segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Albano Agner de Carvalho

O pintor internacional Albano Agner de Carvalho era filho do professor Adolfo Militão de Carvalho e de Maria Bárbara Agner de Carvalho. Nascido na recém-criada Vila de Tamandaré em 12 de agosto de 1899, sendo que aos 13 anos sua mãe o matriculou na Escola de Alfredo Andersen, onde estudou de 1912 a 1916. Depois, se tornou aprendiz de litografia em uma gráfica. Ao ser convocado para o exército, passa a exercer a profissão de litógrafo no Serviço Militar. Faleceu em Niterói, no Rio de Janeiro, em 03 de dezembro de 1992 onde passou os últimos anos de sua vida.  
(A 1ª foto mostra o pintor ao lado do quadro "Vila Almirante Tamandaré", onde nasceu em 12 de agosto de 1899. Na 2ª, pintura da casa onde nasceu na Vila Tamandaré/Foto: Álvaro Botelho).

domingo, 29 de setembro de 2013

CÁPSULA DO TEMPO

Fazem 8 anos que no quintal de minha atual residência (coordenadas 25º19'51.35" Sul / 49º18'27.32" Oeste) enterrei uma caixa de plastico protegida com concreto que guarda muitas informações do mundo até então, com a seguinte justificativa:   

"Almirante Tamandaré, 21 de maio do ano de 2005.

Refletindo sobre a vida e observando a paisagem, comecei a identificar em cada local que olhava, de forma direta e indireta; pessoas que deixaram alguma contribuição para a humanidade, mesmo que da maneira mais simples. Passado algum tempo (dias), lecionando para minha turma de alunos do Colégio Estadual Jardim Apucarana, comecei novamente a analisar feitos de pessoas pelo mundo. O livro didático de história me fez viajar e refletir novamente, mas o que me fazia refletir? O que me atraia tanto naqueles feitos? Demorou muito, para chegar a esta resposta. Mas em fim, cheguei ao enigma da questão norteadora. E o que descobri que me fazia refletir, era justamente a pergunta, o que eu estou fazendo para deixar uma marca, uma prova de que eu fui útil para a humanidade? Sempre tive a resposta na ponta da língua, (“sou professor, o meu conhecimento que passo é a minha marca que ficará”; ou “reciclo o lixo que produzo, estou fazendo uma grande coisa!”; ou “escrevo poesia, e estas enriquecerão a literatura brasileira”), bem, de certo ponto de vista não estava errado, mas algo dentro de mim, depois da conclusão que cheguei, me dizia que aquilo era pouco para mim, que eu tinha que fazer algo que realmente tivesse uma utilidade enorme para a humanidade. Então desde aquele dia, comecei a pensar. Quando por motivo indeterminado, me venho á ideia de criar uma cápsula do tempo, e nela deixar registrados fatos de minha realidade, além de fornecer alguns livros que descrevem a historia da humanidade, mapas, revistas de notícias, jornais, objetos, além de fotos,...
O que me fez criar esta cápsula do tempo, foi o fato de que a grande dificuldade das pesquisas de campo feita pelos historiadores em meu tempo, era justamente a dificuldade de analisar e encontrar, documentos históricos capazes de dizer objetivamente como era o passado estudado. Diante disso tento de forma limitada, deixar alguma colaboração neste sentido.
Espero que esta cápsula seja aberta daqui alguns mil anos, como também espero que estes documentos não sejam os únicos a terem sido conservados. Não sei como será o amanhã, mas tenho uma perspectiva,(...)" 
Local onde foi enterrada a cápsula do tempo para algum dia no futuro distante ser encontrada.

sábado, 28 de setembro de 2013

Professor Alberto Votche Krauser

Formando Normalista Alberto Krauser
/Fonte: Quadro de Formatura da Escola Normal Alvarenga Peixoto Turma de 1963.
O Professor Alberto Votche Krauser se destacou na região do Tanguá onde começou a lecionar em 1959 na Escola Isolada Santa Gabriela. Sendo posteriormente nomeado professor municipal na gestão do Prefeito Ambrósio Bini. Porém, a de se destacar a bonita história de superação que fez parte da vida desse cidadão tamandareense nascido em 25 de março de 1920. Eis, que aos 8 anos de idade teve que enfrentar a perda do seu pai e as consequências disso. Sendo internado no Instituto São José no Abranches. Aos dezesseis anos viu a necessidade de trabalhar. Sendo que pelos mistérios do destino perdeu sua mão no desempenhar de seu trabalho em uma serraria existente no Bairro do Tanguá em 1936. Sem muito que fazer a respeito teve que superar o incidente e seguir a vida. Não desistiu de seus sonhos e formou-se  normalista na extinta Escola Normal Alvarenga Peixoto[1].
Era muito ligado aos esportes e as ações beneficentes. Sendo sua história uma parte da Sociedade Educativa Tanguá. Faleceu em 08 de julho de 1979. No entanto sua história de vida ficou preservada no patronato da Escola Estadual Alberto Krauser quando em 17 de agosto de 1990 a escola foi reconhecida com esta denominação, pela Portaria 2355/90 publicada no Diário Oficial do Estado em 03 de setembro de 1990[2].



[1]              PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Alberto Krause. Ano  2007, p. 12.
[2]              Idem.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Bairro Sumidouro


(Vale por onde corta o rio Barigui as margens da rodovia do Calcário no Bairro do Sumidouro/Foto: Antonio Ilson Kotoviski Filho, janeiro de 2011).



O Bairro Sumidouro que possui 3,63 km², surgiu em decorrência da passagem da Estrada do Assungui pelo seu território já no século XIX. No entanto o nome deriva da característica da região que é cortada pelo Rio Barigui, que encontra ali uma grande área de várzea. Porém, a característica marcante que denomina a região é ligada diretamente a uma antiga dolina que lá existia e que conseguia captar a água. Ou seja, os sumidouros são áreas que podem evoluir de dolinas, que possuem uma “grande capacidade de absorção e drenagem de águas”[1]. Da mesma forma, se observar a formação de vale por onde passa o Rio Barigui da uma impressão que a água some. Por este conjunto de característica, a região foi denominada de Sumidouro.



[1]              OLIVEIRA, L. M. A gestão de riscos geológicos urbanos em áreas de carste. Curitiba: MINEROPAR, 1997, p. 08.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O ATERRO SANITÁRIO

Foi em um domingo de Natal, já mais ou menos, pelas quatro da tarde, que meu tio Otavio, apareceu em casa para me chamar para andar de bicicleta. Sem o que fazer, já que mal tinha voltada do almoço de Natal na casa de minha avó Odete, aceitei o convite. Como sempre, o tio contando as histórias de quando ele era pia. Neste trajeto, passamos em frente ao desativado Lixão da Lamenha Pequena, região pertencente a Curitiba, porém divisa com a localidade do Juruqui em Almirante Tamandaré. Ou seja, naquele trecho, a margem da Rua Alexandre Meguer que segue para a Sede do município é território tamandareense, já a margem que segue o trecho oposto, é Curitiba.     
Logo me lembrei da luta dos moradores da Comunidade da região da Lamenha Pequena, que conseguiram fazer parar o descarregamento do lixo de Curitiba no Aterro Sanitário já em 1989.
Aproveitando este fato e a notória reivindicação também dos moradores da região da Comunidade do Juruqui pela desativação do “Lixão”. O Vereador João Carlos Bugalski, no mês de março de 1989, apresentou a Câmara dos Vereadores do Município para ser votado e posteriormente aprovado, o requerimento que solicitava ao Sr. Prefeito Roberto Luiz Perussi, que não mais depositasse o lixo coletado da cidade, no Aterro Sanitário.
Como consequência desta atitude do município tamandareense e posteriores reuniões entre lideranças políticas das duas cidades envolvidas em 15 de junho de 1989, por determinação do prefeito de Curitiba Jaime Lerner foi  desativado o Aterro Sanitário de Lamenha Pequena, que funcionava desde 1964.
Porém, segundo a Gazeta do Povo de 20 de setembro de 2010, mesmo após 20 anos fechado, o Aterro Sanitário da Lamenha Pequena, ainda produz graves passivos ambientais, causado pelo chorume e gás. O qual vai custar quase meio milhão de reais (R$ 423.177,14) para os cofres do município de Curitiba, para realizações de obras dos sistemas de drenagem das águas pluviais, dos acessos internos e do sistema de tratamento de efluentes, além da recuperação do sistema de monitoramento de água subterrânea. 

Enganam-se, quem pensa que só foi por causa do cheiro e da proliferação de animais peçonhentos que ocorreu a desativação do lixão. Segundo relatos do cidadão tamandareense o Sr. Virgilino Vieira que mora no Juruqui, e trabalhou no aterro, no ano de 1975 a 1977 na função de guardião e serviços gerais. O qual relata que o cheiro era o menor dos problemas, pois, perigoso era o gás que saia da terra, pois queimavam as pessoas. Tal fato era tão grave, que em uma noite de inverno, uma pessoa alcoolizada, parou as margens da rua para se esquentar no bafo desse calor, o problema foi que devido a embriagues da pessoa, ela não percebeu uma súbita evacuação violenta desse gás. Consequentemente, a pessoa sofreu varias queimaduras graves e sofre com isto até os dias atuai.... 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Bairro de Areias

Na divisa com o município de Rio Branco do Sul se encontra o Bairro de Areias o qual possui 3,62 km², cujo, localidade já se encontrava habitada desde o século XVIII. Sendo que a possível origem de seu nome esteja ligada a um ponto de referencia correspondente a um grande areal notório existente nas proximidades do Rio Areias que cruza a localidade, ainda em tempos de desbravação. Até o advento da cidade de Timoneira, a localidade pertenceu a Rio Branco do Sul. 


(Contemporânea Capela São João Batista em Areias construída em 1957, em substituição a pioneira feita de madeira pelos imigrantes italianos e moradores ali já domiciliados pioneiramente em julho de 1911. Em 17 de julho de 2011 comemora seu primeiro centenário. Já a torre foi erguida em 1961/Foto: Antonio Ilson Kotovski Filho, abril de 2011)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

DOAÇÃO DE LIVROS PARA A BIBLIOTECA MUNICIPAL HARLEY CLOVIS STOCCHERO

Em nome de uma senhora curitibana que não quis se identificar, na data de 23/09/2013 o historiador Antonio Ilson Kotoviski Filho promoveu a doação de mais de 60 livros de assuntos diversos (poesias, romances,...) para enriquecer o acervo da biblioteca local. Merece destaque o bom atendimento recebido na ocasião pelos funcionários da instituição. 

O PRIMEIRO PÁROCO DE TAMANDARÉ

(Frei Xisto Meiwes 1º Pároco 1899-1900/Foto: Galeria dos Párocos da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Almirante Tamandaré, s/d) 
A manifestação cristã no município, já que esta foi o principal legado do povo português para a história religiosa da cidade. Oficialmente a doutrina Católica foi a que se manifestou pioneiramente na autônoma cidade, a partir de 05 de março de 1899, data correspondente a criação da Paróquia da cidade, cujo primeiro pároco, foi o Frei Xisto Meiwes em 1899, que era alemão da cidade de Hagen[1]. Outra característica católica cristã que ainda sobrevive, é a existência de uma data, reservada a comemorar o dia da padroeira da cidade, ou seja, no dia 08 de dezembro se comemora o dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição.




[1]              BONAMIGO, Euclides. Histórico da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Almirante Tamandaré. 1998.  

domingo, 22 de setembro de 2013

FOLHA DE TAMANDARÉ, nº 791 - 9 a 15/09/2013

ESTRADA DO CERNE


(Construção da Estrada do Cerne/Fonte: DER-Paraná)
Foi pelo antigo território tamandareense que passou a principal estrada que ligava a Capital do Estado ao Norte ao Norte do Paraná. Ou seja, a Estrada do Cerne, construída na gestão de Manoel Ribas em 1929 a qual oficialmente se chama Rodovia Engenheiro Angelo Ferrario Lopes denominada apenas 53 anos depois de sua construção pelo Decreto Estadual nº 5.546 em 18 de outubro de 1982. No entanto, a denominação popular é Estrada do Cerne, o qual é um hidrotopônimo de taxionomia de natureza física resultante de acidente hidrográfico. Pois, a denominação provém do Rio Cerne. Sendo que o Cerne (localidade de Campo Largo) é o lugar onde existe um rio localizado no Km 35[1]. A partir da conclusão do trecho Santa Felicidade-Cerne, foi determinada a liberação da rodovia ao tráfego, o qual popularmente se originou da expressão “vou pela Estrada do Cerne”, já que o trecho terminava no Cerne[2]. Sua construção aproveitou alguns trechos já existentes, traçados sobre os pioneiros caminhos que levavam até antigos povoados, que surgiram no contexto da busca pelo ouro, desde antes de 1680.
Sua inauguração ocorreu em setembro de 1940, a qual se tornou um importante ponto de escoamento da safra agrícola do Norte do Paraná por mais de 20 anos. A qual agora seguia para o Porto de Paranaguá e não mais para o de Santos como era em outros tempos por falta de estradas no Paraná[3]
Atualmente esta estrada corta o município de Campo Magro-PR.

[1]              TV SINAL. Documentário Estrada do Cerne. Disponível em:< http://tvsinal.wordpress.com/2010/08/13/documentario-estrada-do-cerne/>Acesso em: 20 Fev. 2011.
[2]              DEPARTAMENTO DE ESTRADA E RODAGEM – PARANÁ. PR-090 - Rodovia do Cerne. Disponível em: < http://www.der.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=21> Acesso em: 20 Fev. 2011.

[3]              Idem.

sábado, 21 de setembro de 2013

O Coronelismo na velha Tamandaré.

Extraído do livro Relatos de um tamandareense...

O coronelismo que existiu na Vila de Tamandaré, não era tão radical como foi no nordeste do Brasil, como também, o sistema, não encontrou as mesmas facilidades para se desencadear aos moldes apresentados.
O coronelismo na Vila de Tamandaré se apresentou centralizador. Porém, limitado ao poder estadual, devido à proximidade com a capital e a própria característica da população, que apesar de agrária, possuía posse e sobrevivência independente da ajuda ou não do poder local.
Tal fato era naturalmente notório. Porque o povo pouco ligava para a política. Pois, independente dela, tinha que trabalhar e buscar formas diversas de conseguir recursos. Já que, infelizmente, no período final do século XIX até meados da década de 1940, a região tamandareense era pouca habitada, possuía uma produção agrícola e pecuária voltada para o próprio sustento, iniciava a exploração da cal e comercializava com a capital alguns excedentes agrícolas, porém, trazia de Curitiba, produtos manufaturados. Resumindo, para o povo, o coronel era um político. Porém, com fama adquirida devido aos conflitos gerados pelas disputas de poder entre os próprios coronéis.
Diante destes expostos, não raro é perceber nos depoimentos das pessoas que presenciaram este momento em Tamandaré. Relatos demonstrando que os coronéis que por aqui pisaram, eram pessoas boas na relação com o povo comum. Pois, eram prestativos e de boa convivência. Porém, longe de haver contradição na informação, eles eram intolerantes na relação de convivência e disputa pelo poder entre eles próprios, ou seja, entre os que tinham o poder.
Neste contexto, não raro, era encontrar famílias desses políticos nesta época que não se falavam. Pois, se tratavam como inimigas. E também, não era ficção, entrar em contato com histórias contadas pelos mais antigos, de filhos de coronéis inimigos, que acabavam se casando escondidos para evitar a dura repreensão dos pais.
Segundo relatos de seu Generoso Candido de Oliveira, filho do Coronel João Candido de Oliveira; ele relatou que seu pai, não se dava muito bem com sua irmão mais velha, dona Rachel Candido de Siqueira, em virtude de divergências políticas, geradas em consequência do primeiro casamento entre seu pai e sua mãe Amélia. Ou seja, o jovem João Candido de Oliveira pertencia a uma família rival politicamente da família da senhorita e futura esposa Amélia Almeida.
O senhor João Candido de Oliveira e Dona Rachel só fizeram as pazes, motivados pela eminência da presença da morte que se aproximava para Dona Rachel, o qual chamou seu irmão para por um fim nas magoas guardada por décadas.        
O futuro Coronel era maragato (partidário do federalismo) e a enérgica e política dona Rachel era pica-pau (partidária republicana do poder central forte), a qual comandava todo mundo e era firme em suas decisões, uma característica de sangue da família.               
O futuro Coronel, porque também pelos relatos de seu Generoso, o seu pai recebeu o comando da Guarda Nacional, do governo federal. Pois, isto se deu, porque naquela época não existia quartel nas cidades pequenas, e como o Brasil estava passando por recente transição de sistema governamental, ocorreu à necessidade do governo central, garantir que esta transição se concretizasse. Apesar  de ser maragato, o governo confiou a instrução militar da cidade a ele e também a outros homens politicamente fortes da época, pois, era uma das prerrogativas do Presidente da Câmara esta competência.

Porém, um dos motivos que lhe caracterizaram a fama de autoritário, foi justamente esta ordem de promover a instrução militar de civis. Pois, diferente dos dias de hoje, cujo todo cidadão brasileiro que completa 18 anos deve se alistar, porém, nem sempre é convocado. Naquele tempo, não havia alistamento, simplesmente havia um sorteio, onde o “sortudo”, deveria se apresentar. O problema e que muitos não apareciam, e diante desta situação, o coronel, era obrigado por lei, buscar o fulano onde é que se encontrasse utilizando-se dos métodos que melhor se adequassem, independente da vontade do sorteado não querer ir...

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O TELEFONE EM ALMIRANTE TAMANDARÉ

EXTRAÍDO DO LIVRO RELATOS DE UM TAMANDAREENSE,...

O telefone em Almirante Tamandaré foi uma consequência do próprio desenvolvimento desta tecnologia no Brasil, pois é muito recente, já que se confunde com a própria história da Telepar em 27 de novembro de 1963,
Neste período eram 4,5 milhões de paranaenses dividiam 21 mil telefones. Constituída por capital público e privado, a Empresa iniciou a execução de um plano básico de telecomunicações. Multiplicaram-se as instalações e a TELEPAR passou a fornecer serviços locais e interurbanos de telefonia, até então operados precariamente por pequenas companhias, algumas delas somente com serviço local.
Ou seja, desde 1887, já existia telefone em Curitiba. Implementado pelo próprio inventor do telefone, Alexander Graham Bell que ligava o Palácio da Presidência do Estado (esquina da Rua Barão do Cerro Azul e Carlos Cavalcanti) com a Secretaria de Polícia, o Quartel do 3º Regimento de Artilharia e a Estação da Estrada de Ferro. Sendo que em 1895 já existiam 50 linhas de telefones particulares estados e telefones públicos. Em 1907, Ponta Grossa recebe a primeira Companhia Telefônica do Paraná. Em 1927 é Criada a Companhia Telefônica Paranaense vendida em 1935.[1] Mas com o advento da Telepar processo de modernização foi rápido. 
Pelo fato de Almirante Tamandaré estar próximo a capital, já em 1966 foi beneficiado com o telefone, pois neste ano, ocorreu uma reunião entre os moradores da Sede, a qual a Telepar fez a seguinte proposta: “era necessário à localidade adquirir no mínimo 50 telefones, para que fosse implantada a telefonia na cidade”. Neste contexto, a proposta foi aceita, sendo que a prefeitura comprou dois, já o senhor Mario Veiga comprou 15 telefones[2]. Neste marco inicial, o numero de telefone só possuía dois dígitos. O fone da Prefeitura era 22. 
No começo dos anos 70, praticamente todo o Estado era pioneiro nos serviços interurbanos com Discagem Direta À Distância (DDD). A partir de 1971 isto mudou com o Plano de 1 Milhão de Telefones para Curitiba. Em 1975, quando o governo federal incorporou a Telepar ao Sistema Telebrás, encontrou uma empresa forte e moderna, com expressiva capilaridade e qualidade na prestação de serviços de telecomunicações. Neste começo de década. Mas cinquenta telefones integraram a rede de Almirante Tamandaré, ocasionando a necessidade de acrescentar mais um digito no numero. Por exemplo: o numero da Prefeitura, referente ao gabinete do prefeito era 262 e a da secretaria era 222[3].
No ano de 1977 novas linhas são disponibilizadas ao município.  Porém, apenas na Sede, no segmento da Rodovia dos Minérios e em alguns pontos do município.  Ou seja, Rodovia dos Minérios, na Rua Coronel João Candido de Oliveira, na Avenida Emilio Johson, na Rua Didio Santos, na Rua Pedro Teixeira Alves e na Rua Antonio Stocchero, na Travessa Tamandaré (atual Rua Frei Mauro), Rua Rachel de Siqueira, na Wadislau Bugalski, na estrada da Venda Velha, na antiga Estrada de Colombo, Conceição, Campo Magro e no começo do Pacotuba.
Os telefones existentes na cidade eram 55 de proprietários particulares e 88 pertencentes à empresa ou instituições públicas ou religiosas (calcário, comércio, banco, prefeitura,...). Já em 1978 dígitos eram de apenas seis números, exemplo: o numero da prefeitura era: 57-1122 ou 57-1314[4].
Nestes tempos, independente de condições financeiras, já que a linha telefônica era muito cara, a pessoa interessada tinha que esperar para comprar uma linha. Pois, dependia da implantação de ramal em sua rua ou localidade.
No final da década de 1980 para promover o acesso ao telefone às pessoas moradoras em localidades mais retiradas, foram criados os postos telefônicos, sendo que para se comunicar com alguém naquela localidade, havia necessidade de ligar para o posto dizer com quem queria falar, e posteriormente aguardar o retorno da ligação. Pois, a atendente, ia avisar a pessoa que recebeu o telefonema, para esta retornar a ligação. Existia um posto telefônico no Marmeleiro, Retiro e Conceição. Era o sistema de telefone comunitário, o qual o primeiro foi inaugurado ainda na segunda Gestão do Prefeito Roberto Perussi, na Rua Arlindo França, no Marmeleiro, sendo a responsável pelo posto a Senhora Terezinha Paulin Stival. Este posto possuía a disponibilidade de dez ramais, mais só sete foram utilizados[5].  Em abril de 1994, foi inaugurado pelo prefeito Cide Gulin, outro posto telefônico que beneficiou os moradores do Marmelerinho, Cachimba e Marmeleiro[6].  
Já na primeira gestão do prefeito Roberto Perussi a cidade começa a desfrutar de telefones públicos, sendo o primeiro da Sede localizado em frente ao Colégio Estadual Ambrósio Bini na Av. Emilio Johnson, cujo funcionamento era com ficha metálica (uma moeda com dois cortes na cara e um corte na coroa). Neste mesmo período, também foi implantado um “orelhão” (apelido para o telefone público) na Cachoeira.    



[1]              KROETZ, Lando Rogério. A história da telefonia no Paraná. Curitiba: TELEPAR, 1982.
[2]              Relato de Albino Milek (participante da reunião e comprador de dois telefones).
[3]              GUIA TELEFÔNICO DO PARANÁ REGIÃO SUL 76/77. Almirante Tamandaré. Curitiba: GTB, 1976.
[4]              GUIA TELEFÔNICO DO PARANÁ REGIÃO SUL 77/78. Almirante Tamandaré. Curitiba: GTB, 1977.
[5]              Relato do sr. Osvaldo Stival, fevereiro de 2011.
[6]              FOLHA DE TAMANDARÉ. Telefone Comunitário para Marmeleirinho.  Ano  VIII, nº 198, 31 de março de 1994,    p. 02. 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Uma escola integral que não funcionou!

No final do ano de 1992, foi construído pelo Governo Federal na Rua Piraquara nº 500, no Jardim Roma, a primeira instituição do município de Educação Integral e o terceiro do Paraná. Ou seja, o Centro de Atenção Integral a Criança, mais conhecido como CAIC. O qual dispõe de um núcleo esportivo (ginásio de esporte), núcleo de educação com capacidade para 1000 alunos, núcleo de cultura, saúde e educação,  para o trabalho; teatro, biblioteca, ambulatório médico e odontológico e salas para cursos profissionalizantes. Sua atividade se iniciou em 1993, mesmo sem ter recebido o mobiliário, os quais foram emprestados pela FUNDEPAR. Na mesma época foram criadas três classes especiais: DM. Deficiência mental; D.A. Deficiência auditiva e D.V. Deficiência visual, contando na época com professores especializados, atendimento psicológico e fonoaudiólogo. Com a chegada do mobiliário ainda em dezembro 1993, foi possível iniciar a Educação para o Trabalho, sendo ofertados os cursos profissionalizantes de corte e costura e pintura em tecido, ministrados em parcerias com o SESI. E em 1994 começou a funcionar a creche para crianças atender 160 crianças de  0 a 6 anos. Nesta época o CAIC contava com 70 funcionários, sendo administrado pelo Diretor Geral, o  Sr. Renato Ferro Sofiati. 
Apesar do objetivo da instituição ser de ofertar a Educação integral, a mesma não funcionou nessa modalidade de ensino.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

ÁGUA ENCANADA EM TAMANDARÉ

São raros os lugares no mundo, onde se acha água com tanta facilidade como em Almirante Tamandaré. Em decorrência deste fato o sistema de água tratada e encanada, só foi implantado no município na década de 1970. Pois, em qualquer casa do município em que se visita-se nesta época, possuía um poço de onde se retirava água. No entanto com o processo de urbanização, esta realidade mudou, já que, muitos loteamentos foram abertos. Sendo que grande parte destes novos habitantes que se estabeleceram na cidade, não possuíam condições para construir um poço em casa.
Diante deste fato, em outubro de 1975, é oficialmente inaugurado o sistema de abastecimento de água na cidade de Almirante Tamandaré na região da Sede[1]. O qual era provido por um poço artesiano, localizado junto à sede da Sanepar no município (Avenida Emilio Johnson). No entanto a de ressaltar, que a região da Cachoeira, nas proximidades com Curitiba, já recebia água tratada oriunda do reservatório do Bacacheri. Mas não toda a região.
Em setembro de 1979 um fato interessante ocorre na cidade. Eis, que o Prefeito municipal Roberto Luiz Perussi envia um ofício à Sanepar solicitando a instalação de uma torneira publica no Jardim Monte Santo, a qual serviu para atender 60 famílias ali estabelecidas. Prontamente a Sanepar instalou a torneira em outubro daquele mesmo ano. Posteriormente uma rede de distribuição de água encanada mais complexa foi instalada na região[2].   
No inicio da década de 1980 até 1986, a Sanepar executou aproximadamente 110 quilômetros de redes de água tratada, que eram abastecidas por três poços artesianos com vazão de 680 metros cúbicos por hora. Sendo que a região da Cachoeira recebia água nesta época e ainda recebe do reservatório situado no Jardim Monte Santo, com capacidade de 1 milhão de litros. O que beneficiava inicialmente três mil famílias. Tranqueira era abastecida por um reservatório de 80 mil litros, atingindo 350 famílias e a rede de Campo Magro possibilitou aproximadamente 200 ligações na época[3].
Nesta época a pesar de existir esta extração de água do subsolo, não havia o perigo dos locais mais sensíveis de Tamandaré sofrer afundamento como ocorre atualmente. Pois, naquela época as dolinas e várzeas que são pontos de abastecimento do aquífero em períodos de chuvas, não estavam aterradas ou no caso das várzeas não estavam impermeabilizadas pela ocupação humana irregular e criminosa.  (...)  



[1]              Placa de inauguração.
[2]              TRIBUNA DOS MINÉRIOS. Monte Santo terá água. Ano XII, nº 278, Rio Branco do Sul, 23 de setembro de 1979, p. 01.
[3]              REVISTA PARANAENSE DOS MUNICÍPIOS. Especial Almirante Tamandaré.  Curitiba:  Ed. Revista Paranaense dos Municípios Ltda, Fevereiro de 1986, ano XVIII, p.06-07.  

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Ginásio de Esportes Buzatão

Com o desenvolvimento econômico e populacional do município, foi possível se investir mais em esporte e cultura. Tal fato pode ser observado, no próprio objetivo da construção de um ginásio de esportes para atender de forma apropriada e confortável, as diversas manifestações culturais e esportivas do município. Diante disto, em 17 de dezembro de 1988, é inaugurado na gestão do prefeito Ariel Buzzato, o Ginásio Municipal Buzatão, o qual em sua programação de solenidades, contou com um jogo amistoso de voleibol entre os times profissionais e de maior destaque da década de 1980: Sadia de Santa Catarina contra o Banespa de São Paulo. Porém, antes deste evento oficial de inauguração, semana antes, ocorreu um evento para a criançada, que foi uma apresentação de telequete (luta livre de mentira). O qual fazia muito sucesso na época, o qual contou com a presença do comerciante do ramo de farmácia na cidade, o Sr. Jorge Silva (Pirata). O qual, por muitos anos com este apelido, foi juiz destas animadas “lutas”. Lembro que com o termino do telequete, ocorreu uma distribuição para o público (criançada) de pão com mortadela.  
Formatura do PROERD no ginásio de esportes Buzatão Foto: PMAT/2009.

domingo, 15 de setembro de 2013

Um Vereador que teve votação proporcional maior que a do Prefeito eleito!

Trecho extraído da obra "Relatos de um Tamandareense", p. 216-217.  

O Município Timoneira foi primeiramente administrado por um curto período de dois meses por João Batista de Siqueira 19 de outubro de 1947 a 6 de dezembro de 1947. O qual ficou responsável em organizar o processo de transição e garantir a boa ordem do primeiro pleito eleitoral após a restauração da autonomia  que contava com colégio eleitoral de 1662 eleitores, marcado para a data de 16 de novembro de 1947.
O qual participou o industrial Sr. João Wolf do PSD, que foi eleito com 584 votos, contra o também industrial o Sr. Antonio Zem da UDN, que ficou em segundo com 524 votos. Nesta mesma data, se elegeram os integrantes da Câmara Municipal de Timoneira, que ficou composta da seguinte maneira: Lauro Baptista de Siqueira, (PSD) com 230 votos; João Batista de Santa, (PSD) com 79 votos; Estefano Witoslawski, (PSD) com 72 votos; Frederico Manfron, (PSD) com 38 votos; Miguel Freitas, (PSD) com 35 votos; Hemetério Torres, (UDN) 175 votos; Sebastião Zem, (UDN) 105 votos; José Ziolkowiski, (UDN) com 70 votos e Angelo Broto Sobrinho, (UDN) 49 votos[1].
Sendo que: Alfredo Lugarini, Gustavo Joppert e o Sr. Odilon João Trevizam, foram suplentes que exerceram o mandato, com destaque ao Sr. Gustavo Joppert, que foi presidente da Câmara em 1951. Os outros distintos cidadãos tamandareense que exerceram a presidência da Câmara dos Vereadores de Timoneira, nesta gestão foram: Lauro Baptista de Siqueira 1948 e 1949 e o Sr. Hemetério Torres em 1950[2]
Desta histórica votação, votaram 1136 eleitores, dos quais 1108 votos foram válidos ocorrendo à abstinência de 526 eleitores, ou seja, 38% do eleitorado não votaram. O que totalizou 1662 eleitores[3].  Outro fato interessante diz respeito à votação do Sr. Lauro Baptista de Siqueira, o qual ostenta a maior votação de um candidato a vereador no município. Pois, apesar de ter computado “só” 230 votos (na comparação das votações atuais), isto representava uma proporção de 25.4% de votos validos. Em um comparativo, só para se vislumbrar uma ideia, na eleição de 05/10/2008, o candidato a Vereador  Aldinei José Siqueira, pegou 1975 votos (foi o vereador mais votado), porém este número só representou 4.29% dos votos válidos[4].   
Lauro Baptista de Siqueira/ Arquivo Família do Sr. Joel Siqueira

[1]              TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PARANÁ. Resultado das eleições de 11 de novembro de 1947. Disponível em:< http://www.tre-pr.jus.br/internet2/tre/estatico/eleicoes/anteriores/index.jsp > Acesso em: 11 Dez. 2010.
[2]              PORTAL DA CIDADE  DE ALMIRANTE TAMANDARÉ. Galeria dos Prefeitos (Poder Legislativo). Disponível em: < http://www.tamandare.pr.gov.br/secretarias/gabinete/prefeitos/galeria.php?gestao=1948 > Acesso em: 11 Dez. 2010
[3]              Idem.
[4]              TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO PARANÁ. Resultado das eleições de 05 de outubro de 2008. Disponível em:< http://www.tre-pr.jus.br/internet2/tre/estatico/eleicoes/anteriores/resultados/20081005A74071.pdf> Acesso em: 12 Dez. 2010. 

sábado, 14 de setembro de 2013

FORNO CONTINUO DA QUEIMA DA CAL.

Segundo os relatos do Senhor. Generoso Cândido de Oliveira, o primeiro forno continuo construído na cidade, foi obra do italiano de Eduardo Canziani. O qual construiu este forno fundamentado em uma planta feita por engenheiros na Itália trazida pelo seu filho Zizi Canziani. Ou seja, este fato já remonta o ano de 1912 e também é confirmado nos relatórios históricos de Hermenegildo de Lara[1].
No dia 12 de setembro de 1912 o Padre Martinho Maiztequi fez a benção do importante empreendimento. Inicialmente trabalharam dois foguistas e sua produção era de 200 a 250 toneladas mensais. Sendo a matéria prima retirada da pedreira dos Buzatos. Sendo a produção escoada através do trem até Santa Catarina e Rio Grande do Sul[2].
Este forno era quadrado, e se localizava, onde fica a contemporânea  Empresa Cal Hidra, na Rua Antonio Bini. O qual foi comprado por Carlos Macedo. Anos depois foi vendido para o seu Antonio Bini em sociedade com Domingos Scucato, Angelo Buzato e Bernardo Grarachenski[3]. Sendo posteriormente a parte do senhor Angelo Buzato e do senhor Grarachenski sendo vendida a seu Domingos e seu Antonio Bini. Diante deste fato, a Firma Scucato & Companhia, possuía uns dos primeiros ou o primeiro forno de Cal continuo construído no Brasil[4] como também foi dono deste forno a Produtora de Cal Tamandaré Ltda (sócio-gerente Ambrósio Bini, filho de Antonio Bini e seu Atílio Bini)[5]
Em sua história este saudoso forno quase foi tombado como patrimônio cultural do Paraná. O problema do seu não tombamento se deu pelo fato do Estado querer realizar isto sem proceder com a devida indenização para com os donos do terreno e do forno. Ou seja, o local seria simplesmente desapropriado de graça[6].
1º Forno contínuo de queima da pedra da cal, da cidade retratada na pintura feita por Jacira Bini Perussi em 2000 e presenteada ao senhor João Antonio Bini/Foto: Antonio Kotoviski Filho, abril de 2011.

[1]              LARA. Hermenegildo de. Dados Biográficos do inesquecível Senhor Ambrosio Bini. Curitiba: 18 de abril de 1985.
[2]              Primeiro forno de Cal de Almirante Tamandaré. Pesquisa realizada pelas professoras: Valdirene do Rocio Buzato (Escola Alvarenga Peixoto), Carmem L. Cavassim Nascimento (Escola Municipal Alexandre Perussi, Simone Lovato (escola Municipal de Tranqueira). Sendo entrevistados os senhores Pedro Bini (filho de Antonio Bini), Antoninha Gulin, Harley Clovis Stocchero e Ersilha Stocchero. Documento da década de 1980.
[3]              Relato de seu Generoso Cândido de Oliveira, 2002 /Relato de João Antonio Bini, abril de 2011.   
[4]              TRIBUNA DOS MINÉRIOS. Centenário de Domingos Scucato/por Verginia Siqueira Neta. Ano XII, nº 273, 23 de setembro de 1979.
[5]              LARA. Hermenegildo de. Dados Biográficos do inesquecível Senhor Ambrosio Bini. Curitiba: 18 de abril de 1985.
[6]              Relato de João Antonio Bini, abril de 2011.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Visita do Vice-Governador do Paraná Flavio Arns.

Na tarde do dia 12 de setembro de 2013 o Colégio Estadual Jardim Paraíso teve a satisfação de receber a visita do Vice-Governador Flavio Arns, o qual verificou de perto as condições do estabelecimento além de ouvir sugestões dos funcionários.
Na oportunidade o historiador Antonio Ilson Kotoviski Filho (que leciona na instituição), presenteou a autoridade com a obra histórica "Relatos de um tamandareense" e a coletânea de poesias "Pintando um verso bem diferente" (produzida com poesias feitas por alunos da escola, no contexto do Projeto Vale Saber em 2001).  
Professor Antonio entregando sua obra aoVice-Governador do Estado e Secretário da Educação Flavio Arns. Na imagem: Professor Sérgio (Chefe do Núcleo de Educação da Região Norte), Professor Antonio, Flavio Arns e o Leonini (Diretor da Escola Jardim Paraíso)./Foto: Antonio Kotoviski, 2013.     

BAIRRO SÃO MIGUEL

Fazendo divisa com o Bairro do Juruqui, o Bairro de São Miguel que perfaz 5,19 Km², foi uma região já conhecida desde o século XVIII, pois teve a mesma sorte do Botiatuba e Juruqui. Porém seu povoamento, já começou forte com as primeiras famílias de poloneses em 1876 oriundas das constantes levas de imigrantes que chegavam da Polônia. Seu território a principio ficou praticamente na divisa entre Lamenha Grande, Lamenha Pequena e a Colônia Romastak, porém com características próprias de relevo que o isolaram da abrangência denominativa. A qual resultou consequentemente com o tempo em um topônimo de ênfase religioso que foi inspirada na Capela de São Miguel a qual possivelmente foi inspirada em homenagem ao Arcanjo Miguel. Porém, se coincidência ou não, a pessoa que mais lutou e até brigou com o padre José Góral para ele abençoar a pioneira capela na região, foi o senhor Miguel Krzyzanowski. Que também fez parte como sócio fundador da Sociedade São Miguel. Ou seja, possivelmente a escolha do Santo Patrono da Igreja se inspirou no nome deste líder comunitário que desenvolveu a ideia de trazer para região coisas que facilitassem a vida do morador local. Sendo que com o tempo a região ficou conhecida como São Miguel. Seu Miguel Krzyzanowski possui este nome em louvor a São Miguel. Esta denominação da localidade se estende desde a década de 1910 (1914 quando ficou pronta a capela de madeira). Sendo que a atual foi erguida na década de 1950 ao redor desta que era bem menor, a qual só foi desmanchada quando a cobertura do novo templo foi montado.   
Igreja de São Miguel, localizada no Bairro de São Miguel. Inaugurada em 13 de maio de 1954 em substituição a antiga capela ali existente que inspirou o nome da localidade/Foto: Antonio Ilson Kotovski Filho, abril de 2011. 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O LADO CÔMICO MAS TRISTE DA POLÍTICA.

Fato histórico verídico, que mais parece uma estória, foi à situação ocorrida, no contexto de impugnação de uma urna na região da Freguesia. Eis, que a impugnação se deu, fundamentada no “voto corrente”, (pratica que consistia em repassar uma cédula original já preenchida, para um eleitor, que recebia algo em troca. Sendo que este, ainda tinha que trazer a sua cédula dada pela mesa sem estar preenchida, para posteriormente ser entregue a outro e recomeçar o ciclo). No contexto da denuncia, se verificou após a abertura oficial das urnas, que realmente o fato procedia. Diante disto, por ser um crime eleitoral, o candidato foi chamado pelo juiz, e lhe foi explicado que ele tinha se utilizado da fraude do voto corrente. Pois, a letras de preenchimento existentes nas cédulas, eram iguais. Sabiamente, o candidato para se defender, olhou para o juiz e expressou: “não tenho culpa que meus eleitores estudaram com a mesma professora[1]. Por isto que escrevem tudo igual!”.  

 Trecho extraído do livro "Relatos de um tamandareense" 

[1]              Relato de Luiz Arcélio da Cruz em 2011.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

ACIDENTE CÁRSTICO

No começo da década de 1930 foi relatado um acidente cárstico por Hermenegildo de Lara em um texto denominado “Histórico: Fenômeno em Almirante Tamandaré”, publicado na “Folha de Tamandaré, agosto de 1988, nº 66” com o seguinte teor:
“Este fato estranho e surpreendente ocorreu mais ou menos em 1934, em dia e mês que no momento não podemos precisar, em um terreno de propriedade do Cel. João Candido de Oliveira, localizado no fundo de sua residência, na sede de Almirante Tamandaré.
Eram mais ou menos quinze horas de um dia ensolarado de céu azul, quando inopinadamente o solo naquele local cedeu e começou a formar uma cratera, que chegou a atingir 6 a 8 metros de diâmetro e uma profundidade incalculável. Ao mesmo tempo desta abertura, começou a aparecer um jorro de água muito forte, que subiu a uma altura de 30 metros aproximadamente. Este fluxo se manteve por umas sessenta horas, até diminuir e cessar completamente.

Esse fenômeno surpreendente atraiu para o local não só habitantes de Tamandaré, mas inúmeras pessoas vindas de localidades e municípios vizinhos, especialmente da cidade de Curitiba, sendo a ocorrência muito bem divulgada pelos jornais da época, “Gazeta do Povo”, “O Dia” e outros jornais que reportaram o acontecimento, que também foi divulgado nacionalmente pela “Noite Ilustrada”, do Rio de Janeiro, jornal bastante popular na época – que fez ampla reportagem sobre “O Fenômeno” ocorrido em Tamandaré”.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

PUBLICADO NA FOLHA DE TAMANDARÉ nº 789 - 24 a 31/08/2013

APMI uma história de 64 anos.

A preocupação em melhorar as condições do parto e promover um melhor acompanhamento ao desenvolvimento das crianças foi expressada na gestão do Prefeito João Wolf em 8 de julho de 1949 com o advento da criação da APMI (Associação de Proteção a Maternidade e a Infância)[1]. A qual se aperfeiçoou em sua trajetória de 64 anos. Sendo que contemporaneamente abrange um universo mais amplo no contexto de assistência social. Inicialmente a APMI compartilhava o espaço junto ao Posto de Puericultura, localizado nas proximidades da atual Escola Alvarenga Peixoto. No entanto por não ter sede própria, era constantemente remanejada de local. Esta situação só foi solucionada na data de 18 de setembro de 1998, quando é inaugurada a sede própria desta importante instituição social, junto a Rua José Carlos Colodel. 
Sua pioneira presidente foi a Primeira Dama Idemar Irene Wolf.

Posto de Puericultura Imaculada Conceição (não existe mais) que pioneiramente abrigou a sede da APMI/Fonte: SANTOS, Didio. STOCCHERO, Harley Clóvis. Estudo histórico, estatístico, econômico, descritivo do município de Timoneira, 1951.


[1]              Ata de fundação da Associação de Proteção a Maternidade e a Infância.