São raros os lugares
no mundo, onde se acha água com tanta facilidade como em Almirante Tamandaré.
Em decorrência deste fato o sistema de água tratada e encanada, só foi
implantado no município na década de 1970. Pois, em qualquer casa do município
em que se visita-se nesta época, possuía um poço de onde se retirava água. No
entanto com o processo de urbanização, esta realidade mudou, já que, muitos
loteamentos foram abertos. Sendo que grande parte destes novos habitantes que
se estabeleceram na cidade, não possuíam condições para construir um poço em
casa.
Diante deste
fato, em outubro de 1975, é oficialmente inaugurado o sistema de abastecimento
de água na cidade de Almirante Tamandaré na região da Sede[1]. O
qual era provido por um poço artesiano, localizado junto à sede da Sanepar no
município (Avenida Emilio Johnson). No entanto a de ressaltar, que a região da
Cachoeira, nas proximidades com Curitiba, já recebia água tratada oriunda do
reservatório do Bacacheri. Mas não toda a região.
Em setembro de
1979 um fato interessante ocorre na cidade. Eis, que o Prefeito municipal
Roberto Luiz Perussi envia um ofício à Sanepar solicitando a instalação de uma
torneira publica no Jardim Monte Santo, a qual serviu para atender 60 famílias
ali estabelecidas. Prontamente a Sanepar instalou a torneira em outubro daquele
mesmo ano. Posteriormente uma rede de distribuição de água encanada mais
complexa foi instalada na região[2].
No inicio da
década de 1980 até 1986, a Sanepar executou aproximadamente 110 quilômetros de
redes de água tratada, que eram abastecidas por três poços artesianos com vazão
de 680 metros cúbicos por hora. Sendo que a região da Cachoeira recebia água
nesta época e ainda recebe do reservatório situado no Jardim Monte Santo, com
capacidade de 1 milhão de litros. O que beneficiava inicialmente três mil
famílias. Tranqueira era abastecida por um reservatório de 80 mil litros,
atingindo 350 famílias e a rede de Campo Magro possibilitou aproximadamente 200
ligações na época[3].
Nesta época a
pesar de existir esta extração de água do subsolo, não havia o perigo dos
locais mais sensíveis de Tamandaré sofrer afundamento como ocorre atualmente.
Pois, naquela época as dolinas e várzeas que são pontos de abastecimento do aquífero
em períodos de chuvas, não estavam aterradas ou no caso das várzeas não estavam
impermeabilizadas pela ocupação humana irregular e criminosa. (...)
[1]
Placa de inauguração.
[2]
TRIBUNA DOS MINÉRIOS. Monte Santo terá água. Ano XII, nº 278, Rio Branco do
Sul, 23 de setembro de 1979, p. 01.
[3]
REVISTA PARANAENSE DOS MUNICÍPIOS. Especial
Almirante Tamandaré. Curitiba: Ed. Revista Paranaense dos Municípios Ltda,
Fevereiro de 1986, ano XVIII, p.06-07.
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