foi aceita, sendo que a prefeitura comprou dois, já o
senhor Mario Veiga comprou 15 telefones[2].
Neste marco inicial, o numero de telefone só possuía dois dígitos. O fone da
Prefeitura era 22.
No começo dos
anos 70, praticamente todo o Estado era pioneiro nos serviços interurbanos com
Discagem Direta À Distância (DDD). A partir de 1971 isto mudou com o Plano de 1
Milhão de Telefones para Curitiba. Em 1975, quando o governo federal incorporou
a Telepar ao Sistema Telebrás, encontrou uma empresa forte e moderna, com
expressiva capilaridade e qualidade na prestação de serviços de
telecomunicações. Neste começo de década. Mas cinquenta telefones integraram a
rede de Almirante Tamandaré, ocasionando a necessidade de acrescentar mais um
digito no numero. Por exemplo: o numero da Prefeitura, referente ao gabinete do
prefeito era 262 e a da secretaria era 222[3].
No ano de 1977
novas linhas são disponibilizadas ao município.
Porém, apenas na Sede, no segmento da Rodovia dos Minérios e em alguns
pontos do município. Ou seja, Rodovia
dos Minérios, na Rua Coronel João Candido de Oliveira, na Avenida Emilio
Johson, na Rua Didio Santos, na Rua Pedro Teixeira Alves e na Rua Antonio
Stocchero, na Travessa Tamandaré (atual Rua Frei Mauro), Rua Rachel de
Siqueira, na Wadislau Bugalski, na estrada da Venda Velha, na antiga Estrada de
Colombo, Conceição, Campo Magro e no começo do Pacotuba.
Os telefones
existentes na cidade eram 55 de proprietários particulares e 88 pertencentes à
empresa ou instituições públicas ou religiosas (calcário, comércio, banco,
prefeitura,...). Já em 1978 dígitos eram de apenas seis números, exemplo: o
numero da prefeitura era: 57-1122 ou 57-1314[4].
Nestes tempos,
independente de condições financeiras, já que a linha telefônica era muito
cara, a pessoa interessada tinha que esperar para comprar uma linha. Pois,
dependia da implantação de ramal em sua rua ou localidade.
No final da
década de 1980 para promover o acesso ao telefone às pessoas moradoras em
localidades mais retiradas, foram criados os postos telefônicos, sendo que para
se comunicar com alguém naquela localidade, havia necessidade de ligar para o
posto dizer com quem queria falar, e posteriormente aguardar o retorno da
ligação. Pois, a atendente, ia avisar a pessoa que recebeu o telefonema, para
esta retornar a ligação. Existia um posto telefônico no Marmeleiro, Retiro e
Conceição. Era o sistema de telefone comunitário, o qual o primeiro foi
inaugurado ainda na segunda Gestão do Prefeito Roberto Perussi, na Rua Arlindo
França, no Marmeleiro, sendo a responsável pelo posto a Senhora Terezinha
Paulin Stival. Este posto possuía a disponibilidade de dez ramais, mais só sete
foram utilizados[5]. Em abril de 1994, foi inaugurado pelo
prefeito Cide Gulin, outro posto telefônico que beneficiou os moradores do
Marmelerinho, Cachimba e Marmeleiro[6].
Já na primeira
gestão do prefeito Roberto Perussi a cidade começa a desfrutar de telefones
públicos, sendo o primeiro da Sede localizado em frente ao Colégio Estadual
Ambrósio Bini na Av. Emilio Johnson, cujo funcionamento era com ficha metálica
(uma moeda com dois cortes na cara e um corte na coroa). Neste mesmo período,
também foi implantado um “orelhão” (apelido para o telefone público) na
Cachoeira.
[1]
KROETZ, Lando Rogério. A história da
telefonia no Paraná. Curitiba: TELEPAR, 1982.
[2]
Relato de Albino Milek (participante da reunião e comprador de dois telefones).
[3]
GUIA TELEFÔNICO DO PARANÁ REGIÃO SUL 76/77. Almirante Tamandaré. Curitiba: GTB, 1976.
[4]
GUIA TELEFÔNICO DO PARANÁ REGIÃO SUL 77/78. Almirante Tamandaré. Curitiba: GTB, 1977.
[5]
Relato do sr. Osvaldo Stival, fevereiro de 2011.
[6]
FOLHA DE TAMANDARÉ. Telefone Comunitário
para Marmeleirinho. Ano VIII, nº 198, 31 de março de 1994, p. 02.
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